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Um abraço em Jesus.
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terça-feira, 24 de julho de 2012
O Dízino
Imagem retirado do Google
O QUE O DÍZIMO NÃO É?
O dízimo não é pagamento, taxa ou imposto que se dá à igreja para a ela pertencer ou dela fazer parte.
O QUE É O DÍZIMO?
O dízimo é devolução, contribuição, ato de amor e gesto de partilha. Nós não pagamos o dízimo; nós devolvemos o dízimo, já que tudo o que somos e temos pertence a Deus.
QUEM "INVENTOU" O DÍZIMO?
O dízimo não foi inventado; ele nasceu espontaneamente, como resposta do homem e da mulher à bondade e à misericórdia de Deus.
PODEMOS AFIRMAR QUE POR MEIO DO DÍZIMO NÓS LOUVAMOS E AGRADECEMOS A DEUS?
Sim, o dízimo é um dos modos pelo qual nós, cristãos, manifestamos a nossa gratidão a Deus.
O DÍZIMO É BÍBLICO?
Sim, o dízimo está prescrito na Bíblia (Cf. Gn 14, 18-20; 28, 20-22; Nm 18, 25-32; Dt 12, 6.11.17; Lv 27, 30-33; Dt 14,22-29; Ml 3, 8-10; Tb 1,6-8; Mt 23, 23).
QUEM É DIZIMISTA JÁ ESTÁ SALVO?
Não, o dízimo não compra a salvação, mas quando dado com sinceridade de coração e em espírito de fé, contribui para que a alcancemos.
QUANTO DEVE-SE DAR DE DÍZIMO?
Deve-se dar de dízimo o que mandar o coração e exigir a consciência. Os israelitas davam dez por cento (daí a palavra "dízimo"= décima parte de alguma coisa). Também nós somos convidados a chegar, aos poucos e com o tempo, aos dez por cento.
O CATÓLICO É OBRIGADO, ENTÃO, A CONTRIBUIR COM DEZ POR CENTO?
Não, não é obrigado, e sim convidado. No Brasil, os bispos pedem que os católicos contribuam com, ao menos, dois por cento do que ganham e, à medida que puderem, contribuam com mais, até chegar aos dez por cento.
COMO DEVE PROCEDER QUEM QUER SER DIZIMISTA?
Quem quer ser dizimista deve procurar os responsáveis pelo dízimo de sua comunidade, ou então conversar com o padre, manifestando a eles o desejo de ser inscrito entre os que contribuem com o dízimo. A pessoa encarregada dará, então, as informações complementares de como, quando e onde entregar o dízimo.
O DÍZIMO DEVE SER MENSAL, SEMESTRAL OU ANUAL?
O dízimo, para que funcione de fato numa comunidade, deve ser mensal. Em algumas comunidades, porém, por motivos que lhes são próprios, o dízimo pode ser dado de seis em seis meses, ou até mesmo anualmente. O melhor, contudo, é que seja mensalmente.
QUANTO SE DÁ DE DÍZIMO?
O dízimo deixa de ser dízimo e se torna esmola quando um católico, que tem condições, dá a Deus e a Igreja menos do que gasta num refrigerante ou com um lanche. É triste constatar que alguns católicos (ou muitos?) quando contribuem com migalhas só para tapear a consciência e dizer que são dizimistas.
Ninguém é obrigado a dar de dízimo o que não tem ou não pode dar. O dízimo dos pobres, por menor que seja, deve ser acolhido com muito amor e profunda gratidão (leia Lc 21, 1-4)
Cada um deve dar segundo as suas possibilidades. Quem tem mais dá mais, quem tem menos, dá menos.
OS MEMBROS DAS PASTORAIS, DO CONSELHO PASTORAL, OS CATEQUISTAS E OS MINISTROS ESTÃO DISPENSADOS DO DÍZIMO?
Não, não estão dispensados. Como cristãos conscientes e membros ativos da igreja, devem ser os primeiros a contribuir, tanto por convicção, como para dar testemunho aos demais membros da comunidade.
QUE DESTINAÇÃO É DADA AO DÍZIMO?
O dinheiro arrecadado com o dízimo é investido na própria comunidade. Parte dele vai para a manutenção da igreja, do prédio, do salão e da casa paroquial; outra parte vai para as despesas com o culto (a liturgia), e outra ainda para a formação de agentes pastorais e a assistência e a promoção dos mais pobres.
O dízimo não acaba no bolso do padre. Como já vimos o dízimo é aplicado às necessidades da comunidade. Quanto ao padre, é justo que receba um salário digno. E esse salário, é lógico, deve ser retirado do dízimo. A respeito desse assunto, não deixe de ler o texto esclarecedor de 1Cor 9, 4-14 18.
Na liturgia, o dízimo é usado para a compra de materiais e utensílios litúrgicos (hóstias, cálice, cibórios, velas, folhetos litúrgicos, etc) e nas pastorais e utilizado tanto na aquisição de material (giz, bíblias, livros, etc), com a formação dos próprios catequistas.
Os mais carentes são ajudados pelo dízimo de duas maneiras: pela assistência (doação em dinheiro, compra de medicamentos, etc) e pela promoção (realização de cursos de alimentação alternativa, medicação caseira, educação política, etc). Quando um carente é ajudado e promovido, é toda a comunidade dizimista que o ajuda e promove.
O DÍZIMO FACILITA A FORMAÇÃO DE LÍDERES E AGENTES DE PASTORAL?
Sim! O dízimo, numa comunidade consciente e organizada, faz com que a mesma não invista só em construções, mas também se preocupe com a formação de seus líderes e agentes pastorais.
PODE-SE OFERECER BENS EM LUGAR DE DINHEIRO?
Sim, pode-se oferecer bens em lugar de dinheiro. É aconselhável, contudo, que o dízimo seja oferecido em dinheiro, tendo assim a sua aplicação facilitada.
QUEM DÁ O DÍZIMO ESTÁ DISPENSADO DAS TAXAS PAROQUAIS?
Sim, quem dá o dízimo está dispensado das taxas paroquiais. Leve-se em conta, porém, que essa dispensa de taxas deve acontecer gradativamente, à medida que o dízimo for sendo implantado e organizado.
Os dizimistas estão dispensados das taxas previstas nos estatutos do dízimo de cada diocese e paróquia. Se estes estatutos ainda não existem, proceda-se de acordo com o que for combinado entre padre(s) e Equipe de Dízimo.
VERDADE QUE PARTE DO DÍZIMO DE CADA COMUNIDADE VAI PARA A DIOCESE?
Sim, é verdade. Esta contribuição das paróquias com a diocese é, quase sempre, investida na formação dos futuros padres (seminaristas).
E AS COMUNIDADES (CAPELAS) QUANTO DEVEM REPASSAR PARA A MATRIZ?
As comunidades devem repassar para a paróquia o que estiver previsto no Estatuto Diocesano do Dízimo. No caso deste estatuto ainda não ter sido confeccionado, leve-se em conta o que ficar acertado entre padre(s) e comunidades (capelas).
AS OFERTAS CONTINUAM MESMO DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO DÍZIMO?
Sim, continuam, além do compromisso mensal com o dízimo, os católicos têm o direito de fazer ofertas espontâneas, sejam na missa ou culto, seja por ocasião da recepção de sacramentos e sacramentais.
EM QUE SENTIDO A BÍBLIA AFIRMA QUE O DÍZIMO É UMA VERDADEIRA FONTE DE BÊNÇÃO?
A Bíblia diz que quanto mais uma pessoa é generosa e abre mão e o coração para partilhar, tanto mais recebe as bênçãos de Deus (leia Ml 3, 8-12). O coração do egoísta é fechado para dar e, em conseqüência, também fechado para receber. Só quem é generoso, e não tem medo de dividir o que possui, é que está de fato aberto par acolher os benefícios de Deus.
Que diz a Bíblia sobre o Dízimo
A palavra Dízimo é encontrada pela primeira vez em Gênesis 14-18-20; "Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus Altíssimo, mandou trazer pão e vinho, e abençoou Abrão, dizendo: Bendito seja o Deus Altíssimo que entregou os teus inimigos em tuas mãos! " E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo".
Abrão oferece a Deus 10% de todos os seus bens, em agradecimentos pela assist6encia de Deus nas lutas contra os inimigos.Dízimo deve brotar da gratidão, do reconhecimento de que Deus é o Senhor de tudo. Se tenho é porque Ele me deu.
Dízimo: Vamos analisar, ao longo de toda a Bíblia, o significado exato desta palavra e suas exigências em sentido litúrgico (relação com Deus) e comunitário (deveres com os irmãos).
Heb. 7,4:
• "Considerai, pois quão grande é aquele a quem até o patriarca Abraão deu ao dízimo dos seus mais ricos espólios".
Comentário;
• Abraão, nosso pai na fé, pagou o dízimo. Quem de nós pode se auto-isentar?
Deut. 14, 22-26: O QUE É DÍZIMO?
‘Porás à parte o dízimo de todo o fruto de tuas semeaduras, de tudo o que teu campo produzir cada ano. Comerás na presença do Senhor, teu Deus, no lugar que ele tiver escolhido para nele residir o seu nome, o dízimo de teu trigo, de teu vinho, e de teu óleo, bem como os primogênitos de teu rebanho grande e miúdo, para que aprendas a temer o Senhor para sempre.
Mas se for muito longo o caminho, de modo que não o possas transportar – porque o lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus, para nele residir o seu nome é afastado demais, e ele te acumulou de muitos bens – venderás o dízimo e, levando o dinheiro (desta venda) em tuas mãos, irás ao lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus. Comprarás ali com esse dinheiro tudo o que te aprouver, bois, ovelhas, vinho, bebidas fermentadas, tudo o que desejares,, e comerás tudo isso em presença do Senhor teu Deus, alegrando-te com tua família".
" PORÁS À PARTE O DÍZIMO DE TODO O FRUTO DE TUAS SEMEADURAS, DE TUDO O QUE TEU CAMPO PRODUZIR CADA ANO".
Comentário:
• É o dízimo destinado à peregrinação (à casa do Senhor) a cada três anos. É um dízimo com um fim especifico: uma finalidade absolutamente espiritual. Deus exige o dízimo e os primogênitos.
Deut. 14, 27-29:
• "Não negligenciarás o levita que vive dentro dos teus muros, porque ele não recebeu, como tu partilha nem herança. No fim de três anos porás de lado todos os dízimos da colheita desse (terceiro) ano, e depô-los-ás dentro de tua cidade para que o levita que não tem como tu partilha nem herança, o estrangeiro, o órfão e a viúva que se encontram em teus muros possam comer à sociedade, e que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as obras de tuas mãos".
Comentário:
• Que promessas extraordinária Nosso trabalho, nossos empreendimentos dão resultado porque são abençoados. E são abençoados quando partilhemos o Dízimo como que, por uma razão ou outra, não podem prover seu sustento.
Não pode ser esquecido o agente da pastoral que se dedica à evangelização, seja ele padre, diácono, irmã ou leigo.
Quantas pessoas doentes, idosas, crianças abandonadas, adultos desempregados passando necessidades por causa de um sistema injusto de distribuição da renda em todos os países, mesmo assim permanece o meu compromisso de partilhar, porque é um assunto que se relaciona com Deus e não com as pessoas.
Deut. 12, 11-14: 14-28:
Então, ao lugar que o Senhor, vosso Deus, escolheu para estabelecer nele o seu nome, ali levareis todas as coisas que vos ordeno: vossos holocaustos, vossos sacrifícios, vossos dízimos, vossas primícias e todas as ofertas escolhidas que tiverdes prometido por voto ao Senhor".
"Guarda-te de oferecer os teus holocaustos em qualquer lugar; oferecê-los as unicamente no lugar que o Senhor escolher em uma de suas tribos, e é ali que oferecerás teus holocaustos e farás tudo que te ordeno".
Comentário:
• O dízimo deve ser levado à comunidade onde vivo, de que participo e onde celebro a fé. Eu não posso administrar o Dízimo, que a mão esquerda não saiba o que deu a direita. (Mt. 6-3).
Fazer uma cesta de alimentos e dar aos pobres é caridade e não Dízimo.
É muito importante canalizar os esforços e a generosidade dentro da comunidade cristã.
Heb. 7,5:
• "Os filhos de Levi, revestidos do sacerdócio, na qualidade de filhos de Abraão, têm por missão receber o dízimo legal do povo, isto é, de seus irmãos".
Comentário:
• A equipe, com a participação do padre, deve receber o Dízimo e ajudar a Comissão da Comunidade, como os filhos de Levi ajudavam os sacerdotes no templo, naquela época.
Deut. 26, 12-13:
"Quando tiveres acabado de separar o dízimo de todos os teus produtos no terceiro ano que é o ano do dízimo, e tiveres distribuído ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que tenham em tua cidade de que comer com fartura, dirás em presença do Senhor, teu Deus: Tirei de minha casa o que era consagrado para dar ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, como me ordenaste: não transgredi nem omiti nenhum dos vossos mandamentos".
Comentário:
• O dízimo estabelece um principio de fidelidade entre a criatura e seu criador.
Num. 18, 26-28:
• "Dirás aos levitas: quando receberdes dos israelitas o dízimo que vos dei de seus bens por herança, tornareis deles uma oferta para o Senhor, o dízimo dos dízimos. Esta reserva será como o trigo tornado na eira e como o vinho tomado do lagar. Desse modo, fareis também vós uma reserva devida ao Senhor de todos os dizimos que receberdes dos israelitas, e esta oferta reservada para o Senhor, vós a entregareis ao sacerdote Aarão".
Comentário:
• Os padres ou agentes de Pastoral têm o direito de receber seus salários. Deste salário devem dar o dízimo.
Em São Paulo cada padre dá 10% de um salário para um fundo comum, para ajudar os padres idosos ou doentes. Que belo exemplo!
1º Cor. 9,4-14:
"Não temos nós, porventura, o direito de comer ou beber?
Acaso não temos trás a direito de deixar que nos acompanhe uma mulher irmã, a exemplo dos outros apóstolos e dos irmãos do Senhor e de Cefás? Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar o trabalho? Quem jamais, vai à guerra à sua custa?
Quem planta uma vinha e não come de seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
Trata-se, acaso de simples norma entre os homens? Ou a Lei não diz também o mesmo? Na Lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que debulha (Deut. 25,4) Acaso Deus tem dó dos bois? Não é na realidade, em atenção a nós que ele diz isto? Sim! É por nós que esta escrito. Quem trabalha deve trabalhar com esperança e igualmente quem debulha deve debulhar com esperanças de receber sua parte. Se entre vós semeamos bens espirituais, será, porventura, demasiada exigência colhermos de vossos bens materiais? Se outros arrogam este direito sobre vós, não o temos muito mais?
Entretanto, não temos feito uso deste direito: sofremos tudo para não pôr obstáculo algum ao Evangelho de Cristo. Não sabeis que os ministros do culto vivem do culto, e que os que servem ao altar participam do altar? Assim também ordenou o Senhor que os que anunciam o Evangelho vivam do Evangelho".
‘O PRÓPRIO JESUS PARA NÃO ESCANDALIZAR, PAGOU TRIBUTO"
Comentário:
• Muitos padres não recebem seu salário, seu sustento digno. É dever grave da comunidade cuidar do sustento de seus agente de pastoral.
É direito daquele que prega o Evangelho viver do Evangelho. Este é um aspecto pouco reconhecido entre nós, cristãos de hoje. Fomos envenenados pela idéia de que a igreja é rica. Uma maneira fácil, cômoda, de nos omitir. Até quando?
Eis ai também o direito do trabalhador, de participar daquilo que produz. Tanto o padre, como as irmãs ou os agentes da Pastoral adquirem o direito de participar das ofertas e do dízimo na medida em que se dedicam à comunidade.
Mat. 22, 15-21:
"Reuniram-se, então, os fariseus para deliberar entre si sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras.
Enviaram seus discípulas com os herodianos, que lhe disseram: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares de ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens.
Dize-nos, pois o que te parecer: é permitido ou não pagar o imposto a César?" Jesus, percebendo a sua malícia respondeu que se pago imposto". Apresentaram-lhe um denário. Perguntou Jesus: "De quem é esta imagem e esta inscrição? "De César"- responderam-lhe. Disse-lhe então Jesus: "Daí, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".
Comentário:
• Imposto paga-se o devido; a Deus, oferece-se conforme manda o coração. No antigo Testamento o dízimo era obrigatório só para atender determinada necessidade. A quantia era determinada pelas autoridades, tipo imposto.
Quando é Deus que pede, a oferta é conforme manda o coração.
Supõe-se aqui um coração conscientizado que conhece seus deveres, que conhece as necessidades da paróquia e corresponde por amor, por justiça.
Gen. 28,20:
"Jacó fez então este voto: Se Deus for comigo, se ele me guarda durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, e me fizer voltar em paz à casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estrela será uma casa de Deus e pagarei o dízimo de tudo o que me deres".
Comentário:
• Jacó fez o voto de dar o dízimo de tudo aquilo que Deus lhe daria Se Deus o atendesse, ele lhe daria 10% e o reconheceria como Deus. Caso contrário...
Deus o atendeu e Jacó cumpriu sua promessa.
Não tenha medo de pedir e ser fiel.
Lev. 27, 30-31:
"Todos os dízimos da terra tomados da semente do solo ou dos frutos das árvores são propriedade do Senhor: é uma coisa consagrada ao Senhor. Todos os dízimos do gado maior e menor, os dízimos do que passa sob o cajado do pastor, o décimo (animal) será consagrado ao Senhor".
Comentário:
• O dízimo é propriedade do Senhor. Esta é a passagem mais explícita da Bíblia sobre a obrigatoriedade do dízimo. Imagem no quintal de nossa casa uma laranjeira com dez laranjas.
Tob. 1,6-7:
"Dirigia-se ao templo do Senhor Deus de Israel, oferecendo fielmente as primícias e os dízimos de todos os seus bens. De três em três anos, dava ao prosélitos e aos estrangeiros todo o seu dízimo".
Comentário:
Tobit foi sempre um homem bom, e fiel e temente a Deus, e por isso protegido por Ele.
Mt. 23,23:
"Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do caminho e desprezais os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante".
Luc. 11,42:
"Aí de vós fariseus que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas, e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas".
Comentário:
O fato de pagarmos o dízimo não nos autoriza a sermos injustos e exploradores.
É necessário dar ofertas, é mais necessário praticar a justiça.
O dízimo me torna fiel e justo para com Deus. Mas deve tornar-me fiel e justo com meus irmãos, lutando contra a opressão e as injustiças.
Nove eu posso apanhar, chupar, vender, dar. Posso fazer aquilo que eu quero. Uma pertence à Deus. É o dízimo. Mas Deus me dá liberdade. Deixa-me livre. Eu posso apanhar ou não aquela laranja consagrada a Ele. Mas se uso mal a liberdade e a apanho e chupo, estou comendo a semente. Se como a semente não planto, se não planto, não posso colher.
Mat. 3,8-9:
"Pode o homem enganar seu Deus? Por que procurais enganar-me? E ainda perguntais: Em que vos temos enganado? No pagamento dos dízimos e nas ofertas. Fostes atingido pela maldição, e vós, nação inteira, procurais enganar-me".
Comentário:
• O Dízimo é algo importante e sério.
Ficar com o que é dos outros é roubo.
Será que conseguiremos enganar a Deus? Basta olhar a realidade do mundo e ao nosso redor para compreendermos a seriedade deste texto. Mas, de outro lado, o texto seguinte expressa a vontade de Deus e a sua disponibilidade de abençoar aquele que é fiel.
Mat. 3,10 e 11:
"Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência, diz o Senhor dos exércitos, e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha benção sobre vós muito além do necessário".
Comentário:
• Aqui está o verdadeiro sentido do Dízimo. Deus pede o Dízimo e diz para quê. Não pode faltar nada na casa de ninguém. E o direito de todos participarem de tudo o que precisam para uma vida feliz e digna. Nós mesmos somos a casa onde Deus que fazer morada. Esta morada tem que ser digna. Dízimo, dízimo mesmo como sinal de partilha, garante esta dignidade.
"Tesouro do templo" lugar onde eram depositadas as ofertas, os dízimos que as pessoas traziam. Seriam uma espécie de depósito que funcionava numa sala junto ao templo.
Vemos aqui o Criador prometer suas bênçãos. Não é o homem que impõe condições como fez Jacó, e sim o Senhor oferecendo bondosamente propondo uma experiência. "A prata e o ouro me pertencem, diz o Senhor." ( Ageu 2,8).
A evangelização da Partilha
No objetivo de aprofundar o sentido da dimensão da partilha (dízimos, ofertas e esmolas) e suas abrangências, iremos refletir o referido tema em dois tópicos: O primeiro com diretrizes, importância e necessidades especificas do dízimo. Na segunda reflexão como frutos da experiência dos trabalhos pastorais, aparecerão sugestões e algumas maneiras práticas de evangelização.
“OFERTAI O DÍZIMO, SEGUNDO O COSTUME”: É o quinto mandamento da nossa Igreja. O dízimo está contido na Bíblia de Gênese a Apocalipse. O dízimo foi instituído nos primórdios da história sagrada. Encontra-se na Lei de Deus acerca de 1300 antes de Cristo. O dízimo é um compromisso com Deus, a Igreja e os pobres. É a fé do cristão sacramentada como sinais de compromisso, gratidão e fidelidade ao Reino. O dízimo deve ser levado MENSALMENTE ao Templo ou nas celebrações do dízimo. Foi praticado pelos cristãos na Igreja primitiva e Jesus o recomendou como prática aceitável (Mt 23,23).
PONTOS ESSENCIAIS: A evangelização do dízimo é de todos e não apenas da pastoral do dízimo. A Igreja, o sacerdote, os fiéis, os cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; são responsáveis pela evangelização.
1 - A IGREJA: Como missionária, deve anunciar, conscientizar e evangelizar os fiéis sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo e o que representa o dízimo nas obras do Reino de Deus.
2 - O SACERDOTE: Ser o orientador espiritual e responsável por todo trabalho pastoral. Evangelizar e conscientizar os cristãos sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo. Para fortalecer e testemunhar a partilha e o trabalho, ser o dizimista número um da Paróquia. Receber os dízimos dos fiéis, para a Igreja (Heb 7,5).
3 - OS DIZIMISTAS: Serem conscientizados do compromisso, necessidade, importância e dimensões do dízimo na Igreja. Colaborar na sua evangelização, pelas experiências e testemunhos. Fazer a experiência (Mal 3,10), buscando á fidelidade ao Senhor. Devolver o dízimo em atitude de fé, amor, gratidão, compromisso e obediência a Palavra de Deus. Jamais ofertar o dízimo pôr interesse “uso da Paróquia”. Ex: batizar, casar, etc (I Tim 6,9).
4 - RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE PASTORAL: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Zelar por sua evangelização.
5 - RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE FINANÇAS: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Efetuar balancetes e demonstrativos mensais do dízimo. Conhecer as dimensões do dízimo. O mesmo deve ser utilizado na manutenção da Paróquia/Comunidade (Ne 10,33-40); ajuda a outras comunidades, ao Bispado, ao Seminário, além do sustento do sacerdote (I Cor 9,13-14 – Lc 10,7 – I Tim 5,7) e ajuda aos necessitados (Dt 14,29 - Mt 25,31-46). Sua aplicação, deve ser em torno disso!
6 - DIMENSÕES DO DÍZIMO: O dízimo deve ser visto na Igreja, não como uma pastoral, movimento ou grupo, mas sim como compromisso do cristão, com as obras do Reino de Deus. “É a Igreja em si”. Tem a finalidade de atender ás dimensões Social, Missionária e Religiosa, para o qual foi instituído pôr Deus, gerando naturalmente o sinal da “PARTILHA”. Fruto disso, brota a fé, o amor, justiça, caridade, fraternidade e solidariedade, entre os irmãos e na comunidade.
7 – A DIMENSÃO DA PARTILHA NO TERCEIRO MILÊNIO: “Dízimos, Ofertas e Esmolas”
Além do Dízimo, a décima que devemos devolver ao Senhor (Ex 25,1-9 - Lev 27,32 - Num 15,1-4 - I Sam 8,15-17), a dimensão da PARTILHA se constituem também das OFERTAS E ESMOLAS.
Oferta : é um presente de forma espontânea que se dá a Deus (Lc 21,1-4). Deve vir do coração. As ofertas devem ser levadas à Igreja e ofertadas durante o ofertório das celebrações e missas. As ofertas especiais também devem ser levadas a IgrejaEsmola : Quem der ao pobre não passará necessidade, mas quem fecha os olhos aos pobres, ficará cheio de maldições (Prov. 28,27). Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará pôr ti a fim de te preservar de todo o mal (Eclo 29,15). Podemos imaginar que as “ditas” expressões “Deus lhe pague - Deus ti abençoe”, são respostas de Deus quando ajudamos os irmãos necessitados.
Deus não precisa das nossas coisas e de dinheiro, mas nos educa dia a dia ao exercício da fé, prática do amor, fraternidade, justiça e partilha. Deus, não precisa do dízimo, mas os irmãos, a Igreja, a comunidade, sim: “Irmãos que se amam se ajudam – um por todos, todos por um”.
O trabalho missionário do dízimo nos leva a vocação, um chamado para servir a Cristo e ao próximo. Um dom onde se exercita o anúncio da Palavra e a sabedoria de Deus, a fé, o amor, a oração, a partilha, o compromisso, a fidelidade, o companheirismo, a adoração, o testemunho, o reconhecimento e a obediência da criatura com o Criador.
Jesus disse: Ide por todo o mundo pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15). Que Ele nos ensine a anunciar, evangelizar o DÍZIMO e a dimensão da partilha, como sinais de fé, amor e fraternidade. E, que tudo isso seja para a Honra e Glória do Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje e sempre. Amém!
Além de vários estudos e reflexões sobre o dízimo, a XIII Assembléia Geral da CNBB (São Paulo, 1973) e XIV Assembléia Geral (Itaici, 1974) discutiram o assunto e, nas decisões finais da XIV Assembléia, foram redigidos 06 pontos básicos para a implantação do dízimo em todas as Igrejas particulares:
1. Todas as Igrejas particulares do Brasil devem ter como meta à implantação do dízimo, como sistema de contribuição sistemática e periódica, que substitua progressivamente o sistema de taxas;
2. Haja um intenso trabalho de conscientização do povo e dos agentes de pastoral e progressiva organização do sistema a nível diocesano, paroquial e de base;
3. As Igrejas, dentro de uma mesma regional, devem prestar mútua ajuda, fazendo circular as várias experiências;
4. Os regionais cuidem da elaboração de subsídios, onde eles forem necessários e pedidos pelas Igrejas Particulares;
5. Os organismos nacionais prestem aos regionais a devida assessoria;
6. Cada Igreja Particular fixará a data a partir da qual será obrigatória a implantação do sistema.
A partir daí, as Igrejas particulares têm apresentado e divulgado várias experiências, métodos e sistemas, servindo de sugestão às paróquias e comunidades, em especial àquelas que ainda não possuem o dízimo implantado.
Portanto, o nosso objetivo a seguir é oferecer algumas sugestões e subsídios que visam melhorar as condições das atividades do trabalho missionário do dízimo.Tais subsídios, são frutos da experiência de trabalhos paroquiais e diocesano do dízimo.
EVANGELIZAÇÃO DO DÍZIMO – NÍVEL PAROQUIAL
- Implantar ou fortalecer sob renovado ardor o trabalho missionário e pastoral do dízimo.
- O dízimo deve ser visto com uma catequese e não como uma forma de arrecadar dinheiro para a Igreja.
- Realizar missas ou celebrações do dízimo na Paróquia, Capelas e/ou setores.
- O dízimo sendo doado nas missas aos finais de semana, há plantão das equipes da pastoral do dízimo.
- A equipe da pastoral do dízimo ou dos setores, deve acolher todos os dizimistas ou não dizimistas.
- Na missa, a introdução inicial e a mensagem final, podem ser voltadas ao dízimo.
- Relacionar e ler os nomes dos dizimistas do mês.
- Na medida do possível mudar uma das leituras do folheto (2ª) por outro texto bíblico alusivo ao Dízimo. Paralelo a liturgia do dia, utilizar-se também de folhetos de liturgia do dízimo.
- Os próprios dizimistas fazem as leituras do dia e a oração da comunidade.
- Na oração da assembléia, acrescentam-se duas preces aos dizimistas.
- Os dizimistas se possível, participarem da procissão do Ofertório.
- Promover dinâmicas e encenar peças de teatro sobre o dízimo e apresentar nas missas/celebrações.
- Cantar parabéns para os aniversariantes dizimistas ou não.
- O sacerdote deve abençoar os dizimistas presentes ou não. - Em seguida também abençoar os não dizimistas. O momento especial da benção, pode ser feito após a comunhão.
- O dízimo doado na missa/celebração, deve ser levado ao altar e abençoado pelos fiéis.
- Ao final da missa/celebração entregar mensagens aos dizimistas ou distribuir panfletos sobre o dízimo.
- Instituir a missa do DOMINGO DO DIZIMISTA. Ela deve ser em ação de graça em especial aos dizimistas (1o. ou 2o. DOMINGO). Neste domingo em especial a Homilia deve ser em torno da partilha e do dízimo.
- Instituir também na Paróquia e Capelas o DOMINGO DA CARIDADE (1o. ou 2o. DOMINGO). Neste diz os fiéis são convidados a trazerem alimentos e no momento do ofertório levarem ao altar. Com essas doações serão feitas cestas básicas, para o trabalho social.
Obs: Como sugestão, se a missa do DOMINGO DO DIZIMISTA for no primeiro domingo, o DOMINGO DA CARIDADE será no segundo e assim vice-versa
- Instituir ainda na Paróquia o DÍZIMO MIRIM com a participação das crianças em ofertório especial para elas. O dízimo mirim teve ter sua extensão em encontros da Catequese.
- Confecção de adesivos e carimbos com frases relativo ao dízimo, para distribuir aos dizimistas.
- Colocar flâmulas; faixas, cartazes, folder e baner no ambiente interno da Igreja e Capelas e em pontos estratégicos da cidade.
- Confeccionar um painel com os nomes dos dizimistas aniversariantes do mês. Este painel também pode ser substituído por uma arvore, onde serão colocados os nomes dos aniversariantes. Inserir os nomes dos aniversariantes no Jornal Paroquial.
- Evangelizar o dízimo nos movimentos, grupos, etc. A divulgação pode ser feita através de visitas aos grupos, pastorais e movimentos.
- Manter uma equipe perseverante na pastoral do dízimo com a participação de pelo menos duas pessoas por setor, comunidade, grupos, serviços, movimentos e pastorais. Deve ser uma equipe atuante. No caso de setores, os mesmos devem possuir sua equipe própria (coordenador (es), auxiliar (es), etc).
- Manter um calendário e realizar encontros para aprofundamento do dízimo.
- Possuir e manter um cadastro atualizado de todos os dizimistas. Se possível de todos os fiéis da Paróquia
- Realizar a reunião da partilha e fazer o balancete com a arrecadação e os gastos que são divulgados no Jornal da Paróquia e/ou expostos no Mural da Igreja.
- Na medida da conscientização, a Paróquia deve eliminar as taxas de missas, batizados, casamentos, etc
- Inserir mensagens do dízimo nos murais da Paróquia e Capelas.
- Inserir mensagens do dízimo no Jornal Paroquial e/ou Diocesano.
- Evangelizar o dízimo em programas de rádios, emissoras de tv´s, internet, etc;
EVANGELIZAÇÃO DO DÍZIMO – NÍVEL SETORIAL
- Dia a dia celebrar a vida e vivenciar com os irmãos o sentido de se viver em pequenas comunidades “Igreja no meio do povo, nas casas (presença do pastor e do povo)” (Atos 2,42-47).
- Dia a dia evangelizar o dízimo sob renovado ardor missionário.
- Distribuir convites nas residências nos setores.
- Convidar e alternar sempre os celebrantes do dízimo.
- No dia da celebração acolher os dizimistas e os novos dizimistas.
- Realizar as celebrações mensais, com folheto de liturgia própria do dízimo.
- O local para a oferta do dízimo deve ser alegre, acolhedor, bem ornamentado com dizeres referentes a ele.
- Na celebração os próprios dizimistas fazem as leituras e a oração da comunidade.
- Periodicamente podem ser projetados filmes sobre o dízimo, para o setor.
- Durante a celebração cantar parabéns pelos aniversariantes e as pessoas que vieram pela primeira vez.
- Na medida do possível promover a distribuição de Bíblias, camisetas, brindes, através de sorteios, etc.
- Após cada celebração a equipe do setor deve se reunir para uma avaliação da celebração,
- A equipe também deve se reunir ocasionalmente para fazer avaliação do trabalho que vem sendo realizado e organizar novas atividades, incentivando e aprofundando o dízimo com a leitura de livros,etc.
- Dia a dia promover visitas as residências do setor. É preciso recuperar o contribuinte afastado por meio de visitas e cartas, procurando conscientiza-lo da importância de ser dizimista para que a nossa Igreja cresça. Essa visita busca também novos moradores do setor, além de visitas aos doentes, pessoas com problemas, etc.
- Em cada aniversário, o aniversariante recebe na sua casa um cartão de felicitações pelo correio, ou a equipe vai leva-lo pessoalmente.
- O padre ou a equipe pode telefonar para o aniversariante no dia do seu aniversário.
- A equipe do setor ou do dízimo também faz a entrega de uma mensagem de felicitações na Páscoa, dia da Mães, Namorados, Pais, etc.
- Por ocasião do nascimento de crianças no setor, a família recebe um cartão de acolhida do recém nascido.
- No final do ano, os dizimistas são presenteados com um calendário (folhinha) e outros brindes. A equipe do Setor ou do dízimo entrega ainda um cartão de felicitações pela passagem do Natal e Ano Novo nos próprios setores ou no término das missas do final do ano, para os dizimistas e não dizimistas.
- Por ocasião do falecimento de dizimistas, a família recebe um cartão de Condolências.
- Sendo a Rede de Comunidades uma prioridade da Diocese, as equipes devem realizar nelas um trabalho de conscientização, enfatizando a sua importância e a importância do dízimo, além de realizar ainda a descentralização do Paróquia e dízimo nas pequenas comunidades.
- Realização de encontros semanais com realização de terços, novenas, formação, cursos e estudos sobre os subsídios da Diocese. Em datas especificas, benção nas casas.
- Colher sugestões dos dizimistas e testemunhos espontâneos, que depois são publicados no Jornal da Paróquia.
- Manter nomes, datas e endereços atualizados para a correspondência com os dizimistas: cartões de aniversário, convites para celebrações, missas, etc.
- Leitura de mensagens e orações aos dizimistas.
Para que se compreenda o verdadeiro sentido do dízimo, é necessário conhecer o porque e para que ele foi criado pôr Deus: “gerar partilha na humanidade e para a humanidade”.
Na evangelização do dízimo deverá sempre ser levado em consideração o lado espiritual, pois se formos canal disto; o restante será obra do Espírito Santo.
O esclarecimento e a transparência no setor, são muito importante para a caminhada pastoral do dízimo.
A caminhada e perseverança do dízimo leva os cristãos ao serviço das obras do Reino, unidade e busca da santidade. Unindo a isso a nossa Igreja será sempre comunitária, acolhedora, pluralista, carismática, ecumênica, ardente, ativa, viva, popular, despojada, simples, peregrina, missionária e Cristocêntrica, pois Cristo é o Centro de tudo e da nossa vida - “Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jô 14,6)”.
O dízimo deve ser evangelizado a luz da verdade - 10% (Lev 27,32). Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jô 8,32). Contudo sempre falar de um dízimo (10%), em sinal de amor, experiência e de partilha. Esclarecer sempre as diferenças das oferendas (dízimos, ofertas e esmolas). Também dizer o porque das ofertas e as suas dimensões.
O cristão deve sempre partilhar os bens espirituais e materiais, com fé, generosidade, amor e justiça. Assim, o dízimo estabelece sempre uma relação muito forte e intima entre os dizimistas e Deus, que passa a ser um caso de AMOR.
Por isso, que o Deus AMOR e Criador em sua infinita bondade e misericórdia abençoe todos os dizimistas e os não dizimistas. Também abençoe e ilumine a Igreja e todo o trabalho missionário/pastoral do dízimo. E, que tudo seja para sua honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Que o nosso dízimo seja agradável a Ti Senhor, hoje e sempre. Amém!
Paróquia Santa Luzia - Votuporanga/SP
Texto utilizado para evangelização pela Pastoral do Dízimo
A evangelização da Partilha
No objetivo de aprofundar o sentido da dimensão da partilha (dízimos, ofertas e esmolas) e suas abrangências, iremos refletir o referido tema em dois tópicos: O primeiro com diretrizes, importância e necessidades especificas do dízimo. Na segunda reflexão como frutos da experiência dos trabalhos pastorais, aparecerão sugestões e algumas maneiras práticas de evangelização.
“OFERTAI O DÍZIMO, SEGUNDO O COSTUME”: É o quinto mandamento da nossa Igreja. O dízimo está contido na Bíblia de Gênese a Apocalipse. O dízimo foi instituído nos primórdios da história sagrada. Encontra-se na Lei de Deus acerca de 1300 antes de Cristo. O dízimo é um compromisso com Deus, a Igreja e os pobres. É a fé do cristão sacramentada como sinais de compromisso, gratidão e fidelidade ao Reino. O dízimo deve ser levado MENSALMENTE ao Templo ou nas celebrações do dízimo. Foi praticado pelos cristãos na Igreja primitiva e Jesus o recomendou como prática aceitável (Mt 23,23).
PONTOS ESSENCIAIS: A evangelização do dízimo é de todos e não apenas da pastoral do dízimo. A Igreja, o sacerdote, os fiéis, os cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; são responsáveis pela evangelização.
1 - A IGREJA: Como missionária, deve anunciar, conscientizar e evangelizar os fiéis sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo e o que representa o dízimo nas obras do Reino de Deus.
2 - O SACERDOTE: Ser o orientador espiritual e responsável por todo trabalho pastoral. Evangelizar e conscientizar os cristãos sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo. Para fortalecer e testemunhar a partilha e o trabalho, ser o dizimista número um da Paróquia. Receber os dízimos dos fiéis, para a Igreja (Heb 7,5).
3 - OS DIZIMISTAS: Serem conscientizados do compromisso, necessidade, importância e dimensões do dízimo na Igreja. Colaborar na sua evangelização, pelas experiências e testemunhos. Fazer a experiência (Mal 3,10), buscando á fidelidade ao Senhor. Devolver o dízimo em atitude de fé, amor, gratidão, compromisso e obediência a Palavra de Deus. Jamais ofertar o dízimo pôr interesse “uso da Paróquia”. Ex: batizar, casar, etc (I Tim 6,9).
4 - RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE PASTORAL: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Zelar por sua evangelização.
5 - RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE FINANÇAS: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Efetuar balancetes e demonstrativos mensais do dízimo. Conhecer as dimensões do dízimo. O mesmo deve ser utilizado na manutenção da Paróquia/Comunidade (Ne 10,33-40); ajuda a outras comunidades, ao Bispado, ao Seminário, além do sustento do sacerdote (I Cor 9,13-14 – Lc 10,7 – I Tim 5,7) e ajuda aos necessitados (Dt 14,29 - Mt 25,31-46). Sua aplicação, deve ser em torno disso!
6 - DIMENSÕES DO DÍZIMO: O dízimo deve ser visto na Igreja, não como uma pastoral, movimento ou grupo, mas sim como compromisso do cristão, com as obras do Reino de Deus. “É a Igreja em si”. Tem a finalidade de atender ás dimensões Social, Missionária e Religiosa, para o qual foi instituído pôr Deus, gerando naturalmente o sinal da “PARTILHA”. Fruto disso, brota a fé, o amor, justiça, caridade, fraternidade e solidariedade, entre os irmãos e na comunidade.
7 – A DIMENSÃO DA PARTILHA NO TERCEIRO MILÊNIO: “Dízimos, Ofertas e Esmolas”
Além do Dízimo, a décima que devemos devolver ao Senhor (Ex 25,1-9 - Lev 27,32 - Num 15,1-4 - I Sam 8,15-17), a dimensão da PARTILHA se constituem também das OFERTAS E ESMOLAS.
Oferta : é um presente de forma espontânea que se dá a Deus (Lc 21,1-4). Deve vir do coração. As ofertas devem ser levadas à Igreja e ofertadas durante o ofertório das celebrações e missas. As ofertas especiais também devem ser levadas a Igreja
Esmola : Quem der ao pobre não passará necessidade, mas quem fecha os olhos aos pobres, ficará cheio de maldições (Prov. 28,27). Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará pôr ti a fim de te preservar de todo o mal (Eclo 29,15). Podemos imaginar que as “ditas” expressões “Deus lhe pague - Deus ti abençoe”, são respostas de Deus quando ajudamos os irmãos necessitados.
Deus não precisa das nossas coisas e de dinheiro, mas nos educa dia a dia ao exercício da fé, prática do amor, fraternidade, justiça e partilha. Deus, não precisa do dízimo, mas os irmãos, a Igreja, a comunidade, sim: “Irmãos que se amam se ajudam – um por todos, todos por um”.
O trabalho missionário do dízimo nos leva a vocação, um chamado para servir a Cristo e ao próximo. Um dom onde se exercita o anúncio da Palavra e a sabedoria de Deus, a fé, o amor, a oração, a partilha, o compromisso, a fidelidade, o companheirismo, a adoração, o testemunho, o reconhecimento e a obediência da criatura com o Criador.
Jesus disse: Ide por todo o mundo pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15). Que Ele nos ensine a anunciar, evangelizar o DÍZIMO e a dimensão da partilha, como sinais de fé, amor e fraternidade. E, que tudo isso seja para a Honra e Glória do Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje e sempre. Amém!
Além de vários estudos e reflexões sobre o dízimo, a XIII Assembléia Geral da CNBB (São Paulo, 1973) e XIV Assembléia Geral (Itaici, 1974) discutiram o assunto e, nas decisões finais da XIV Assembléia, foram redigidos 06 pontos básicos para a implantação do dízimo em todas as Igrejas particulares:
1. Todas as Igrejas particulares do Brasil devem ter como meta à implantação do dízimo, como sistema de contribuição sistemática e periódica, que substitua progressivamente o sistema de taxas;
2. Haja um intenso trabalho de conscientização do povo e dos agentes de pastoral e progressiva organização do sistema a nível diocesano, paroquial e de base;
3. As Igrejas, dentro de uma mesma regional, devem prestar mútua ajuda, fazendo circular as várias experiências;
4. Os regionais cuidem da elaboração de subsídios, onde eles forem necessários e pedidos pelas Igrejas Particulares;
5. Os organismos nacionais prestem aos regionais a devida assessoria;
6. Cada Igreja Particular fixará a data a partir da qual será obrigatória a implantação do sistema.
A partir daí, as Igrejas particulares têm apresentado e divulgado várias experiências, métodos e sistemas, servindo de sugestão às paróquias e comunidades, em especial àquelas que ainda não possuem o dízimo implantado.
Portanto, o nosso objetivo a seguir é oferecer algumas sugestões e subsídios que visam melhorar as condições das atividades do trabalho missionário do dízimo.Tais subsídios, são frutos da experiência de trabalhos paroquiais e diocesano do dízimo.
EVANGELIZAÇÃO DO DÍZIMO – NÍVEL PAROQUIAL
- Implantar ou fortalecer sob renovado ardor o trabalho missionário e pastoral do dízimo.
- O dízimo deve ser visto com uma catequese e não como uma forma de arrecadar dinheiro para a Igreja.
- Realizar missas ou celebrações do dízimo na Paróquia, Capelas e/ou setores.
- O dízimo sendo doado nas missas aos finais de semana, há plantão das equipes da pastoral do dízimo.
- A equipe da pastoral do dízimo ou dos setores, deve acolher todos os dizimistas ou não dizimistas.
- Na missa, a introdução inicial e a mensagem final, podem ser voltadas ao dízimo.
- Relacionar e ler os nomes dos dizimistas do mês.
- Na medida do possível mudar uma das leituras do folheto (2ª) por outro texto bíblico alusivo ao Dízimo. Paralelo a liturgia do dia, utilizar-se também de folhetos de liturgia do dízimo.
- Os próprios dizimistas fazem as leituras do dia e a oração da comunidade.
- Na oração da assembléia, acrescentam-se duas preces aos dizimistas.
- Os dizimistas se possível, participarem da procissão do Ofertório.
- Promover dinâmicas e encenar peças de teatro sobre o dízimo e apresentar nas missas/celebrações.
- Cantar parabéns para os aniversariantes dizimistas ou não.
- O sacerdote deve abençoar os dizimistas presentes ou não.
- Em seguida também abençoar os não dizimistas. O momento especial da benção, pode ser feito após a comunhão.
- O dízimo doado na missa/celebração, deve ser levado ao altar e abençoado pelos fiéis.
- Ao final da missa/celebração entregar mensagens aos dizimistas ou distribuir panfletos sobre o dízimo.
- Instituir a missa do DOMINGO DO DIZIMISTA. Ela deve ser em ação de graça em especial aos dizimistas (1o. ou 2o. DOMINGO). Neste domingo em especial a Homilia deve ser em torno da partilha e do dízimo.
- Instituir também na Paróquia e Capelas o DOMINGO DA CARIDADE (1o. ou 2o. DOMINGO). Neste diz os fiéis são convidados a trazerem alimentos e no momento do ofertório levarem ao altar. Com essas doações serão feitas cestas básicas, para o trabalho social.
Obs: Como sugestão, se a missa do DOMINGO DO DIZIMISTA for no primeiro domingo, o DOMINGO DA CARIDADE será no segundo e assim vice-versa
- Instituir ainda na Paróquia o DÍZIMO MIRIM com a participação das crianças em ofertório
especial para elas. O dízimo mirim teve ter sua extensão em encontros da Catequese.
- Confecção de adesivos e carimbos com frases relativo ao dízimo, para distribuir aos dizimistas.
- Colocar flâmulas; faixas, cartazes, folder e baner no ambiente interno da Igreja e Capelas e em pontos estratégicos da cidade.
- Confeccionar um painel com os nomes dos dizimistas aniversariantes do mês. Este painel também pode ser substituído por uma arvore, onde serão colocados os nomes dos aniversariantes. Inserir os nomes dos aniversariantes no Jornal Paroquial.
- Evangelizar o dízimo nos movimentos, grupos, etc. A divulgação pode ser feita através de visitas aos grupos, pastorais e movimentos.
- Manter uma equipe perseverante na pastoral do dízimo com a participação de pelo menos duas pessoas por setor, comunidade, grupos, serviços, movimentos e pastorais. Deve ser uma equipe atuante. No caso de setores, os mesmos devem possuir sua equipe própria (coordenador (es), auxiliar (es), etc).
- Manter um calendário e realizar encontros para aprofundamento do dízimo.
- Possuir e manter um cadastro atualizado de todos os dizimistas. Se possível de todos os fiéis da Paróquia
- Realizar a reunião da partilha e fazer o balancete com a arrecadação e os gastos que são divulgados no Jornal da Paróquia e/ou expostos no Mural da Igreja.
- Na medida da conscientização, a Paróquia deve eliminar as taxas de missas, batizados, casamentos, etc
- Inserir mensagens do dízimo nos murais da Paróquia e Capelas.
- Inserir mensagens do dízimo no Jornal Paroquial e/ou Diocesano.
- Evangelizar o dízimo em programas de rádios, emissoras de tv´s, internet, etc;
EVANGELIZAÇÃO DO DÍZIMO – NÍVEL SETORIAL
- Dia a dia celebrar a vida e vivenciar com os irmãos o sentido de se viver em pequenas comunidades “Igreja no meio do povo, nas casas (presença do pastor e do povo)” (Atos 2,42-47).
- Dia a dia evangelizar o dízimo sob renovado ardor missionário.
- Distribuir convites nas residências nos setores.
- Convidar e alternar sempre os celebrantes do dízimo.
- No dia da celebração acolher os dizimistas e os novos dizimistas.
- Realizar as celebrações mensais, com folheto de liturgia própria do dízimo.
- O local para a oferta do dízimo deve ser alegre, acolhedor, bem ornamentado com dizeres referentes a ele.
- Na celebração os próprios dizimistas fazem as leituras e a oração da comunidade.
- Periodicamente podem ser projetados filmes sobre o dízimo, para o setor.
- Durante a celebração cantar parabéns pelos aniversariantes e as pessoas que vieram pela primeira vez.
- Na medida do possível promover a distribuição de Bíblias, camisetas, brindes, através de sorteios, etc.
- Após cada celebração a equipe do setor deve se reunir para uma avaliação da celebração,
- A equipe também deve se reunir ocasionalmente para fazer avaliação do trabalho que vem sendo realizado e organizar novas atividades, incentivando e aprofundando o dízimo com a leitura de livros,etc.
- Dia a dia promover visitas as residências do setor. É preciso recuperar o contribuinte afastado por meio de visitas e cartas, procurando conscientiza-lo da importância de ser dizimista para que a nossa Igreja cresça. Essa visita busca também novos moradores do setor, além de visitas aos doentes, pessoas com problemas, etc.
- Em cada aniversário, o aniversariante recebe na sua casa um cartão de felicitações pelo correio, ou a equipe vai leva-lo pessoalmente.
- O padre ou a equipe pode telefonar para o aniversariante no dia do seu aniversário.
- A equipe do setor ou do dízimo também faz a entrega de uma mensagem de felicitações na Páscoa, dia da Mães, Namorados, Pais, etc.
- Por ocasião do nascimento de crianças no setor, a família recebe um cartão de acolhida do recém nascido.
- No final do ano, os dizimistas são presenteados com um calendário (folhinha) e outros brindes. A equipe do Setor ou do dízimo entrega ainda um cartão de felicitações pela passagem do Natal e Ano Novo nos próprios setores ou no término das missas do final do ano, para os dizimistas e não dizimistas.
- Por ocasião do falecimento de dizimistas, a família recebe um cartão de Condolências.
- Sendo a Rede de Comunidades uma prioridade da Diocese, as equipes devem realizar nelas um trabalho de conscientização, enfatizando a sua importância e a importância do dízimo, além de realizar ainda a descentralização do Paróquia e dízimo nas pequenas comunidades.
- Realização de encontros semanais com realização de terços, novenas, formação, cursos e estudos sobre os subsídios da Diocese. Em datas especificas, benção nas casas.
- Colher sugestões dos dizimistas e testemunhos espontâneos, que depois são publicados no Jornal da Paróquia.
- Manter nomes, datas e endereços atualizados para a correspondência com os dizimistas: cartões de aniversário, convites para celebrações, missas, etc.
- Leitura de mensagens e orações aos dizimistas.
Para que se compreenda o verdadeiro sentido do dízimo, é necessário conhecer o porque e para que ele foi criado pôr Deus: “gerar partilha na humanidade e para a humanidade”.
Na evangelização do dízimo deverá sempre ser levado em consideração o lado espiritual, pois se formos canal disto; o restante será obra do Espírito Santo.
O esclarecimento e a transparência no setor, são muito importante para a caminhada pastoral do dízimo.
A caminhada e perseverança do dízimo leva os cristãos ao serviço das obras do Reino, unidade e busca da santidade. Unindo a isso a nossa Igreja será sempre comunitária, acolhedora, pluralista, carismática, ecumênica, ardente, ativa, viva, popular, despojada, simples, peregrina, missionária e Cristocêntrica, pois Cristo é o Centro de tudo e da nossa vida - “Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jô 14,6)”.
O dízimo deve ser evangelizado a luz da verdade - 10% (Lev 27,32). Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jô 8,32). Contudo sempre falar de um dízimo (10%), em sinal de amor, experiência e de partilha. Esclarecer sempre as diferenças das oferendas (dízimos, ofertas e esmolas). Também dizer o porque das ofertas e as suas dimensões.
O cristão deve sempre partilhar os bens espirituais e materiais, com fé, generosidade, amor e justiça. Assim, o dízimo estabelece sempre uma relação muito forte e intima entre os dizimistas e Deus, que passa a ser um caso de AMOR.
Por isso, que o Deus AMOR e Criador em sua infinita bondade e misericórdia abençoe todos os dizimistas e os não dizimistas. Também abençoe e ilumine a Igreja e todo o trabalho missionário/pastoral do dízimo. E, que tudo seja para sua honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.Que o nosso dízimo seja agradável a Ti Senhor, hoje e sempre. Amém!
Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios - Panelas/PE
Texto utilizado para evangelização pela Pastoral do Dízimo
O dizimista mirim
1 – Por que as crianças e os jovens, devem entregar o Dízimo?
Várias Pastorais do Dízimo, já vêm fazendo juntamente com os catequistas e grupos de jovens, o trabalho de divulgação, conseqüentemente a implantação do DÍZIMO MIRIM (dizimista mirim).
O objetivo é despertar nas crianças e nos jovens, à importância e necessidade da partilha, bem como o hábito de ser um dizimista responsável, contribuindo com o que pode, de coração alegre; colaborando dessa forma com sua comunidade e a Igreja.
A pastoral do dízimo, a catequese e os grupos de jovens, devem distribuir às crianças e aos jovens, mensagens com textos direcionado ao tema, que tenham seu conteúdo agradável e divertido, usando da criatividade e técnicas novas; no entanto, sem perder seu sentido de evangelização.
No Livro “As Crianças, os Jovens e o Dizimo”, de Joel Leal Valentim (PRÓDIZIMO), encontramos histórias e os seguintes itens, sobre o porque as crianças e os jovens, devem entregar seu dízimo.
Vejamos algumas respostas:
1.Para não ser mais necessária a correção dos adultos;
2.Os jovens dizimistas aprendem a ser desprendidos de bens materiais;
3.Descobrem o sentido da responsabilidade pelas coisas de Deus;
4.Se sentem participantes e integrantes da Igreja e da comunidade;
5.Aprendem a diferença entre Deus e o dinheiro, dando a cada um seu devido valor;
6.Ficam sabendo que tudo, que gostamos, vem de Deus e que o dízimo é um sinal de agradecimento;
7.Se renunciam a pequenas coisas para entregar o dizimo, estarão preparados para fazer os sacrifícios maiores, que a vida de adulto exige.
Além desses itens, as crianças e os jovens, sendo dizimistas aprendem a respeitar as Leis de Deus e descobrem o valor do relacionamento intimo com o Criador, despertando o sentido de fé, obediência, justiça e compromisso com Deus, a Igreja e o próximo. Criam entre eles uma benéfica intimidade entre a pequena criatura e o Grande Criador. Enfim, verão que Deus é justo e derrama suas bênçãos além do necessário, sobre quem lhe seja fiel (Mal 3,10-12).
2 – o que fazer para as crianças e os jovens entregarem o Dízimo com FÉ E alegria?
O tema Dízimo, deve naturalmente fazer parte da conversa na Igreja, na Paróquia, na comunidade, na família, na catequese e nos grupos de jovens.
Para doar o dízimo é bom que as crianças e os jovens tenham um dia específico (celebrativo), envelopes iguais ou métodos iguais aos dos adultos. Podem até participar da celebração em seu setor.
Para quem não trabalha, pode até levar como fonte de ensinamento, parte do dízimo dos pais. É bom sempre destacar que a oferta maior que Jesus quer deles, é o coração, sua vida, as alegrias e tristezas. A partilha e o dízimo, são conseqüências do vosso amor com Deus, a Igreja e o próximo.
Na evangelização, a catequese e os grupos de jovens, devem promover em suas reuniões (de preferência mensal), um encontro relativo ao dízimo. O enfoque deve ser a dimensão do amor, da partilha e o dízimo. O dirigente ainda pode realizar dinâmicas, teatros, palavras cruzadas ou contar historinhas envolventes que informam com clareza a importância da religião e do dizimo. Além do material que cada Paróquia/Diocese já possuem, existem livros mais específicos, que nos auxiliam muito e que podem ser trabalhados.
Promover concursos de redação com quem já sabe escrever. Pedir que façam pesquisas ou entrevistas com dizimistas, relatando sua experiência, caminhada, testemunho e perseverança.
As crianças e os jovens, podem fazer um concurso de cartazes e promoverem debates.
Os mais experientes podem fazer palestras e homilias nos grupos. Visitarem outras comunidades e Paróquias, para a troca de experiências.
Todo trabalho deve ser feito em conjunto “Igreja – Paróquia – Comunidade - Pastoral do Dízimo – Catequese - Grupo de Jovens”.
São infinitas as iniciativas que os padres, os catequistas e os animadores de grupo de jovens podem tomar juntos, mas dependem da colaboração e testemunho dos pais. Se os pais negam o dízimo, o trabalho pode até se perder. Além de serem dizimistas os pais precisam falar para os filhos, porque doam o dízimo.
A Pastoral do Dízimo, os grupos e a catequese, devem ter uma sintonia na evangelização, se colocando sempre á disposição dos pais, catequizandos e jovens, para esclarecimento de possíveis duvidas.
Além desse trabalho, é necessário que todos dia a dia, ajude o trabalho pastoral e missionário do dízimo, destacando a necessidade, importância e dimensões do dízimo, para nossa Igreja e para eles.
É bom ressaltar que sendo essa caminhada bem sucedida, estaremos deixando para nossos filhos, a maior de todas as heranças “A FÉ, O AMOR, A OBEDIÊNCIA, O COMPROMISSO E O RESPEITO ÀS LEIS DE DEUS”.
Texto utilizado para evangelização com renovado ardor missionário - “O dízimo é a alma da partilha”
Pastoral do Dízimo da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios
A essência da partilha
DIZIMO: É á décima parte (Lev 27,32). A porção que o cristão consciente devolve a comunidade cristã a quem pertence, como um ato de fé, amor, gratidão, compromisso, fidelidade e obediência a Deus.
O dízimo é o único plantio que Deus determina taxativamente a quantidade da semente: 10% daquilo que você colher.
O dízimo não se paga “nós devolvemos a Deus”, pois já lhe pertence. O dízimo é o compromisso do cristão que ama sua Igreja e os irmãos. Mas, acima de tudo, o mais importante é: “FAZER A EXPERIÊNCIA” (Mal 3,8-12).
O dízimo não é: Taxa, pagamento, imposto, mensalidade, colaboração, ajuda, resto, caridade, ato de piedade; nem Oferta ou Esmola."
O dízimo é: Devolução a Deus do que já é de Deus. É um dom. Uma vocação e missão. Um ato de fé, amor, obediência, partilha, fidelidade e compromisso com Deus, a Igreja e os pobres. “Sãos os primeiros frutos, que devolvemos a Deus”.
O dízimo é uma semente de prosperidade e deve ser devolvido com fé: “Ora, sem a fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele, é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram” (Heb 11,6).
Dízimo é dizimo: Deve ser levado MENSALMENTE ao Templo, a Igreja ou nas celebrações do dízimo.
Não podemos utiliza-lo para outra finalidade e nem como ajuda as pessoas necessitadas, como “caridade”. A caridade deve ser algo mais que brota do coração, que, aliás, nasce com a consciência do dízimo.
Portanto, nenhuma doação esporádica, auxilio ocasional (oferta), esmola, pode substituir o dizimo como obediência, fidelidade, cumprimento do valor e compromisso comunitário.
Embora muitos cristãos ainda não conseguem compreender ou confiar nas bênçãos de Deus e não devolvem o dízimo integral, pois Deus nos dá livre arbítrio, podemos não devolver aquilo que lhe pertence; mas mesmo assim, nem por isso a sua Palavra muda e deixa de ser o que Ele ordenou.
oferta: É um louvor, agradecimento, um presente que se dá a Deus. Portanto, ofertar é presentear o Pai (Deut 1,10). As ofertas devem vir do coração (Lc 21,1-4) e espontâneas. Elas devem feitas levadas ao Altar, de preferência durante as missas e celebrações (ofertórios). Devemos ofertar o melhor, pois Deus retribuirá da mesma forma (Eclo 35,1-20).
esmola: É tudo aquilo que você da á alguém que não pode te pagar, ou seja, tudo aquilo que você dá sem esperar de volta. Mas Deus nos promete a volta. "Ser bondoso com o pobre e emprestar a Deus, Ele nos devolve o bem que fizemos (Prov 19,17)”. Quem der ao pobre não passará necessidade, mas quem faz de conta que os pobres não existem será maldiçoado “. (Prov 28,27)” .
Podemos imaginar que as “ditas” expressões “Deus lhe pague - Deus ti abençoe”, são respostas de Deus quando ajudamos os irmãos necessitados.
Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará pôr ti a fim de te preservar de todo o mal (Eclo 29,15).
O dízimo e suas três dimensões na Igreja (Ex 25,1-9; Heb 7,1-10)
DIMENSÃO RELIGIOSA
De forma pessoal: Ajuda-nos no processo de salvação e na caminhada rumo ao céu, para a eternidade em Deus (II Jo 1, 4-6) – (III Jo 1,3-8).
Na comunidade: Manutenção dos gastos de evangelização pela Igreja (sons, folhetos, velas, vinho, hóstias, livros, bíblias, materiais para a catequese, clube de mães, etc.); gastos para manutenção e organização da Igreja (luz, água, telefone, funcionários, etc.), e ainda para o sustento do sacerdote (Ne 10, 33-40).
DIMENSÃO SOCIAL
Ajuda as pastorais sociais que cuidam da promoção humana e trabalham com as pessoas: ajuda aos pobres, drogados, aidéticos, viúvas, indigentes, creches, escolinhas, casas de abrigo, crianças abandonadas, velhos solitários, vicentinos e ainda a outras comunidades (Deut 14,28-29; Deut 26, 12-15; Mt 25,31-46).
DIMENSÃO MISSIONÁRIA
Manutenção dos gastos para evangelização pelos missionários, seja o Papa, os bispos, sacerdotes, irmãs, leigos, etc; conforme os dons recebidos de Deus (Num 18,20-32; I Cor 9, 4-14; Lc 10,7). Ajuda ao Bispado, ao Seminário e às missões de uma modo geral.
Paróquia Santa Luzia – Votuporanga/SP
Texto utilizado pela Pastoral do Dízimo para evangelização - Rubens
Evangelizar o dízimo é comunicação
Sob renovado ardor missionário somos chamados constantemente a anunciar a Boa Nova de Jesus, através da Sagrada Escritura; comunicando-se para o próprio bem e o bem da humanidade. É Deus lembrando seu grande projeto de comunicação, que vem desde a criação do mundo, até os dias atuais.
No principio, Deus como Comunicador Divino, dia a dia se manifestou e o mundo foi criado (Gen 1,1-31). Lapidou tudo e todas as coisas e deu a cada uma delas sua forma de comunicação.
- Criou a luz e a separou a luz das trevas. Deus chamou à luz DIA, e as trevas NOITE.
- Criou os céus, a terra e água. Criou os rios e mares.
- Criou as sementes, árvores, plantas, todo o verde.
- Criou o sol, a lua e as estrelas, para brilhar e iluminar.
- Criou os peixes, os animais, os pássaros e os répteis.
- No sexto dia, criou o homem a sua imagem e semelhança e viu que tudo era bom. Deus deu inteligência ao homem, para que ele pudesse dominar todos os seres vivos. E assim, contemplou as maravilhas criadas.
Assim foram acabados os céus, a terra e todo o seu exército. Tendo Deus terminado sua obra, no sétimo descansou do seu trabalho. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousará de toda a obra da Criação (Gen 2,1-3). Deus criou sua obra maravilhosa, dia a dia, parte a parte compartilhando amor, inteligência e paciência. Toda a criação de Deus é bela, perfeita, harmoniosa e de forma partilhada. Esse é o grande sentido do dízimo, oferta e esmola, “reinar amor, partilha e igualdade”.
Diante do grande mistério “divino”, entre o céu e a terra, Deus nos dá a oportunidade de nos comunicar com Ele, através da fé, amor, partilha, oração, diálogo, suplica e agradecimento.
- Na vida terrena, dia a dia o homem também se comunica com o próprio Deus nas maravilhas da sua criação.
- Comunica-se ainda com os irmãos e a natureza; que oferece o alimento necessário para subsistência. Com os alimentos, o homem sacia e mata sua fome.
- Nos campos e nas cidades, os povos sobrevivem, desfrutando das belezas de Deus. Tudo se comunicando e servindo para perfeita harmonia, entre os seres e as espécies.
- O mar, as águas e os rios matam a sede da natureza e do homem.
- As plantas, as matas e as arvores, equilibram a fonte do calor da natureza e do planeta.
- O sol, a luz e as estrelas, são luz que ilumina a terra e seu movimento.
Por fim, temos o homem criado a imagem e semelhança de Deus, com a bela missão de comunicador e administrador dos bens do Criador (Gen 1,28).
Como se vê, a comunicação é algo profundo. Preocupado ainda com o amor e bem estar do seu povo, Deus continuou se comunicando, chegando a ponto de enviar seu Filho Amado para resgatar o pecado da humanidade, libertar e nos salvar, oferecendo ao homem vida nova, para a plena comunicação com o seu Reino.
Jesus Cristo, o Mestre, foi e é o exemplo de Evangelizador, o grande Comunicador da Palavra. É o único que possui duas naturezas: Divina e Humana. Ele é totalmente Deus e totalmente Homem e por essas dimensões, Ele se comunica.
Nos fundamentos da Igreja Primitiva e pela Paixão, Morte e Ressurreição, Jesus revela um dos maiores exemplos de comunicação de Deus, com seu povo. Veio divinamente, tornou-se homem e viveu o problema do povo, padeceu pelo povo e diante do amor divino, morreu por todos. Ressuscitou e voltou ao Pai, para ser o mediador entre o povo e Deus (I Tim 2,5-6).
Mas, Jesus antes da sua Ascensão ao Pai, em uma aparição aos discípulos, reafirmou nossa missão de comunicador e anunciador da Palavra de Deus, da Boa Nova do Evangelho, até os finais dos tempos (Ide e anunciai... Mc 16,15).
Cumprindo a promessa do Pai, tendo Jesus subido ao Céu, no dia de Pentecostes enviou o Paraclito, o Espírito Santo (Atos 2,1-13), para continuidade da missão da Igreja e do povo, até os finais dos tempos.
Os sinais da manifestação de Deus no mundo, sempre aconteceram e acontecerá sempre. A Vida e a Bíblia, desde o Antigo ao Novo Testamento, nos relatam grandes sinais de comunicação do Deus Altíssimo, com seu povo.
Por exemplo, a Família de Nazaré, Maria e José, faz parte do projeto de Deus e no dia 25 de Dezembro, sempre celebramos o aniversário do nascimento do Filho Jesus, o Salvador e Redentor da humanidade.
Todo tempo é tempo de fé, esperança e caridade. Tempo de anuncio, renovação e conversão. É sempre Deus se manifestando.
Diante do imenso valor da comunicação, seguindo o exemplo do três Reis Magos que guiados por uma estrela, vieram do Oriente e foram visitar, adorar e presentearam Jesus (o recém nascido), com ouro, incenso e mirra; nós também possamos ser iluminados por Jesus, recebendo a missão de nos tornar uma estrela, que ilumine e direcione os irmãos ao caminho e procura do Messias.
Fonte para essa estrela, hoje encontramos em Deus, que é o Amor, no poder de Jesus, na Luz do Espírito Santo, na Igreja, nos sacramentos, nos irmãos e na maior revelação e comunicação inspirada de Deus “A Bíblia Sagrada”; pois toda Bíblia é comunicação. Isso tudo nos conduz a uma Luz, a grande Estrela, que é Jesus.
Por isso, nós como Igreja e povo, devemos nos aprimorar e dentro dos meios de comunicação, nos organizar para melhorar o dialogo na comunidade. Acolher melhor as pessoas, com criatividade e novos recursos, promover eventos culturais, religiosos e missões.
Ser canal do anuncio da Boa Nova, nos grupos, movimentos, pastorais, além da utilização de folhetos de evangelização nas missas, jornais paroquiais e das Cidades, TV’s, emissoras de rádios, outdoor, etc.
Assim aos poucos vai se concretizando o Anúncio da Palavra de Deus e da Verdade: (Jo 8,32) - Conhecereis a verdade e a verdade, vos libertará. Jesus, ainda nos complementa - Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6).
Relativo ao dízimo, que na sua dimensão, além de ser uma pratica, um desafio; ele é uma comunicação do divino para o humano, que faz acontecer e reinar a justiça, generosidade e partilha, entre a Igreja e os irmãos. Portanto, a responsabilidade é todos em promover isso, para que seja semeado o plano do Reino “amor e partilha”.
O dízimo é alma e a essência da partilha. É, exercício da fé, amor, obediência e fidelidade.
- Nasce pela fé, amor, doação e compreensão. Adentra e percorre o coração do homem e termina no gesto concreto da partilha, com a Igreja e aos irmãos. Só experimenta esta dimensão, quem tem amor e fé!
- O dizimo é uma atitude de fé, amor a Deus e uma semente de prosperidade .
Portanto, eis nosso objetivo: Colaborar no anúncio da Palavra de Deus, à Boa Nova do Evangelho, para que o Reino de Deus seja solidificado, comunicando o amor de Deus e por si gerando fé e partilha no seio da Igreja e do povo. Que assim seja. Amém!
Paróquia Santa Luzia - Votuporanga/SP
Texto utilizado para evangelização pela Pastoral do Dízimo -
A fé, a partilha e o dízimo
A fé é o fundamento da esperança; é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos antepassados. Pela fé, reconhecemos que o mundo foi formado pela Palavra de Deus e que as coisas visíveis se originaram do invisível (Hb 11,1-3).
A fé é meio indispensável para nos relacionarmos com a Salvação de Jesus. Certamente só Jesus Salva, mas o meio pelo qual a salvação chega a nós é a "FÉ" (At 10,43; Rm 5,1-2).
Esta fé, "um dom de Deus", é a força e alimento na caminhada do homem. Assim, cuida de si, das coisas de Deus e do seu plano. Com a fé, crê-se, acredita e confia nas obras do Reino.
O plano do Reino se alicerça da fé, do crer, se doar, do amor e da partilha. Por isso, confiantes em Deus é infinitamente gratificante saber que Ele nos recebe, recebe nosso amor e nossa partilha. Pela partilha, acolhe o dízimo como um presente que o agrada e o deixa feliz; a exemplo da oferta da viúva (Lc 21,1-4).
- O dízimo é a devolução a Deus, daquilo que já é de Deus.
- O dizimo não é imposto, taxa, pagamento, contribuição, porque ele não precisa; Não é resto do que sobra que oferecemos, mas nosso dízimo é exatamente a resposta da fé, do amor, obediência e reconhecimento; pois tudo o que somos e que temos, vem D’Ele.
- O dízimo é uma atitude de fé. É consciência de que uma parte dos nossos rendimentos é de Deus e, conseqüentemente da comunidade. Por isso, ele é devolvido para manutenção da Paróquia, sustento do culto, sacerdotes, bispos, seminários, das missões e da ação social da Igreja.
- O dizimo significa o exercício da fé. Mas, só haverá compreensão do seu verdadeiro espírito e sentido, quando acontecer de forma pessoal uma experiência profunda, diante da essência e o mistério do Criador, quanto a "partilha".
A partilha é uma resposta de amor á Palavra de Deus. É um caminho que direciona o homem a experiência do dizimo.
Além da sua devolução; seria necessário que cada um entendesse profundamente esses ideais de Deus: "reinar partilha e igualdade no seio do povo e na Igreja". Esse é o projeto e propósito de Deus, para a humanidade e sua Igreja.
O segredo da partilha esta na fé, na obediência da Palavra de Deus, e no desejo de se ver um mundo renovado, um povo, uma comunidade, uma Igreja, viva e alegre (At 2,42-47; At 4,32-35; ITim 6,17-19).
Se nosso coração ainda não se abriu de verdade na DEVOLUÇÃO DO DIZIMO é preciso pedir fé e sabedoria que vem d’Ele.
- É preciso pedir fé total, sem reservas, que penetre no coração, no pensamento, na maneira de julgar as coisas divinas e humanas.
- É preciso pedir uma fé que seja forte, que não tema os problemas, a oposição daqueles que contestam, a atacam, a recusam e a negam. Mas, que nossa fé resista do desgaste, da critica, que ultrapasse as dificuldades espirituais e temporais, permanecendo constantemente firme no Senhor Jesus.
Enfim, só entenderemos o valor e a dimensão da partilha "do dízimo"; quando nossa fé for viva, alegre, autêntica, atuante, envolvida da caridade, justiça, humildade, paz, dócil à Palavra de Deus e alimento da nossa esperança.
Diante do contexto da fé, que o dízimo possa nos educar mais ao amor, a misericórdia, justiça e ao plano da partilha. Seremos assim mais generosos e Deus será mais generoso conosco.
Com a proteção de Deus, as bênçãos de Jesus, iluminados pelo Espírito Santo; seremos um só povo (Jo 17,21); para o bem do próprio povo; pois o dizimo que devolvemos a Deus, doamos a nós mesmos "o povo amado e querido de Deus".
Que assim seja, hoje e sempre. Amém!
Paróquia Santa Luzia - Votuporanga/SP
Texto utilizado para evangelização pela Pastoral do Dízimo – Rubens
Reflexões mensais sobre o dízimo
J A N E I R O
Leitura: Gên 1, 12-13 e 24-31 - A criação, o fundamento e a essência da partilha: dízimos, ofertas e esmolas.
Evangelho: Jo 6,1-15 - A partilha é um caminho que gera a igualdade: Ex: “a multiplicação dos pães”.
F E V E R E I R O
Leitura: Núm 15, 17-21 - A doação das primícias, ou seja, os primeiros frutos.
Evangelho: Mc 12,41-44 - Toda oferta deve vir do coração, entre elas: dízimos, ofertas e esmolas.
M A R Ç O
Leitura: Eclesiastes 5, 9,11 - Dia a dia devemos apenas buscar o necessário para nossa sobrevivência.
Evangelho: Lc 12, 22-34 - O dizimo nos leva ao amor e igualdade entre os irmãos.
A B R I L
Leitura: Gên 14, 17-22 - Abraão pôr sua fé, foi abençoado, após ofertar ”doar” o seu dizimo.
Evangelho: Mc 11, 20-26 - Temos que ter fé e acreditar em Deus, no poder da sua Palavra e da oração. O dízimo é uma oração, fruto da fé, um desafio, uma promessa.
M A I O
Leitura: Lev 27, 30-32 - Deus é dono e Senhor de tudo o que existe. Através do dizimo devolvemos a Deus, uma parte daquilo que d’Ele recebemos. “Recebemos 100% de Deus e Lhe devolvemos 10%”.
Evangelho: Mt 23, 23-26 - Cristo anuncia: Ofertai o dízimo, mas jamais se esqueça da justiça e misericordiosa.
J U N H O
Leitura: IICor 9, 6-14 - A capacidade do receber, está na mesma medida da capacidade do partilhar.
Evangelho: Lc 19,1-9 - Quando vivemos cheios do amor de Deus, na partilha, sendo fraterno e generoso, Cristo adentra nosso coração. E, por esta abertura, somos chamados á conversão e a salvação em Jesus.
J U L H O
1a. Leitura: Eclesiástico 29,11-16 - Esmola é tudo aquilo que damos a alguém, que não pode nos pagar, ou seja, tudo aquilo que doamos as pessoas necessitadas, sem esperar nada de volta.
2a. Leitura: ICor 16,1-4 - Oferta é um presente que se dá a Deus, portanto ofertar é presentear o Pai. A oferta deve vir do coração, com agrado e muita fé (Lc 21,1-4).
Evangelho: Mt 17, 23-26 - Jesus nos dá um exemplo de fidelidade e compromisso com as obras do Reino.
O dízimo é Bíblico (Lev. 27,28-32). É o Quinto Mandamento da nossa Igreja. É a décima parte que devolvemos ao Senhor.
O dízimo deve ser consciente e reinar amor e justiça. O dizimo tem por finalidade atender suas três dimensões na Igreja: a Religiosa, Missionária e Social.
A G O S T O
Leitura: Prov 11, 24-26 - O dizimo é uma semente que deve ser semeada com fé, de coração, para gerar amor e partilha.
Evangelho: Lc 6, 36-38 - A medida de receber amor, justiça, partilha, esta na mesma medida daquilo que semeamos.
S E T E M B R O
Leitura: IITim 3, 14-17 - A Palavra de Deus é a Luz, alimento e o sustentáculo para nossa vida.
Evangelho: Mt 5, 1-11 - Nas bem aventuranças... Jesus nos ensina caminhos para busca do amor, justiça e partilha.
O U T U B R O
Leitura: Eclesiástico 35, 1-13 - Quem se torna fiel aos ensinamentos da Palavra de Deus, Ele o retribui com bênçãos e mais
bênçãos.
Evangelho: Mt 28,16-20 - Como missionários, somos chamados a anunciar à Boa Nova do Evangelho, com amor e partilha.
N O V E M B R O
Leitura: Mal 3,7-12 - A benção é uma resposta de amor aos que experimentam e vivem na fé, a experiência, o desafio e as promessas de Deus. “Fazei a experiência, diz o Senhor dos Exércitos ... “
Evangelho: Mt 16,1-12 - Precisamos confiar sempre na partilha. Pela fé, cada um partilhe conforme o impulso do coração, pois Deus ama quem reparte com alegria.
D E Z E M B R O
Leitura: Êx 20, 1-21 - A doação do dízimo deve buscar sempre o sinal de plenitude, a perfeição e obediência à Lei de Deus.
Assim podemos caminhar: iniciamos com 1%, depois 2%, 3%, 5% até chegar aos 10%. Ao chegarmos aqui, viveremos a plenitude da doação: 10% de dizimo. Percebe-se ainda que quem faz essa experiência, dia a dia caminha também á busca de uma plenitude maior: 100% - ser totalmente do Senhor.
Evangelho: Lc 20, 20-26 - Jesus nos exorta à fidelidade: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Dinheiro e Dízimo, não são a mesma coisa. Para dar dinheiro, basta tê-lo; Para doar, devolver o dízimo é necessário ter fé, conscientizar-se, viver o compromisso de fidelidade e amor a Deus, por meio da comunidade. “Dízimo: É a décima parte de fé, amor e partilha”.
Textos utilizados nas celebrações do dizimo pela Paróquia Santa Luzia – Votuporanga/SP.
20 RAZÕES PORQUE SOU DIZIMISTA
1. Sou dizimista porque o dízimo é santo (Lv 27,30-32).
2. Sou dizimista porque quero ser participante das grandes bênçãos (Ml 3,11-12).
3. Sou dizimista porque amo a obra de Deus na face da terra (Ml 3,10).
4. Sou dizimista porque quero ser abençoado (Ml 3,9).
5. Sou dizimista porque não ficarei devendo a Deus (Lv 27,13-31).
6. Sou dizimista porque Deus é dono de tudo (Sl 24; Ag 2,8).
7. Sou dizimista porque do mesmo modo serei participante da casa de Deus (Dt 14,23).
8. Sou dizimista porque mais aventurado é dar do que receber (At 20,35).
9. Sou dizimista porque Deus ama a quem dá com alegria (2Cor 9,7).
10. Sou dizimista porque tudo vem das mãos de Deus (1Cr 29,14).
11. Sou dizimista porque não sou avarento (1Tm 6,10).
12. Sou dizimista porque meu tesouro está nos céus (Mt 6,19-21).
13. Sou dizimista porque tudo que peço, recebo (Mt 7,7-9).
14. Sou dizimista porque receberei de Deus com redobrada medida (Lc 6,38).
15. Sou dizimista porque a minha descendência não mendigará o pão (Sl 37,25).
16. Sou dizimista porque Deus diz: "Fazei prova de mim" (Ml 3,10).
17. Sou dizimista porque meu salário não será pago em bolsa furada (Ag 6).
18. Sou dizimista porque também é de minha responsabilidade o sustento da Igreja (Ml 3,10).
19. Sou dizimista porque quero ter a consciência tranquila (1Tm 1,19).
20. Sou dizimista porque Deus suprirá toda necessidade (Fl 4,19).
Por isso, "faça a experiência do dízimo e verá como derramo minhas bênçãos sobre você, muito além do necessário" - diz o Senhor ao profeta Malaquias (3,10).
Dízimo e ofertas: gratidão a Deus e compromisso com a comunidade!
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