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Um abraço em Jesus.
Um abraço em Jesus.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
O papa Francisco enviou no dia 21, uma carta aos participantes do 11º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude (ENPJ). Dirigindo-se à secretária nacional da Pastoral da Juventude (PJ), Aline Ogliari, e ao membro da Comissão Nacional de Assessores da PJ, Alberto Chamorro, o bispo de Roma faz uma reflexão sobre a iluminação bíblica do encontro "Mestre, onde moras? Vinde e vede!" (Jo 1, 38-39) e exorta os participantes para que "nunca percam a esperança e a utopia". "Vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor", afirma no texto.
Leia a carta na íntegra:
Mestre onde moras?
Vinde e vede! (Cf. Jo 1,38-39)
Estimada Aline e meu querido Alberto, que a graça do Jovem de Nazaré permaneça sempre com vocês, e nessa saudação quero abraçar a todos os jovens e adultos que estão participando do XI Encontro Nacional da Pastoral da Juventude nas benditas terras amazônicas.
É com grande alegria que me dirijo a vocês por meio desta singela mensagem, obrigado por deixar-me participar deste grande e bendito encontro.
Gostaria de começar dizendo que fiquei muito feliz ao rezar e meditar a iluminação bíblica e o lema do encontro.
Essa pergunta habita no coração humano. A respeito de tudo e em todas as circunstâncias. Atesta-o a experiência pessoal, documenta-o a história, confirma-o o relato bíblico. O rosto da pergunta surge no alvor das origens com aquele célebre: “Adão, onde estás? Que fizeste do teu Irmão?”; no templo de Silo no diálogo do jovem Samuel com o sacerdote Helí, nas proximidades do rio Jordão com dois discípulos de João a Jesus de Nazaré: “Mestre, onde moras”? Jo 1, 35-42.
Também, hoje, a pergunta bate “à porta” da nossa consciência: Que queres da vida? Que sentido dás ao tempo? Como geres o instante no todo na tua história pessoal? Tens presente o teu futuro definitivo?
E o teu contributo para o bem de todos? Cada um de nós saberá continuar a lista sem dificuldade.
Toda a pergunta tem resposta. “Vinde e vede”, a resposta de Jesus fica como modelo e pedagogia para todos os peregrinos da verdade. Eles vão e ficam na sua companhia. Deixam-se “moldar” pelo modo de ser do Mestre. Mais tarde serão enviados em missão. E, como outrora, também agora, somos convidados a conviver com Ele, a partilhar a sua vida, a acolher o seu olhar penetrante, a deixar-nos atrair e a “agarrar” pela experiência gratificante que dá resposta aos anseios mais profundos do coração humano.
Os discípulos, na companhia do Mestre, aprenderam os modos de realizar a missão: curar doentes e alimentar famintos, partilhar e viver na alegria sincera, deixar-se conduzir pelo amor universal e generoso, que Deus nos tem, acolher os mais débeis e afastados das fontes da vida. E partem pelos “quatro cantos da Terra” a anunciar a vocação sublime de todo o ser humano, a apreciar e a cuidar a dignidade do seu corpo (toda a sua pessoa), a construir relações na base da regra de ouro “tudo o que queres para ti, fá-lo aos outros”, a reconhecer que só a civilização do amor manifesta, o melhor possível, a convivência sustentada em sociedade e redimensionada na cultura, a vocação de toda a humanidade.
Essa mesma vocação que nos convida a partilhar “A vida, o pão e a utopia”. De que serviria dizer que somos seguidores de Cristo se somos indiferentes às dores dos nossos irmãos? “Mostra-me tua fé sem obras que pelas minhas obras te mostrarei a minha fé” lembra-nos o apostolo Thiago.
Meus queridos e minhas queridas jovens, tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador. Esse Cristo que “olhou ao jovem com misericórdia e o amou”, a Igreja também ama vocês e por isso os peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude, em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria.
Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor.
Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!
Que o bom Deus abençoe sempre seus passos e seus sonhos e que a Nossa Senhora aparecida os cubra sempre com o seu manto sagrado.
Com minha benção apostólica.
+ Francisco
Vaticano, 21 de Janeiro – Dia de Santa Inês – de 2015.
Retirado dao site:https://www.google.com.br/search?hl=pt&source=hp&q=sita+da+sata+se&gbv=2&oq=sita+da+sata+se&gs_l=heirloom-hp.3..0i13i30j0i8i13i30l3.932688.935172.0.935813.15.10.0.0.0.0.500.2062.3-2j2j1.5.0.msedr...0...1ac.1.34.heirloom-hp..10.5.2062.21HvMv58F7g
Leia a carta na íntegra:
Mestre onde moras?
Vinde e vede! (Cf. Jo 1,38-39)
Estimada Aline e meu querido Alberto, que a graça do Jovem de Nazaré permaneça sempre com vocês, e nessa saudação quero abraçar a todos os jovens e adultos que estão participando do XI Encontro Nacional da Pastoral da Juventude nas benditas terras amazônicas.
É com grande alegria que me dirijo a vocês por meio desta singela mensagem, obrigado por deixar-me participar deste grande e bendito encontro.
Gostaria de começar dizendo que fiquei muito feliz ao rezar e meditar a iluminação bíblica e o lema do encontro.
Essa pergunta habita no coração humano. A respeito de tudo e em todas as circunstâncias. Atesta-o a experiência pessoal, documenta-o a história, confirma-o o relato bíblico. O rosto da pergunta surge no alvor das origens com aquele célebre: “Adão, onde estás? Que fizeste do teu Irmão?”; no templo de Silo no diálogo do jovem Samuel com o sacerdote Helí, nas proximidades do rio Jordão com dois discípulos de João a Jesus de Nazaré: “Mestre, onde moras”? Jo 1, 35-42.
Também, hoje, a pergunta bate “à porta” da nossa consciência: Que queres da vida? Que sentido dás ao tempo? Como geres o instante no todo na tua história pessoal? Tens presente o teu futuro definitivo?
E o teu contributo para o bem de todos? Cada um de nós saberá continuar a lista sem dificuldade.
Toda a pergunta tem resposta. “Vinde e vede”, a resposta de Jesus fica como modelo e pedagogia para todos os peregrinos da verdade. Eles vão e ficam na sua companhia. Deixam-se “moldar” pelo modo de ser do Mestre. Mais tarde serão enviados em missão. E, como outrora, também agora, somos convidados a conviver com Ele, a partilhar a sua vida, a acolher o seu olhar penetrante, a deixar-nos atrair e a “agarrar” pela experiência gratificante que dá resposta aos anseios mais profundos do coração humano.
Os discípulos, na companhia do Mestre, aprenderam os modos de realizar a missão: curar doentes e alimentar famintos, partilhar e viver na alegria sincera, deixar-se conduzir pelo amor universal e generoso, que Deus nos tem, acolher os mais débeis e afastados das fontes da vida. E partem pelos “quatro cantos da Terra” a anunciar a vocação sublime de todo o ser humano, a apreciar e a cuidar a dignidade do seu corpo (toda a sua pessoa), a construir relações na base da regra de ouro “tudo o que queres para ti, fá-lo aos outros”, a reconhecer que só a civilização do amor manifesta, o melhor possível, a convivência sustentada em sociedade e redimensionada na cultura, a vocação de toda a humanidade.
Essa mesma vocação que nos convida a partilhar “A vida, o pão e a utopia”. De que serviria dizer que somos seguidores de Cristo se somos indiferentes às dores dos nossos irmãos? “Mostra-me tua fé sem obras que pelas minhas obras te mostrarei a minha fé” lembra-nos o apostolo Thiago.
Meus queridos e minhas queridas jovens, tenho muita esperança em vocês que dão testemunho com as suas vidas desse Cristo libertador. Esse Cristo que “olhou ao jovem com misericórdia e o amou”, a Igreja também ama vocês e por isso os peço que não se deixem abater pelas coisas que possam chegar a ouvir da juventude, em todo tempo histórico se falou pejorativamente dos jovens, mas também em todo tempo foi essa mesma juventude que dava testemunho de compromisso, fidelidade e alegria.
Nunca percam a esperança e a utopia, vocês são os profetas da esperança, são o presente da sociedade e da nossa amada Igreja e por sobre todo são os que podem construir uma nova Civilização do amor.
Joguem a vida por grandes ideais. Apostem em grandes ideais, em coisas grandes; não fomos escolhidos pelo Senhor para coisinhas pequenas, mas para coisas grandes!
Que o bom Deus abençoe sempre seus passos e seus sonhos e que a Nossa Senhora aparecida os cubra sempre com o seu manto sagrado.
Com minha benção apostólica.
+ Francisco
Vaticano, 21 de Janeiro – Dia de Santa Inês – de 2015.
Retirado dao site:https://www.google.com.br/search?hl=pt&source=hp&q=sita+da+sata+se&gbv=2&oq=sita+da+sata+se&gs_l=heirloom-hp.3..0i13i30j0i8i13i30l3.932688.935172.0.935813.15.10.0.0.0.0.500.2062.3-2j2j1.5.0.msedr...0...1ac.1.34.heirloom-hp..10.5.2062.21HvMv58F7g
terça-feira, 10 de junho de 2014
A semente da Paz foi Lançada!
sexta-feira, 23 de maio de 2014
MAIO, MÊS DE MARIA E MÊS DAS MÃES
Este é um mês especial! Mês das Mães.
As Mães que Deus escolheu para nos gerar, criar, educar, proteger e amar. Não foi por mero acaso.
É o Mês de MARIA, a Mãe de Jesus .
Maria, através de seu semblante deixa transparecer a divindade de seu Filho muito amado, Jesus. Ela é a Mãe do Puro Amor.
Maria é promessa e esperança, é ternura e solidariedade, é bondade e amor. É o veículo direto que nos comunica com Seu Filho. É nossa intercessora.
A ela, confiamos nossas fraquezas, nossos sofrimentos, nossas limitações. Maria é nosso HELP!
O colo de Maria é maternal. Nele, encontramos abrigo e consolo. Ela nos conforta, nos acalenta. A presença da Virgem Maria em nossas vidas é real. Maria nos guia a cada momento. É mãe cuidadosa e amorosa com seus filhos. Assim, também, devemos ser com nossos filhos, semelhantes à Maria. Tratá-los com carinho sob nossa orientação e cuidados, mesmo que tenhamos que nos esforçar em certas ocasiões.
Devemos ser fiéis à Mãe de Deus, oferecendo nossas orações, aflições, angústias e tendo-a em lugar especial e respeitoso em nossas vidas.
Ela, não se esquece de nós. Precisamos ser Mães como Maria, acalentando nossos filhos, educando-os e amando-os, dentro dos princípios morais, éticos e religiosos. Sejamos mães comprometidas com nossos filhos, até as últimas conseqüências. Isso, alegrará o Coração de Maria.
Maria supervisiona nossa maternidade. Ela é Mãe Celeste das Mães.
Ela nos abençoa e solidifica nossa fé em seu Filho amado.
Com Maria firmamos nosso elo de união com Jesus Cristo seu FILHO.
O profundo mistério de ser Mãe de Deus a coloca numa posição privilegiada na história da salvação, elevando-a acima de todas as criaturas. Porém, não podemos esquecer que sua vida foi de ser humano normal semelhante à nossa, com as devidas diferenças da época.
Mas, as preocupações, sofrimentos, trabalhos, exatamente, como nós.
Estamos acostumados a vê-la nos altares, merecidamente, envolta em vestes douradas, mãos postas, glorificada.
Mas... Nos esforcemos para também vê-la de avental, cozinhando e lavando como nós.
Nossa relação com Nossa Senhora é uma relação de infinita igualdade e ao mesmo tempo de grandezas diferentes.
E o SIM de Maria? É o SIM do verdadeiro e Santo Amor.
Queremos pedir um pouco da sua coragem, para darmos o “SIM” necessário à realização do Plano de Deus em nós.
O Sim da Virgem Maria a coloca em plena disponibilidade ao Criador. Sem pensar nas conseqüências, faz a sua entrega, entrega total de prova de amor.
Maria foi o maior exemplo de fé, de certeza, fidelidade ao Pai.
Renuncia sua própria vida de jovem comum e assume o principal papel na História Universal, o de Mãe de Deus.
Sejamos como Maria, Mães amáveis, mães responsáveis, mães em regime integral.
O nosso culto à Virgem Santíssima, Mãe de Deus, Rainha de Todos os Anjos e Santos é de SUMA VENERAÇÃO-HIPERDULIA.
A Igreja estabeleceu duas festas de preceito e honra à Virgem Maria.
A Festa da Imaculada Conceição no dia oito de dezembro e a Festa da Assunção de Maria em quinze de Agosto.
As demais festas celebram os Privilégios de Maria. E são muitas,
pois ela tem muitos títulos.
No segundo domingo do mês de maio, comemoramos o Dia da Mãe, que na verdade, é todo dia. Mãe não tem férias, assim como não tiramos férias de Deus. A Mãe exerce sua maternidade até o fim.
São Bernardo, devoto mariano, dizia que o Coração de Maria Santíssima é como um quadro onde estão pintados todos os atrozes sofrimentos de seu Filho. Para conhecê-los, não é preciso fitar a cruz, basta observar o coração da Mãe Dolorosa.Os espinhos que ferem a cabeça de Jesus, os pregos que transpassam os pés, as mãos, as feridas que lhe cobrem os ombros, os insultos, as angustias, tudo isso está visivelmente esculpido no coração da Santíssima Virgem.
No Coração das mães, também estão cravados os sofrimentos de seus diletos filhos.
Como a Virgem Maria, as Mães têm seus sofrimentos e suas dificuldades. Confiemos nossas tribulações à Maria.
Nas suas freqüentes aparições ela repete: “Orai, orai muito pela conversão dos pecadores! Fazei penitência!”
Devemos fazer o que ela nos pede.
São vários seus títulos e muitos tratamentos especiais. Podemos e devemos tratá-la com respeito e dignidade. Entre muitos, Santíssima Virgem Maria, Nossa Senhora, Mãe de Deus ou simplesmente MARIA.
A exemplo de Maria, mulheres, sejamos Mães com docilidade, paciência e serviço, tudo temperado com fartas doses de Amor para exercermos o dom nobre desta linda e especialíssima missão: MÃE!
Lourdinha Salles e Passos JMJ
Lei da Palmada, que proíbe castigos corporais, é aprovada por Comissão
Imagem retira da Google.
1’22” / 321 Kb) - A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) aprovou na última quarta-feira (21) a redação final do Projeto de Lei (PL 7672/10) que estabelece o direito de crianças e adolescentes serem educados sem o uso de castigos físicos. A proposta, apelidada de “Lei da Palmada”, foi aprovada após sessão tumultuada.
O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele estabelece além da proibição dos castigos corporais, o direito a uma educação sem o uso de tratamento cruel ou degradante. A proposta segue agora para análise e votação no Senado.
Lembrando que de certa forma esta lei é uma "interferência" na forma dos pais educarem seus filhos, mas que para alguns casos esta interferência seja necessário, pois existe outras formas de educar sem agreções fisicas. No entanto, o texto afirma que as sociedades contemporâneas “reconhecem que crianças e adolescentes têm direitos frente ao Estado e cabe a ele organizar ações para sua plena realização.”
Uma das maiores dificuldades sempre foi diferenciar uma palmada educativa de uma agressão física, uma vez que nunca tivemos um parâmetro que classificasse claramente cada um dos atos. Agora que a palmada está proibida, não há mais casos em que ela pode ser usada, o que termina com o dilema descrito anteriormente.
No entanto, a fiscalização do cumprimento desta lei será um grande desafio, uma vez que não é fácil saber ao certo tudo que se passa no interior de um domicílio familiar, o que nos leva a crer que a lei realmente só funcionará mediante acusações e casos públicos onde houver testemunhas imparciais.
Veja o que a sagrada escritura fala:
Provérbio 13,24 – “Quem poupa a vara, odeia seu filho; quem ama, castiga-o na hora precisa.”
Eclesiástico 42,2,5.
O estado não tem o direito de escolher como você vai educar o seu filho!
Que a Sagrada Família (Jesus, Maria e José nos ajude)Amém!
Harley Sóstenes Cordeiro da Silva
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Angelus - Regina Cæli
PAPA FRANCISCO
REGINA COELI
Praça de São Pedro
Domingo, 18 de Maio de 2014
Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje a leitura dos Actos dos Apóstolos faz-nos ver que também na Igreja das origens emergem as primeiras tensões e divergências. Na vida existem conflitos, o problema é como enfrentá-los. Até àquele momento a unidade da comunidade cristã tinha sido favorecida pela pertença a uma única etnia, a uma só cultura, a judaica. Mas quando o cristianismo, que por vontade de Jesus se destina a todos os povos, se abre ao âmbito cultural grego, vem a faltar esta homogeneidade e surgem as primeiras dificuldades. Naquele momento insinuam-se o descontentamento, há lamentações, correm vozes de favoritismos e desigualdades de tratamento. Isto acontece também nas nossas paróquias! A ajuda da comunidade às pessoas em dificuldade — viúvas, órfãos e pobres em geral — parece privilegiar os cristãos de extracção judaica em relação aos demais.
Então, diante deste conflito, os Apóstolos dominam a situação: convocam uma reunião alargada também aos discípulos, discutem juntos a questão. Todos. Com efeito, os problemas não se resolvem fazendo de conta que não existem! E é bom este confronto espontâneo entre os pastores e os outros. Por conseguinte, chega-se a uma distribuição das tarefas. Os Apóstolos fazem uma proposta que é aceite por todos: eles dedicar-se-ão à oração e ao ministério da Palavra, e sete homens, os diáconos, ocupar-se-ão do serviço nos refeitórios para os pobres. Estes sete não são escolhidos por serem peritos em negócios, mas por serem homens honestos e de boa reputação, cheios de Espírito Santo e de sabedoria; e são constituídos no seu serviço mediante a imposição das mãos por parte dos Apóstolos. E assim daquele descontentamento, daquelas lamentações, daquelas vozes de favoritismos e desigualdades de tratamento, chega-se a uma solução. Confrontando-nos, discutindo e rezando, assim se resolvem os conflitos na Igreja. Confrontando-nos, discutindo e rezando. Com a certeza de que os falatórios, as invejas e os ciúmes nunca nos poderão levar à concórdia, à harmonia e à paz. Também ali foi o Espírito Santo quem coroou este entendimento e isto faz-nos compreender que quando deixamos que o Espírito Santo nos guie, Ele conduz-nos à harmonia, à unidade e ao respeito dos diversos dons e talentos. Compreendestes bem? Nenhum mexerico, nem invejas, nem ciúmes! Claro?
A Virgem Maria nos ajude a ser dóceis ao Espírito Santo, para que saibamos estimar-nos reciprocamente e convergir cada vez mais profundamente na fé e na caridade, mantendo o coração aberto às necessidades dos irmãos.
Depois do Regina Coeli
Graves inundações devastaram amplas zonas dos Balcãs, sobretudo a Sérvia e a Bósnia. Ao confiar ao Senhor as vítimas desta calamidade, expresso a minha pessoal proximidade a quantos estão a viver horas de angústia e de tribulação. Rezemos juntos a Nossa Senhora por estes irmãos e irmãs, que estão em tantas dificuldades.
REGINA COELI
Praça de São Pedro
Domingo, 18 de Maio de 2014
Amados irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje a leitura dos Actos dos Apóstolos faz-nos ver que também na Igreja das origens emergem as primeiras tensões e divergências. Na vida existem conflitos, o problema é como enfrentá-los. Até àquele momento a unidade da comunidade cristã tinha sido favorecida pela pertença a uma única etnia, a uma só cultura, a judaica. Mas quando o cristianismo, que por vontade de Jesus se destina a todos os povos, se abre ao âmbito cultural grego, vem a faltar esta homogeneidade e surgem as primeiras dificuldades. Naquele momento insinuam-se o descontentamento, há lamentações, correm vozes de favoritismos e desigualdades de tratamento. Isto acontece também nas nossas paróquias! A ajuda da comunidade às pessoas em dificuldade — viúvas, órfãos e pobres em geral — parece privilegiar os cristãos de extracção judaica em relação aos demais.
Então, diante deste conflito, os Apóstolos dominam a situação: convocam uma reunião alargada também aos discípulos, discutem juntos a questão. Todos. Com efeito, os problemas não se resolvem fazendo de conta que não existem! E é bom este confronto espontâneo entre os pastores e os outros. Por conseguinte, chega-se a uma distribuição das tarefas. Os Apóstolos fazem uma proposta que é aceite por todos: eles dedicar-se-ão à oração e ao ministério da Palavra, e sete homens, os diáconos, ocupar-se-ão do serviço nos refeitórios para os pobres. Estes sete não são escolhidos por serem peritos em negócios, mas por serem homens honestos e de boa reputação, cheios de Espírito Santo e de sabedoria; e são constituídos no seu serviço mediante a imposição das mãos por parte dos Apóstolos. E assim daquele descontentamento, daquelas lamentações, daquelas vozes de favoritismos e desigualdades de tratamento, chega-se a uma solução. Confrontando-nos, discutindo e rezando, assim se resolvem os conflitos na Igreja. Confrontando-nos, discutindo e rezando. Com a certeza de que os falatórios, as invejas e os ciúmes nunca nos poderão levar à concórdia, à harmonia e à paz. Também ali foi o Espírito Santo quem coroou este entendimento e isto faz-nos compreender que quando deixamos que o Espírito Santo nos guie, Ele conduz-nos à harmonia, à unidade e ao respeito dos diversos dons e talentos. Compreendestes bem? Nenhum mexerico, nem invejas, nem ciúmes! Claro?
A Virgem Maria nos ajude a ser dóceis ao Espírito Santo, para que saibamos estimar-nos reciprocamente e convergir cada vez mais profundamente na fé e na caridade, mantendo o coração aberto às necessidades dos irmãos.
Depois do Regina Coeli
Graves inundações devastaram amplas zonas dos Balcãs, sobretudo a Sérvia e a Bósnia. Ao confiar ao Senhor as vítimas desta calamidade, expresso a minha pessoal proximidade a quantos estão a viver horas de angústia e de tribulação. Rezemos juntos a Nossa Senhora por estes irmãos e irmãs, que estão em tantas dificuldades.
Canonização dos Papas João Paulo 2º e João 23
A cerimônia de canonização, que contou com a presença do papa emérito Bento 16, começou pouco antes das 10h (5h de Brasília) e durou pouco mais de 20 minutos.
Como previsto no livro litúrgico, a celebração teve início com cânticos e uma oração coletiva em que foram invocados os nomes de vários santos.
Em seguida, o cardeal italiano Angelo Amato, responsável pela Congregação para as Causas dos Santos – o "ministério" da Santa Sé encarregado dos processos de canonização – solicitou ao Sumo Pontífice que declare santos os dois candidatos.
Francisco respondeu com uma frase padrão em latim ao final da qual disse "Eu os ordeno".
A partir deste momento, o polonês Karol Wojtyla e o italiano Angelo Roncalli se tornaram, oficialmente, santos da Igreja Católica.
Santa Igreja, santos Papas.
Como previsto no livro litúrgico, a celebração teve início com cânticos e uma oração coletiva em que foram invocados os nomes de vários santos.
Em seguida, o cardeal italiano Angelo Amato, responsável pela Congregação para as Causas dos Santos – o "ministério" da Santa Sé encarregado dos processos de canonização – solicitou ao Sumo Pontífice que declare santos os dois candidatos.
Francisco respondeu com uma frase padrão em latim ao final da qual disse "Eu os ordeno".
A partir deste momento, o polonês Karol Wojtyla e o italiano Angelo Roncalli se tornaram, oficialmente, santos da Igreja Católica.
Santa Igreja, santos Papas.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, rogai por nós!
No dia 2 abril, o apóstolo do Brasil foi canonizado! Um homem de Deus que soube acolher o chamado vocacional e viver nos inícios do Brasil protagonizando a fundação de colégios, cidades, entre as quais a do Rio de Janeiro. O Papa Francisco nos dá esse belo presente!
São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, rogai por nós!
São dias de alegria indizível estes em que, de corações agradecidos, vivemos a canonização do Beato José de Anchieta (1534-1597), sacerdote jesuíta que, tanto no campo material quanto no espiritual, muito trabalhou pelo Brasil e, por esta razão, recebeu com carinho e justiça o codinome de “Apóstolo do Brasil”.
Antes de penetrarmos diretamente na vida desse grande homem de Deus, atentemo-nos para o rico significado catequético do momento em que estamos celebrando: uma canonização. Daí a questão: qual é, na Igreja, o real significado dos verbos beatificar e canonizar?
Beatificar é celebrar, em Roma ou fora dela, um ato solene no qual o Papa, pessoalmente ou através de um legado seu, declara que o (a) Servo(a) de Deus pode ser venerado(a) como Bem-Aventurado(a) ou Beato(a) por meio de uma festa em lugares delimitados como, por exemplo, as cidades em que viveu, atuou, morreu.
Canonizar é a ação pela qual o Papa declara que o(a) Bem-Aventurado(a) é Santo(a) ao inscrevê-lo no cânon (catálogo) dos santos, por isso se fala em canonização, termo utilizado pela primeira vez no século XII, em uma carta de Udalrico, Bispo de Constança, ao Papa Calixto II (1119-1124).
Tanto a beatificação quanto a canonização são funções reservadas ao Santo Padre – especialmente, de modo formal, a partir do século XII, com o Papa Alexandre III (1159-1181) –, embora as cerimônias correspondentes possam ser oficiadas por um delegado papal. Requer-se, para se declarar que alguém é beato(a) ou santo(a), a comprovação das virtudes heróicas do(a) candidato(a) nesta vida, de modo que ele(ela) mereça, por graça divina, gozar, atualmente, da visão de Deus face a face no céu. De lá, pode ser invocado oficialmente para interceder por nós e nos servir de modelo enquanto caminhamos nesta Terra rumo à Pátria definitiva.
Via de regra, são exigidos dois milagres – geralmente de recuperação completa da saúde –, como sinais comprobatórios da santidade do(a) Servo(a) de Deus em questão: um para a beatificação e outro para a canonização. Todavia, pode acontecer – como é o caso de Anchieta – o que chamamos de “canonização equipolente ou equivalente” e, para que ela ocorra, devem ser preenchidos três requisitos básicos: 1) a prova do culto antigo ao candidato a santo; 2) o atestado histórico incontestável da fé católica e das virtudes do candidato; 3) a fama ininterrupta de milagres intermediados pelo candidato.
Isto posto, resta-nos regozijarmos, enquanto católicos e brasileiros, pela inscrição do nosso querido José de Anchieta no catálogo dos Santos por determinação do Santo Padre, o Papa Francisco, 34 anos depois de ser declarado Beato pelo Papa João Paulo II, em 22 de junho de 1980, ainda que o processo de beatificação tenha sido iniciado no já distante século XVII.
José de Anchieta nasceu em São Cristóvão, Tenerife, uma das ilhas espanholas do Arquipélago das Canárias, em 19 de março de 1534, dia dedicado, no calendário litúrgico, a São José, patrono da Igreja. Daí o seu nome de Batismo ser José de Anchieta.
Após estudar no famoso Colégio de Artes de Coimbra, ingressou, aos 17 anos, na Companhia de Jesus, dos Jesuítas, Ordem fundada por Santo Inácio de Loyola, em 1539 e aprovada pelo Papa Paulo III, em 1540. Recebeu aí boa formação em filologia e literatura e, sobretudo, aprendeu que vivemos neste mundo para “conhecer, amar e servir a Deus e, mediante isso, salvar nossa alma”. Aqui, tudo o que fizermos deve ser “Para a maior glória de Deus”.
Contudo, tão logo se fizera jesuíta foi provado com uma grave doença ósteo-articular, com fraqueza e dores em todo o corpo, durante dois anos, razão pela qual os superiores, após ouvirem os médicos, decidiram enviá-lo ao Brasil na esperança de que o bom clima da terra lhe fizesse bem. Era a ação providencial de Deus em sua vida e na dos brasileiros, daqueles e dos nossos tempos.
Chegou à Bahia de Todos os Santos, Salvador, em 13 de julho de 1553, com apenas 19 anos de idade, como irmão jesuíta, com um único objetivo: salvar almas para Cristo. De lá, deveria ir, junto com o Pe. Manuel da Nóbrega, seu superior, para a Capitania de São Vicente, litoral de São Paulo, a fim de catequizar indígenas e colonos. Como a viagem era também por mar, um fato inesperado aconteceu: no Sul da Bahia uma forte tempestade surpreendeu as duas embarcações e o barco em que estava Anchieta acabou ficando encalhado nos recifes.
Enquanto o veículo de viagem era consertado, conta-se que Anchieta, consciente de que depois da vinda de Cristo “o tempo se fez breve” (1Cor 7,29), foi à procura dos silvícolas da região e começou a lhes falar de Deus. Em uma dessas caminhadas, levaram-no até uma indiazinha que, doente, se encontrava em seus últimos dias nesta Terra. O padre a instruiu na fé e a batizou, dando-lhe o nome de Cecília. Era o primeiro sacramento que “o Apóstolo do Brasil” ministrava em seu tão vasto território de missão.
Chegando, finalmente, a São Vicente, Anchieta não parava um só instante: fazia contato com os habitantes do lugar para falar-lhes de Deus e, ao mesmo tempo, plantar as bases de uma vida mais digna e justa para todos. Não se limitou, porém, apenas à região praiana, mas, ao contrário, subiu a Serra do Mar, chegou ao Planalto de Piratininga e, no dia 25 de janeiro de 1554, festa da Conversão de São Paulo Apóstolo, participou da fundação do colégio da vila de São Paulo de Piratininga, onde também lecionou. Ao lado do colégio, construiu-se uma capela na qual foi celebrada a primeira Missa, em 25 de agosto daquele mesmo ano. Estava, assim, nascendo o núcleo da cidade que, com o passar dos anos, se tornaria uma das maiores metrópoles do mundo: São Paulo.
Foi superior da Capitania de São Vicente e também provincial dos jesuítas por 10 anos, ou seja, de 1577 a 1587. Logo aprendeu a língua tupi, falada pelos indígenas, e elaborou a primeira gramática tupi-guarani, traduzida para o alemão e o latim. Nosso santo criou, desse modo, uma língua-geral, que foi usada no Brasil até 1750, ano em que foi imposta a língua portuguesa. Compôs músicas, versos, danças e teatros em linguagem indígena. É chamado o “pai do teatro brasileiro” e grande nome da cultura nacional. Dentre seus dez livros está o que leva o título de “Poemas à Virgem Maria”, cuja maior parte foi redigida nas areias de Iperoig (hoje Ubatuba, SP), no período em que ficou refém dos índios tamoios. Escrevia em português, espanhol, latim e tupi-guarani.
Parecia arder em Anchieta as palavras de São Paulo, o Apóstolo das gentes: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1Cor 9,16). Daí ele valorizar a espontaneidade dos silvícolas que buscavam conhecer e praticar a fé católica, segundo se depreende das correspondências que o religioso mantinha com seus superiores na Europa. Em carta ao Padre Diogo Laínes, geral dos jesuítas, datada de 1565, Anchieta, ainda refém dos índios em Iperoig, relata que todas as manhãs, Pindobuçu, o chefe da tribo, ia visitá-lo para perguntar coisas sobre Deus. O religioso lhe mostrava, então, imagens de uma Bíblia ilustrada que possuía e isso causava muita admiração no índio que, na manhã seguinte, voltava para aprender mais (cf. Cartas. São Paulo: P.H.A Viotti, 1984, p. 222, vol. 6 das Obras Completas). Ao se referir aos tupis de São Paulo, o religioso jesuíta diz que eles “voluntariamente (...) vivem como cristãos, correspondendo plenamente ao esforço de seus catequistas” (Cartas, Jes. III, 316-317).
Nota-se, por esses dados, que poderíamos multiplicar o quanto Anchieta, agora nosso santo, viveu o ardor missionário que motivava os religiosos europeus a rumarem para as Américas, segundo se lê, com muita clareza, nesta constatação: “A única conversão que os evangelizadores pretendiam (e, em boa parte, conseguiram) era a conversão no plano sobrenatural: aceitação interna, sustentada pela graça de Deus, da fé na revelação divina, seguida da mudança de vida no intuito de ajustá-la aos preceitos divinos, como preparação para a vida eterna. Esta foi a suprema missão que Cristo confiou à sua Igreja: ‘Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a todas as criaturas. Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer, será condenado’ (Mc 16,15s)” (João E. M. Terra. Catequese de índios e negros no Brasil colonial. Aparecida: Santuário, 2000, p. 38).
Esse ideal voltado ao sobrenatural não fez, no entanto, de Anchieta um alienado das coisas deste mundo. Ele bem parecia antever aquilo que, cerca de 410 anos depois, o Concílio Vaticano II (1962-65) ressaltaria na Gaudium et Spes: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para comunicá-la a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua história.” (n. 1). Daí, em 1555, por ocasião das invasões francesas ao Rio de Janeiro, ele esteve ao lado de Estácio de Sá, então governador, ajudando a conscientizar o povo de que não deviam aceitar os intrusos, pois eles planejavam dividir nossa gente.
Segundo o Postulador da causa, Padre César Augusto dos Santos, SJ: “Em 1º de novembro de 1566, Mem de Sá, o visitador, padre Inácio de Azevedo, o provincial, padre Luís da Grã, o segundo bispo do Brasil, Dom Pedro Leitão, José de Anchieta e outros jesuítas partem para o Rio de Janeiro, chegando à cidade no dia 19 de janeiro de 1567. Eles partiram na armada enviada pelo rei de Portugal, comandada pelo capitão Cristóvão de Barros. Imediatamente no dia seguinte à sua chegada, Mem de Sá, confiante na intercessão do padroeiro da cidade, São Sebastião, cuja festa litúrgica era naquele dia, desfechou um assalto ao forte que estava no atual Outeiro da Glória, o forte de Ibiraguaçu-mirim. Conta Anchieta, em sua “Informação do Brasil e suas Capitanias”, que depois de destruir dois fortes, Ibiraguaçu-mirim, na foz do rio da Carioca e Paranapucuí, na Ilha de Maracajá, atual Ilha do Governador, Mem de Sá mudou a cidade para o Morro de São Januário, depois chamado Morro do Castelo, de onde se tinha uma visão privilegiada da entrada da barra. No início do século 20, o morro foi demolido e o local ficou conhecido como Castelo ou Esplanada do Castelo. No ataque a Ibiraguaçu-mirim, Estácio de Sá, verdadeiro baluarte durante os dois anos da cidade, foi mortalmente ferido, vindo a falecer no dia 20 de fevereiro. Anchieta, que o acompanhou muito de perto, assim escreveu sobre esse capitão: “tão amigo de Deus, tão manso e afável, que nunca descansa de noite e de dia, acudindo a uns e a outros, sendo o primeiro nos trabalhos...”
Contudo, como já vimos nesta reflexão, o que mais se destacava em Anchieta era o seu zeloso sacerdócio ministerial. Queria ele consumir-se como a chama de uma vela para o bem de todos, ministrando os Sacramentos, lecionando – aos índios pequenos ensinava latim e aos jesuítas europeus dava aulas de tupi – ajudando na edificação de vilas onde o povo pudesse viver dignamente. Morreu com 63 anos, no povoado que ele mesmo havia ajudado a edificar em 1569, Iritiba (hoje Anchieta, ES), na Capitania do Espírito Santo. Era o dia 9 de junho de 1597.
A partir daí, muitas pessoas passaram a recorrer ao “Apóstolo do Brasil” a fim de que ele intercedesse junto a Deus por elas. Nasceram disso muitos relatos de graças alcançadas pela intercessão de Anchieta entre nós, especialmente no campo da restituição da saúde, bem como a narração de fatos lendários e pitorescos como este: “Durante a vida do Pe. Anchieta (1534-1597), um barqueiro garantia a quantos quisessem ouvir. A barca em que viajava o Pe. Anchieta afundou. O padre ficou retido no fundo pela barca virada. E o barqueiro, até uma hora depois, viu o Pe. Anchieta tranquilamente lendo seu breviário lá, embaixo da água. Quando o retiraram, nem o padre, nem o livro haviam se molhado” (Oscar G. Quevedo. Milagres, a ciência confirma a fé. S. Paulo: Loyola, 2000, p. 296).
Não importa debater aqui se tal fato ocorreu ou não, o que nos interessa é frisar o quanto o povo tinha Anchieta na conta de santo. Tão santo que Deus como que o “plastificara” contra os acidentes naturais... Contudo, importa frisar que a santidade nem sempre vem acompanhada de grandes portentos. Ela pode ser fruto de uma vida simples, escondida em Cristo, mas que faz, cotidianamente, a vontade do Pai. Mais: a narrativa nos traz uma lição: ainda que debaixo das águas do mar da vida que querem nos afogar, não percamos a serenidade, seguremos firmes nas mãos de Deus e sigamos adiante, certos de que Ele não chama ninguém à mediocridade, mas, sim, a ser santo como Ele mesmo é santo (cf. Lv 19,2; Mt 5,48).
Para atingir esta tão ousada meta é que, agora, pedimos confiantes: São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, rogai por nós!
Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
...
São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, rogai por nós!
São dias de alegria indizível estes em que, de corações agradecidos, vivemos a canonização do Beato José de Anchieta (1534-1597), sacerdote jesuíta que, tanto no campo material quanto no espiritual, muito trabalhou pelo Brasil e, por esta razão, recebeu com carinho e justiça o codinome de “Apóstolo do Brasil”.
Antes de penetrarmos diretamente na vida desse grande homem de Deus, atentemo-nos para o rico significado catequético do momento em que estamos celebrando: uma canonização. Daí a questão: qual é, na Igreja, o real significado dos verbos beatificar e canonizar?
Beatificar é celebrar, em Roma ou fora dela, um ato solene no qual o Papa, pessoalmente ou através de um legado seu, declara que o (a) Servo(a) de Deus pode ser venerado(a) como Bem-Aventurado(a) ou Beato(a) por meio de uma festa em lugares delimitados como, por exemplo, as cidades em que viveu, atuou, morreu.
Canonizar é a ação pela qual o Papa declara que o(a) Bem-Aventurado(a) é Santo(a) ao inscrevê-lo no cânon (catálogo) dos santos, por isso se fala em canonização, termo utilizado pela primeira vez no século XII, em uma carta de Udalrico, Bispo de Constança, ao Papa Calixto II (1119-1124).
Tanto a beatificação quanto a canonização são funções reservadas ao Santo Padre – especialmente, de modo formal, a partir do século XII, com o Papa Alexandre III (1159-1181) –, embora as cerimônias correspondentes possam ser oficiadas por um delegado papal. Requer-se, para se declarar que alguém é beato(a) ou santo(a), a comprovação das virtudes heróicas do(a) candidato(a) nesta vida, de modo que ele(ela) mereça, por graça divina, gozar, atualmente, da visão de Deus face a face no céu. De lá, pode ser invocado oficialmente para interceder por nós e nos servir de modelo enquanto caminhamos nesta Terra rumo à Pátria definitiva.
Via de regra, são exigidos dois milagres – geralmente de recuperação completa da saúde –, como sinais comprobatórios da santidade do(a) Servo(a) de Deus em questão: um para a beatificação e outro para a canonização. Todavia, pode acontecer – como é o caso de Anchieta – o que chamamos de “canonização equipolente ou equivalente” e, para que ela ocorra, devem ser preenchidos três requisitos básicos: 1) a prova do culto antigo ao candidato a santo; 2) o atestado histórico incontestável da fé católica e das virtudes do candidato; 3) a fama ininterrupta de milagres intermediados pelo candidato.
Isto posto, resta-nos regozijarmos, enquanto católicos e brasileiros, pela inscrição do nosso querido José de Anchieta no catálogo dos Santos por determinação do Santo Padre, o Papa Francisco, 34 anos depois de ser declarado Beato pelo Papa João Paulo II, em 22 de junho de 1980, ainda que o processo de beatificação tenha sido iniciado no já distante século XVII.
José de Anchieta nasceu em São Cristóvão, Tenerife, uma das ilhas espanholas do Arquipélago das Canárias, em 19 de março de 1534, dia dedicado, no calendário litúrgico, a São José, patrono da Igreja. Daí o seu nome de Batismo ser José de Anchieta.
Após estudar no famoso Colégio de Artes de Coimbra, ingressou, aos 17 anos, na Companhia de Jesus, dos Jesuítas, Ordem fundada por Santo Inácio de Loyola, em 1539 e aprovada pelo Papa Paulo III, em 1540. Recebeu aí boa formação em filologia e literatura e, sobretudo, aprendeu que vivemos neste mundo para “conhecer, amar e servir a Deus e, mediante isso, salvar nossa alma”. Aqui, tudo o que fizermos deve ser “Para a maior glória de Deus”.
Contudo, tão logo se fizera jesuíta foi provado com uma grave doença ósteo-articular, com fraqueza e dores em todo o corpo, durante dois anos, razão pela qual os superiores, após ouvirem os médicos, decidiram enviá-lo ao Brasil na esperança de que o bom clima da terra lhe fizesse bem. Era a ação providencial de Deus em sua vida e na dos brasileiros, daqueles e dos nossos tempos.
Chegou à Bahia de Todos os Santos, Salvador, em 13 de julho de 1553, com apenas 19 anos de idade, como irmão jesuíta, com um único objetivo: salvar almas para Cristo. De lá, deveria ir, junto com o Pe. Manuel da Nóbrega, seu superior, para a Capitania de São Vicente, litoral de São Paulo, a fim de catequizar indígenas e colonos. Como a viagem era também por mar, um fato inesperado aconteceu: no Sul da Bahia uma forte tempestade surpreendeu as duas embarcações e o barco em que estava Anchieta acabou ficando encalhado nos recifes.
Enquanto o veículo de viagem era consertado, conta-se que Anchieta, consciente de que depois da vinda de Cristo “o tempo se fez breve” (1Cor 7,29), foi à procura dos silvícolas da região e começou a lhes falar de Deus. Em uma dessas caminhadas, levaram-no até uma indiazinha que, doente, se encontrava em seus últimos dias nesta Terra. O padre a instruiu na fé e a batizou, dando-lhe o nome de Cecília. Era o primeiro sacramento que “o Apóstolo do Brasil” ministrava em seu tão vasto território de missão.
Chegando, finalmente, a São Vicente, Anchieta não parava um só instante: fazia contato com os habitantes do lugar para falar-lhes de Deus e, ao mesmo tempo, plantar as bases de uma vida mais digna e justa para todos. Não se limitou, porém, apenas à região praiana, mas, ao contrário, subiu a Serra do Mar, chegou ao Planalto de Piratininga e, no dia 25 de janeiro de 1554, festa da Conversão de São Paulo Apóstolo, participou da fundação do colégio da vila de São Paulo de Piratininga, onde também lecionou. Ao lado do colégio, construiu-se uma capela na qual foi celebrada a primeira Missa, em 25 de agosto daquele mesmo ano. Estava, assim, nascendo o núcleo da cidade que, com o passar dos anos, se tornaria uma das maiores metrópoles do mundo: São Paulo.
Foi superior da Capitania de São Vicente e também provincial dos jesuítas por 10 anos, ou seja, de 1577 a 1587. Logo aprendeu a língua tupi, falada pelos indígenas, e elaborou a primeira gramática tupi-guarani, traduzida para o alemão e o latim. Nosso santo criou, desse modo, uma língua-geral, que foi usada no Brasil até 1750, ano em que foi imposta a língua portuguesa. Compôs músicas, versos, danças e teatros em linguagem indígena. É chamado o “pai do teatro brasileiro” e grande nome da cultura nacional. Dentre seus dez livros está o que leva o título de “Poemas à Virgem Maria”, cuja maior parte foi redigida nas areias de Iperoig (hoje Ubatuba, SP), no período em que ficou refém dos índios tamoios. Escrevia em português, espanhol, latim e tupi-guarani.
Parecia arder em Anchieta as palavras de São Paulo, o Apóstolo das gentes: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho” (1Cor 9,16). Daí ele valorizar a espontaneidade dos silvícolas que buscavam conhecer e praticar a fé católica, segundo se depreende das correspondências que o religioso mantinha com seus superiores na Europa. Em carta ao Padre Diogo Laínes, geral dos jesuítas, datada de 1565, Anchieta, ainda refém dos índios em Iperoig, relata que todas as manhãs, Pindobuçu, o chefe da tribo, ia visitá-lo para perguntar coisas sobre Deus. O religioso lhe mostrava, então, imagens de uma Bíblia ilustrada que possuía e isso causava muita admiração no índio que, na manhã seguinte, voltava para aprender mais (cf. Cartas. São Paulo: P.H.A Viotti, 1984, p. 222, vol. 6 das Obras Completas). Ao se referir aos tupis de São Paulo, o religioso jesuíta diz que eles “voluntariamente (...) vivem como cristãos, correspondendo plenamente ao esforço de seus catequistas” (Cartas, Jes. III, 316-317).
Nota-se, por esses dados, que poderíamos multiplicar o quanto Anchieta, agora nosso santo, viveu o ardor missionário que motivava os religiosos europeus a rumarem para as Américas, segundo se lê, com muita clareza, nesta constatação: “A única conversão que os evangelizadores pretendiam (e, em boa parte, conseguiram) era a conversão no plano sobrenatural: aceitação interna, sustentada pela graça de Deus, da fé na revelação divina, seguida da mudança de vida no intuito de ajustá-la aos preceitos divinos, como preparação para a vida eterna. Esta foi a suprema missão que Cristo confiou à sua Igreja: ‘Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a todas as criaturas. Quem crer e for batizado será salvo, quem não crer, será condenado’ (Mc 16,15s)” (João E. M. Terra. Catequese de índios e negros no Brasil colonial. Aparecida: Santuário, 2000, p. 38).
Esse ideal voltado ao sobrenatural não fez, no entanto, de Anchieta um alienado das coisas deste mundo. Ele bem parecia antever aquilo que, cerca de 410 anos depois, o Concílio Vaticano II (1962-65) ressaltaria na Gaudium et Spes: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para comunicá-la a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua história.” (n. 1). Daí, em 1555, por ocasião das invasões francesas ao Rio de Janeiro, ele esteve ao lado de Estácio de Sá, então governador, ajudando a conscientizar o povo de que não deviam aceitar os intrusos, pois eles planejavam dividir nossa gente.
Segundo o Postulador da causa, Padre César Augusto dos Santos, SJ: “Em 1º de novembro de 1566, Mem de Sá, o visitador, padre Inácio de Azevedo, o provincial, padre Luís da Grã, o segundo bispo do Brasil, Dom Pedro Leitão, José de Anchieta e outros jesuítas partem para o Rio de Janeiro, chegando à cidade no dia 19 de janeiro de 1567. Eles partiram na armada enviada pelo rei de Portugal, comandada pelo capitão Cristóvão de Barros. Imediatamente no dia seguinte à sua chegada, Mem de Sá, confiante na intercessão do padroeiro da cidade, São Sebastião, cuja festa litúrgica era naquele dia, desfechou um assalto ao forte que estava no atual Outeiro da Glória, o forte de Ibiraguaçu-mirim. Conta Anchieta, em sua “Informação do Brasil e suas Capitanias”, que depois de destruir dois fortes, Ibiraguaçu-mirim, na foz do rio da Carioca e Paranapucuí, na Ilha de Maracajá, atual Ilha do Governador, Mem de Sá mudou a cidade para o Morro de São Januário, depois chamado Morro do Castelo, de onde se tinha uma visão privilegiada da entrada da barra. No início do século 20, o morro foi demolido e o local ficou conhecido como Castelo ou Esplanada do Castelo. No ataque a Ibiraguaçu-mirim, Estácio de Sá, verdadeiro baluarte durante os dois anos da cidade, foi mortalmente ferido, vindo a falecer no dia 20 de fevereiro. Anchieta, que o acompanhou muito de perto, assim escreveu sobre esse capitão: “tão amigo de Deus, tão manso e afável, que nunca descansa de noite e de dia, acudindo a uns e a outros, sendo o primeiro nos trabalhos...”
Contudo, como já vimos nesta reflexão, o que mais se destacava em Anchieta era o seu zeloso sacerdócio ministerial. Queria ele consumir-se como a chama de uma vela para o bem de todos, ministrando os Sacramentos, lecionando – aos índios pequenos ensinava latim e aos jesuítas europeus dava aulas de tupi – ajudando na edificação de vilas onde o povo pudesse viver dignamente. Morreu com 63 anos, no povoado que ele mesmo havia ajudado a edificar em 1569, Iritiba (hoje Anchieta, ES), na Capitania do Espírito Santo. Era o dia 9 de junho de 1597.
A partir daí, muitas pessoas passaram a recorrer ao “Apóstolo do Brasil” a fim de que ele intercedesse junto a Deus por elas. Nasceram disso muitos relatos de graças alcançadas pela intercessão de Anchieta entre nós, especialmente no campo da restituição da saúde, bem como a narração de fatos lendários e pitorescos como este: “Durante a vida do Pe. Anchieta (1534-1597), um barqueiro garantia a quantos quisessem ouvir. A barca em que viajava o Pe. Anchieta afundou. O padre ficou retido no fundo pela barca virada. E o barqueiro, até uma hora depois, viu o Pe. Anchieta tranquilamente lendo seu breviário lá, embaixo da água. Quando o retiraram, nem o padre, nem o livro haviam se molhado” (Oscar G. Quevedo. Milagres, a ciência confirma a fé. S. Paulo: Loyola, 2000, p. 296).
Não importa debater aqui se tal fato ocorreu ou não, o que nos interessa é frisar o quanto o povo tinha Anchieta na conta de santo. Tão santo que Deus como que o “plastificara” contra os acidentes naturais... Contudo, importa frisar que a santidade nem sempre vem acompanhada de grandes portentos. Ela pode ser fruto de uma vida simples, escondida em Cristo, mas que faz, cotidianamente, a vontade do Pai. Mais: a narrativa nos traz uma lição: ainda que debaixo das águas do mar da vida que querem nos afogar, não percamos a serenidade, seguremos firmes nas mãos de Deus e sigamos adiante, certos de que Ele não chama ninguém à mediocridade, mas, sim, a ser santo como Ele mesmo é santo (cf. Lv 19,2; Mt 5,48).
Para atingir esta tão ousada meta é que, agora, pedimos confiantes: São José de Anchieta, Apóstolo do Brasil, rogai por nós!
Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo do Rio de Janeiro (RJ)
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segunda-feira, 17 de março de 2014
Mensagem do Papa Francisco sobre a Campanha da Fraternidade 2014
Queridos brasileiros,
Sempre lembrado do coração grande e da acolhida calorosa com que me estenderam os braços na visita de fins de julho passado, peço agora licença para ser companheiro em seu caminho quaresmal, que se inicia no dia 5 de março, falando-lhes da Campanha da Fraternidade que lhes recordo a vitória da Páscoa: <<É para a liberdade que Cristo nos libertou>> (Gal 5,1). Com a sua Paixão, Morte e Ressurreição, Jesus Cristo libertou a humanidade das amarras da morte e do pecado. Durante os próximos quarenta dias, procuraremos conscientizar-nos mais e mais da misericórdia infinita que Deus usou para conosco e logo nos pediu para fazê-la transbordar para os outros, sobretudo aqueles que mais sofrem: <>. Neste sentido, visando mobilizar os cristãos e pessoas de boa vontade da sociedade brasileira para uma chaga social qual é o tráfico de seres humanos, os nossos irmãos bispos do Brasil lhes propõe este ano o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”.
Não é possível ficar impassível, sabendo que existem seres humanos tratados como mercadoria! Pense-se em adoções de criança para remoção de órgãos, em mulheres enganadas e obrigadas a prostituir-se, em trabalhadores explorados, sem direitos nem voz, etc. Isso é tráfico humano! <> (Discurso aos novos Embaixadores, 12/XII/2013). Se, depois, descemos ao nível familiar e entramos em casa, quantas vezes aí reina a prepotência! Pais que escravizam os filhos, filhos que escravizam os pais; esposos que, esquecidos de seu chamado para o dom, se exploram como se fossem um produto descartável, que se usa e se joga fora; idosos sem lugar, crianças e adolescentes sem voz. Quantos ataques aos valores basilares do tecido familiar e da própria convivência social! Sim, há necessidade de um profundo exame de consciência. Como se pode anunciar a alegria da Páscoa, sem se solidarizar com aqueles cuja liberdade aqui na terra é negada?
Queridos brasileiros, tenhamos a certeza: Eu só ofendo a dignidade humana do outro, porque antes vendi a minha. A troco de quê? De poder, de fama, de bens materiais... E isso – pasmem! A troco da minha dignidade de filho e filha de Deus, resgatada a preço do sangue de Cristo na Cruz e garantida pelo Espírito Santo que clama dentro de nós:<< “Abbá, Pai!”>> (cf. Gal 4,6). A dignidade humana é igual em todo o ser humano: quando piso-a no outro, estou pisando a minha. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! No ano passado, quando estive junto de vocês afirmei que o povo brasileiro dava uma grande lição de solidariedade; certo disso, faço votos de que os cristãos e as pessoas de boa vontade possam comprometer-se para que mais nenhum homem ou mulher, jovem ou criança, seja vítima do tráfico humano! E a base mais eficaz para restabelecer a dignidade humana é anunciar o Evangelho de Cristo nos campos e nas cidades, pois Jesus quer derramar por todo o lado vida em abundância (cf. Evangelii gaudium, 75).
Com estes auspícios, invoco a proteção do Altíssimo sobre todos os brasileiros, para que a vida nova em Cristo lhes alcance, na mais perfeita liberdade dos filhos de Deus (cf. Rm 8, 21), despertando em cada coração sentimentos de ternura e compaixão por seu irmão e irmã necessitados de liberdade, enquanto de bom grado lhes envio uma propiciadora Bênção Apostólica.
Vaticano, 25 de fevereiro de 2014.
Francisco
Acesse: http://www.arquidiocesebh.org.br/site/noticias.php?id_noticia=7571
Sempre lembrado do coração grande e da acolhida calorosa com que me estenderam os braços na visita de fins de julho passado, peço agora licença para ser companheiro em seu caminho quaresmal, que se inicia no dia 5 de março, falando-lhes da Campanha da Fraternidade que lhes recordo a vitória da Páscoa: <<É para a liberdade que Cristo nos libertou>> (Gal 5,1). Com a sua Paixão, Morte e Ressurreição, Jesus Cristo libertou a humanidade das amarras da morte e do pecado. Durante os próximos quarenta dias, procuraremos conscientizar-nos mais e mais da misericórdia infinita que Deus usou para conosco e logo nos pediu para fazê-la transbordar para os outros, sobretudo aqueles que mais sofrem: <
Não é possível ficar impassível, sabendo que existem seres humanos tratados como mercadoria! Pense-se em adoções de criança para remoção de órgãos, em mulheres enganadas e obrigadas a prostituir-se, em trabalhadores explorados, sem direitos nem voz, etc. Isso é tráfico humano! <> (Discurso aos novos Embaixadores, 12/XII/2013). Se, depois, descemos ao nível familiar e entramos em casa, quantas vezes aí reina a prepotência! Pais que escravizam os filhos, filhos que escravizam os pais; esposos que, esquecidos de seu chamado para o dom, se exploram como se fossem um produto descartável, que se usa e se joga fora; idosos sem lugar, crianças e adolescentes sem voz. Quantos ataques aos valores basilares do tecido familiar e da própria convivência social! Sim, há necessidade de um profundo exame de consciência. Como se pode anunciar a alegria da Páscoa, sem se solidarizar com aqueles cuja liberdade aqui na terra é negada?
Queridos brasileiros, tenhamos a certeza: Eu só ofendo a dignidade humana do outro, porque antes vendi a minha. A troco de quê? De poder, de fama, de bens materiais... E isso – pasmem! A troco da minha dignidade de filho e filha de Deus, resgatada a preço do sangue de Cristo na Cruz e garantida pelo Espírito Santo que clama dentro de nós:<< “Abbá, Pai!”>> (cf. Gal 4,6). A dignidade humana é igual em todo o ser humano: quando piso-a no outro, estou pisando a minha. Foi para a liberdade que Cristo nos libertou! No ano passado, quando estive junto de vocês afirmei que o povo brasileiro dava uma grande lição de solidariedade; certo disso, faço votos de que os cristãos e as pessoas de boa vontade possam comprometer-se para que mais nenhum homem ou mulher, jovem ou criança, seja vítima do tráfico humano! E a base mais eficaz para restabelecer a dignidade humana é anunciar o Evangelho de Cristo nos campos e nas cidades, pois Jesus quer derramar por todo o lado vida em abundância (cf. Evangelii gaudium, 75).
Com estes auspícios, invoco a proteção do Altíssimo sobre todos os brasileiros, para que a vida nova em Cristo lhes alcance, na mais perfeita liberdade dos filhos de Deus (cf. Rm 8, 21), despertando em cada coração sentimentos de ternura e compaixão por seu irmão e irmã necessitados de liberdade, enquanto de bom grado lhes envio uma propiciadora Bênção Apostólica.
Vaticano, 25 de fevereiro de 2014.
Francisco
Acesse: http://www.arquidiocesebh.org.br/site/noticias.php?id_noticia=7571
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Papa Francisco encerra o Ano da Fé
Com uma missa realizada na Praça de São Pedro, hoje, 24, solenidade de Cristo Rei do Universo, o papa Francisco encerrou o Ano da Fé, celebrado pelos fieis católicos desde 11 de outubro do ano passado.
"
Na ocasião, o papa recordou que o Ano da Fé foi uma convocação do então papa Bento XVI. "A solenidade de Cristo Rei do universo, que hoje celebramos como coroamento do ano litúrgico, marca também o encerramento do Ano da Fé, proclamado pelo papa Bento XVI, para quem neste momento se dirige o nosso pensamento cheio de carinho e gratidão”, lembrou Francisco.
“Com esta iniciativa providencial, ele ofereceu-nos a oportunidade de redescobrirmos a beleza daquele caminho de fé que teve início no dia do nosso Batismo e nos tornou filhos de Deus e irmãos na Igreja; um caminho que tem como meta final o encontro pleno com Deus e durante o qual o Espírito Santo nos purifica, eleva, santifica para nos fazer entrar na felicidade por que anseia o nosso coração”, acrescentou.
Após a homilia, o papa Francisco recebeu o relicário que contém alguns fragmentos ósseos do apóstolo Pedro. Francisco fez um gesto de recolhimento e oração diante da pequena caixa de bronze e incensou as relíquias, expostas pela primeira vez.
Ainda, durante a missa, o papa fez uma entrega simbólica da sua primeira exortação apostólica.
De acordo com o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, dom Rino Fisichella, esta exortação é “uma missão confiada a cada pessoa batizada para se tornar evangelizadora”. Denomina-se ‘Evangelii gaudium’ (A alegria do Evangelho) e foi entregue a 36 pessoas de dezoito países. O texto contém recomendações fundamentadas no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, ocorrido em outubro do ano passado, no Vaticano.
A celebração eucarística de encerramento do Ano da Fé reuniu milhares de fieis, cardeais, bispos, sacerdotes e 1200 patriarcas e arcebispos das Igrejas Católicas de rito e tradição oriental, que participavam de um encontro no Vaticano.
Francisco fez uma saudação cordial aos patriarcas e arcebispos maiores das Igrejas Católicas Orientais. “O abraço da paz, que trocarei com eles, quer significar antes de tudo o reconhecimento do Bispo de Roma por estas Comunidades que confessaram o nome de Cristo com uma fidelidade exemplar, paga muitas vezes por caro preço. Com este gesto pretendo igualmente, por meio deles, alcançar todos os cristãos que vivem na Terra Santa, na Síria e em todo o Oriente, a fim de obter para todos o dom da paz e da concórdia”, disse.
Antes do início da missa de encerramento do Ano da Fé, houve uma coleta em prol das vítimas do tufão Hayan, que atingiu as Filipinas, no dia 8 de novembro.
"
Na ocasião, o papa recordou que o Ano da Fé foi uma convocação do então papa Bento XVI. "A solenidade de Cristo Rei do universo, que hoje celebramos como coroamento do ano litúrgico, marca também o encerramento do Ano da Fé, proclamado pelo papa Bento XVI, para quem neste momento se dirige o nosso pensamento cheio de carinho e gratidão”, lembrou Francisco.
“Com esta iniciativa providencial, ele ofereceu-nos a oportunidade de redescobrirmos a beleza daquele caminho de fé que teve início no dia do nosso Batismo e nos tornou filhos de Deus e irmãos na Igreja; um caminho que tem como meta final o encontro pleno com Deus e durante o qual o Espírito Santo nos purifica, eleva, santifica para nos fazer entrar na felicidade por que anseia o nosso coração”, acrescentou.
Após a homilia, o papa Francisco recebeu o relicário que contém alguns fragmentos ósseos do apóstolo Pedro. Francisco fez um gesto de recolhimento e oração diante da pequena caixa de bronze e incensou as relíquias, expostas pela primeira vez.
Ainda, durante a missa, o papa fez uma entrega simbólica da sua primeira exortação apostólica.
De acordo com o presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, dom Rino Fisichella, esta exortação é “uma missão confiada a cada pessoa batizada para se tornar evangelizadora”. Denomina-se ‘Evangelii gaudium’ (A alegria do Evangelho) e foi entregue a 36 pessoas de dezoito países. O texto contém recomendações fundamentadas no Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização, ocorrido em outubro do ano passado, no Vaticano.
A celebração eucarística de encerramento do Ano da Fé reuniu milhares de fieis, cardeais, bispos, sacerdotes e 1200 patriarcas e arcebispos das Igrejas Católicas de rito e tradição oriental, que participavam de um encontro no Vaticano.
Francisco fez uma saudação cordial aos patriarcas e arcebispos maiores das Igrejas Católicas Orientais. “O abraço da paz, que trocarei com eles, quer significar antes de tudo o reconhecimento do Bispo de Roma por estas Comunidades que confessaram o nome de Cristo com uma fidelidade exemplar, paga muitas vezes por caro preço. Com este gesto pretendo igualmente, por meio deles, alcançar todos os cristãos que vivem na Terra Santa, na Síria e em todo o Oriente, a fim de obter para todos o dom da paz e da concórdia”, disse.
Antes do início da missa de encerramento do Ano da Fé, houve uma coleta em prol das vítimas do tufão Hayan, que atingiu as Filipinas, no dia 8 de novembro.
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Papa Francisco
O que inspirou o nome Francisco
O que levou o Papa Francisco a escolher o nome ‘Francisco’? Esse foi um dos assuntos comentados pelo próprio Santo Padre em seu discurso no encontro com os jornalistas realizado na manhã deste sábado, 16, na Sala Paulo VI, no Vaticano.
Segundo contou o Papa, durante o Conclave, o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, esteve ao seu lado, em especial quando seu nome atingiu 2/3 dos votos e os cardeais já sabiam quem seria o novo Papa. Então Dom Cláudio o abraçou e disse: “Não se esqueça dos pobres”.
Papa Francisco disse que, nesse momento, ele pensou em São Francisco de Assis, em relação aos pobres. Depois, enquanto o escrutínio continuava, ele pensou nas guerras, e Francisco é o homem da paz. Foi quando veio ao seu coração o nome Francisco de Assis.
“Para mim é o homem da pobreza, da paz, que ama e guarda a criação. Neste momento, infelizmente, não temos uma relação tão boa com a natureza, com a criação. Como eu gostaria de uma Igreja pobre, como eu gostaria de uma Igreja junto aos pobres”.
O Escudo do Papa
Nos traços, essenciais, o Papa Francisco decidiu manter seu brasão anterior, escolhido desde sua consagração episcopal e caracterizado por uma simples linearidade.
O escudo azul é coberto por símbolos da dignidade pontifícia, iguais aqueles de Bento XVI (mitra posicionada entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho). No alto, está o emblema da ordem de proveniência do Papa, a Companhia de Jesus: um sol radiande e flamejante carregado com as letras, em vermelho, IHS, monograma de Cristo. A letra H é coberta por uma cruz em ponta e três pregos em preto.
Abaixo encontram-se a estrela e a flor de nardo (cacho de uva). A estrela, de acordo com a antiga tradição araldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; enquanto a flor de nardo (cacho de uva) indica São José, patrono da Igreja. Na tradição da iconografia hispânica, de fato, São José é representado com um ramo de nardo nas mãos. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção à Virgem Santíssima e São José.
Imagnes retiradas do Google.
O que levou o Papa Francisco a escolher o nome ‘Francisco’? Esse foi um dos assuntos comentados pelo próprio Santo Padre em seu discurso no encontro com os jornalistas realizado na manhã deste sábado, 16, na Sala Paulo VI, no Vaticano.
Segundo contou o Papa, durante o Conclave, o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal Cláudio Hummes, esteve ao seu lado, em especial quando seu nome atingiu 2/3 dos votos e os cardeais já sabiam quem seria o novo Papa. Então Dom Cláudio o abraçou e disse: “Não se esqueça dos pobres”.
Papa Francisco disse que, nesse momento, ele pensou em São Francisco de Assis, em relação aos pobres. Depois, enquanto o escrutínio continuava, ele pensou nas guerras, e Francisco é o homem da paz. Foi quando veio ao seu coração o nome Francisco de Assis.
“Para mim é o homem da pobreza, da paz, que ama e guarda a criação. Neste momento, infelizmente, não temos uma relação tão boa com a natureza, com a criação. Como eu gostaria de uma Igreja pobre, como eu gostaria de uma Igreja junto aos pobres”.
O Escudo do Papa
Nos traços, essenciais, o Papa Francisco decidiu manter seu brasão anterior, escolhido desde sua consagração episcopal e caracterizado por uma simples linearidade.
O escudo azul é coberto por símbolos da dignidade pontifícia, iguais aqueles de Bento XVI (mitra posicionada entre chaves de ouro e prata entrecruzadas, unidas por um cordão vermelho). No alto, está o emblema da ordem de proveniência do Papa, a Companhia de Jesus: um sol radiande e flamejante carregado com as letras, em vermelho, IHS, monograma de Cristo. A letra H é coberta por uma cruz em ponta e três pregos em preto.
Abaixo encontram-se a estrela e a flor de nardo (cacho de uva). A estrela, de acordo com a antiga tradição araldica, simboliza a Virgem Maria, mãe de Cristo e da Igreja; enquanto a flor de nardo (cacho de uva) indica São José, patrono da Igreja. Na tradição da iconografia hispânica, de fato, São José é representado com um ramo de nardo nas mãos. Colocando no seu escudo tais imagens, o Papa pretendeu exprimir a própria particular devoção à Virgem Santíssima e São José.
Imagnes retiradas do Google.
sexta-feira, 12 de julho de 2013
JMJ Rio 2013
Segunda-feira 22 de julho de 2013
Roma
08.45 Partida do Aeroporto de Roma Ciampino para o Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
16.00 Acolhida oficial no Aeroporto Internacional Galeão/Antônio Carlos Jobim do Rio de Janeiro
17.00 Cerimônia de boas-vindas no Jardim do Palácio Guanabara do Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
17.40 Visita de cortesia à Presidente da República no Palácio Guanabara no Rio de Janeiro
Estadia privada na Residência do Sumaré no Rio de Janeiro
Quarta-feira 24 de julho de 2013
08.15 Partida em helicóptero do Sumaré para o Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
09.30 Chegada ao Heliporto do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
10.00 Veneração da Imagem de Nossa Senhora na Sala dos 12 Apóstolos do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
10.30 Santa Missa na Basílica do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida Homilia do Santo Padre
13.00 Almoço com a Comitiva Papal, os Bispos da Província e os Seminaristas no Seminário Bom Jesus de Aparecida
16.10 Partida em helicóptero do Seminário Bom Jesus de Aparecida para o Rio de Janeiro
17.25 Chegada ao Aeroporto Santos Dumont (III Comar) do Rio de Janeiro
18.30 Visita ao Hospital de São Fancisco de Assis na Providência de Deus (antigo Ordem Terceira da Penitência/VOT) no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
Quinta-feira 25 de julho de 2013
07.30 Santa Missa privada na Residencia do Sumaré no Rio de Janeiro
09.45 Entrega das chaves da cidade ao Santo Padre e Bênção das bandeiras olímpicas no Palácio da Cidade no Rio de Janeiro
11.00 Visita à Comunidade de Varginha em Manguinhos no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
18.00 Festa de acolhida dos jovens na Praia de Copacabana no Rio de Janeiro Saudação e Discurso do Santo Padre
Sexta-feira 26 de julho de 2013
07.30 Santa Missa privada na Residência do Sumaré no Rio de Janeiro
10.00 Confissão de alguns jovens da XXVIII JMJ no Parque Municipal da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro
11.30 Breve encontro com alguns jovens detentos no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim no Rio de Janeiro
12.00 Oração do Angelus Domini do Balcão Central do Palácio Arquiepiscopal São Joaquim no Rio de Janeiro Palavras do Santo Padre
12.15 Saudação ao Comitê Organizador da XXVIII Jornada Mundial da Juventude e aos Benfeitores no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim no Rio de Janeiro
13.00 Almoço com os jovens no Salão Redondo no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim no Rio de Janeiro
18.00 Via-Sacra com os jovens na Praia de Copacabana no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
Sábado 27 de julho de 2013
09.00 Santa Missa com os Bispos da XXVIII JMJ e com os Sacerdotes, so Religioso e os Seminaristas na Catedral de São Sebastião no Rio de Janeiro Homilia do Santo Padre
11.30 Encontro com a Classe Dirigente do Brasil no Teatro Municipal do Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
13.30 Almoço com os Cardeais do Brasil, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, os Bispos da Região e a Comitiva Papal no Grande Refeitório do centro de estudos do Sumaré no Rio de Janeiro
19.30 Vigília de oração com os jovens no Campus Fidei em Guaratiba Discurso do Santo Padre
Domingo 28 de julho de 2013
10.00 Santa Missa pela XXVIII Jornada Mundial da Juventude no Campus Fidei em Guaratiba Homilia do Santo Padre
Oração do Angelus Domini no Campus Fidei em Guaratiba Palavras do Santo Padre
14.00 Almoço com a Comitiva Papal no Refeitório do Centro de Estudos do Sumaré no Rio de Janeiro
16.00 Encontro com o Comitê de Coordenação do CELAM no Centro de Estudos do Sumaré no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
16.40 Despedida da Residência do Sumaré no Rio de Janeiro
17.30 Encontro com os Voluntários da XXVIII JMJ no Pavilhão 5 do Rio Centro no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
18.30 Cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional Galeão/Antônio Carlos Jobim do Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
19.00 Partida do Aeroporto Internacional Galeão/Antônio Carlos Jobim do Rio de Janeiro para Roma
Segunda-feira 29 de julho de 2013
Roma
11.30 Chegada a ao Aeroporto de Roma Ciampino
Fuso horário
Fuso horário
Roma: + 2 UTC
Rio de Janeiro e Aparecida do Norte: - 3 UTC
--------------------------------------------------------------------------------
Retirado do Site:
© Copyright - Libreria Editrice Vaticana
Roma
08.45 Partida do Aeroporto de Roma Ciampino para o Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
16.00 Acolhida oficial no Aeroporto Internacional Galeão/Antônio Carlos Jobim do Rio de Janeiro
17.00 Cerimônia de boas-vindas no Jardim do Palácio Guanabara do Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
17.40 Visita de cortesia à Presidente da República no Palácio Guanabara no Rio de Janeiro
Estadia privada na Residência do Sumaré no Rio de Janeiro
Quarta-feira 24 de julho de 2013
08.15 Partida em helicóptero do Sumaré para o Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
09.30 Chegada ao Heliporto do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
10.00 Veneração da Imagem de Nossa Senhora na Sala dos 12 Apóstolos do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida
10.30 Santa Missa na Basílica do Santuário de Nossa Senhora da Conceição Aparecida Homilia do Santo Padre
13.00 Almoço com a Comitiva Papal, os Bispos da Província e os Seminaristas no Seminário Bom Jesus de Aparecida
16.10 Partida em helicóptero do Seminário Bom Jesus de Aparecida para o Rio de Janeiro
17.25 Chegada ao Aeroporto Santos Dumont (III Comar) do Rio de Janeiro
18.30 Visita ao Hospital de São Fancisco de Assis na Providência de Deus (antigo Ordem Terceira da Penitência/VOT) no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
Quinta-feira 25 de julho de 2013
07.30 Santa Missa privada na Residencia do Sumaré no Rio de Janeiro
09.45 Entrega das chaves da cidade ao Santo Padre e Bênção das bandeiras olímpicas no Palácio da Cidade no Rio de Janeiro
11.00 Visita à Comunidade de Varginha em Manguinhos no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
18.00 Festa de acolhida dos jovens na Praia de Copacabana no Rio de Janeiro Saudação e Discurso do Santo Padre
Sexta-feira 26 de julho de 2013
07.30 Santa Missa privada na Residência do Sumaré no Rio de Janeiro
10.00 Confissão de alguns jovens da XXVIII JMJ no Parque Municipal da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro
11.30 Breve encontro com alguns jovens detentos no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim no Rio de Janeiro
12.00 Oração do Angelus Domini do Balcão Central do Palácio Arquiepiscopal São Joaquim no Rio de Janeiro Palavras do Santo Padre
12.15 Saudação ao Comitê Organizador da XXVIII Jornada Mundial da Juventude e aos Benfeitores no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim no Rio de Janeiro
13.00 Almoço com os jovens no Salão Redondo no Palácio Arquiepiscopal São Joaquim no Rio de Janeiro
18.00 Via-Sacra com os jovens na Praia de Copacabana no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
Sábado 27 de julho de 2013
09.00 Santa Missa com os Bispos da XXVIII JMJ e com os Sacerdotes, so Religioso e os Seminaristas na Catedral de São Sebastião no Rio de Janeiro Homilia do Santo Padre
11.30 Encontro com a Classe Dirigente do Brasil no Teatro Municipal do Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
13.30 Almoço com os Cardeais do Brasil, a Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, os Bispos da Região e a Comitiva Papal no Grande Refeitório do centro de estudos do Sumaré no Rio de Janeiro
19.30 Vigília de oração com os jovens no Campus Fidei em Guaratiba Discurso do Santo Padre
Domingo 28 de julho de 2013
10.00 Santa Missa pela XXVIII Jornada Mundial da Juventude no Campus Fidei em Guaratiba Homilia do Santo Padre
Oração do Angelus Domini no Campus Fidei em Guaratiba Palavras do Santo Padre
14.00 Almoço com a Comitiva Papal no Refeitório do Centro de Estudos do Sumaré no Rio de Janeiro
16.00 Encontro com o Comitê de Coordenação do CELAM no Centro de Estudos do Sumaré no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
16.40 Despedida da Residência do Sumaré no Rio de Janeiro
17.30 Encontro com os Voluntários da XXVIII JMJ no Pavilhão 5 do Rio Centro no Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
18.30 Cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional Galeão/Antônio Carlos Jobim do Rio de Janeiro Discurso do Santo Padre
19.00 Partida do Aeroporto Internacional Galeão/Antônio Carlos Jobim do Rio de Janeiro para Roma
Segunda-feira 29 de julho de 2013
Roma
11.30 Chegada a ao Aeroporto de Roma Ciampino
Fuso horário
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Roma: + 2 UTC
Rio de Janeiro e Aparecida do Norte: - 3 UTC
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domingo, 18 de novembro de 2012
O Ano da Fé
CARTA APOSTÓLICA
SOB FORMA DE MOTU PROPRIO
PORTA FIDEI
DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI
COM A QUAL SE PROCLAMA O ANO DA FÉ
1. A PORTA DA FÉ (cf. Act 14, 27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja, está sempre aberta para nós. É possível cruzar este limiar, quando a Palavra de Deus é anunciada e o coração se deixa plasmar pela graça que transforma. Atravessar esta porta implica embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem início no Baptismo (cf. Rm 6, 4), pelo qual podemos dirigir-nos a Deus com o nome de Pai, e está concluído com a passagem através da morte para a vida eterna, fruto da ressurreição do Senhor Jesus, que, com o dom do Espírito Santo, quis fazer participantes da sua própria glória quantos crêem n’Ele (cf. Jo 17, 22). Professar a fé na Trindade – Pai, Filho e Espírito Santo – equivale a crer num só Deus que é Amor (cf. 1 Jo 4, 8): o Pai, que na plenitude dos tempos enviou seu Filho para a nossa salvação; Jesus Cristo, que redimiu o mundo no mistério da sua morte e ressurreição; o Espírito Santo, que guia a Igreja através dos séculos enquanto aguarda o regresso glorioso do Senhor.
2. Desde o princípio do meu ministério como Sucessor de Pedro, lembrei a necessidade de redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo. Durante a homilia da Santa Missa no início do pontificado, disse: «A Igreja no seu conjunto, e os Pastores nela, como Cristo devem pôr-se a caminho para conduzir os homens fora do deserto, para lugares da vida, da amizade com o Filho de Deus, para Aquele que dá a vida, a vida em plenitude»[1]. Sucede não poucas vezes que os cristãos sintam maior preocupação com as consequências sociais, culturais e políticas da fé do que com a própria fé, considerando esta como um pressuposto óbvio da sua vida diária. Ora um tal pressuposto não só deixou de existir, mas frequentemente acaba até negado.[2] Enquanto, no passado, era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes sectores da sociedade devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas.
3. Não podemos aceitar que o sal se torne insípido e a luz fique escondida (cf. Mt 5, 13-16). Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecidos como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De facto, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: «Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna» (Jo 6, 27). E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: «Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?» (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: «A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou» (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação.
4. À luz de tudo isto, decidi proclamar um Ano da Fé. Este terá início a 11 de Outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II, e terminará na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, a 24 de Novembro de 2013. Na referida data de 11 de Outubro de 2012, completar-se-ão também vinte anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, texto promulgado pelo meu Predecessor, o Beato Papa João Paulo II,[3] com o objectivo de ilustrar a todos os fiéis a força e a beleza da fé. Esta obra, verdadeiro fruto do Concílio Vaticano II, foi desejada pelo Sínodo Extraordinário dos Bispos de 1985 como instrumento ao serviço da catequese[4] e foi realizado com a colaboração de todo o episcopado da Igreja Católica. E uma Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos foi convocada por mim, precisamente para o mês de Outubro de 2012, tendo por tema A nova evangelização para a transmissão da fé cristã. Será uma ocasião propícia para introduzir o complexo eclesial inteiro num tempo de particular reflexão e redescoberta da fé. Não é a primeira vez que a Igreja é chamada a celebrar um Ano da Fé. O meu venerado Predecessor, o Servo de Deus Paulo VI, proclamou um ano semelhante, em 1967, para comemorar o martírio dos apóstolos Pedro e Paulo no décimo nono centenário do seu supremo testemunho. Idealizou-o como um momento solene, para que houvesse, em toda a Igreja, «uma autêntica e sincera profissão da mesma fé»; quis ainda que esta fosse confirmada de maneira «individual e colectiva, livre e consciente, interior e exterior, humilde e franca».[5] Pensava que a Igreja poderia assim retomar «exacta consciência da sua fé para a reavivar, purificar, confirmar, confessar».[6] As grandes convulsões, que se verificaram naquele Ano, tornaram ainda mais evidente a necessidade duma tal celebração. Esta terminou com a Profissão de Fé do Povo de Deus,[7] para atestar como os conteúdos essenciais, que há séculos constituem o património de todos os crentes, necessitam de ser confirmados, compreendidos e aprofundados de maneira sempre nova para se dar testemunho coerente deles em condições históricas diversas das do passado.
5. Sob alguns aspectos, o meu venerado Predecessor viu este Ano como uma «consequência e exigência pós-conciliar»[8], bem ciente das graves dificuldades daquele tempo sobretudo no que se referia à profissão da verdadeira fé e da sua recta interpretação. Pareceu-me que fazer coincidir o início do Ano da Fé com o cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II poderia ser uma ocasião propícia para compreender que os textos deixados em herança pelos Padres Conciliares, segundo as palavras do Beato João Paulo II, «não perdem o seu valor nem a sua beleza. É necessário fazê-los ler de forma tal que possam ser conhecidos e assimilados como textos qualificados e normativos do Magistério, no âmbito da Tradição da Igreja. Sinto hoje ainda mais intensamente o dever de indicar o Concílio como a grande graça de que beneficiou a Igreja no século XX: nele se encontra uma bússola segura para nos orientar no caminho do século que começa».[9] Quero aqui repetir com veemência as palavras que disse a propósito do Concílio poucos meses depois da minha eleição para Sucessor de Pedro: «Se o lermos e recebermos guiados por uma justa hermenêutica, o Concílio pode ser e tornar-se cada vez mais uma grande força para a renovação sempre necessária da Igreja».[10]
6. A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou. O próprio Concílio, na Constituição dogmática Lumen gentium, afirma: «Enquanto Cristo “santo, inocente, imaculado” (Heb 7, 26), não conheceu o pecado (cf. 2 Cor 5, 21), mas veio apenas expiar os pecados do povo (cf. Heb 2, 17), a Igreja, contendo pecadores no seu próprio seio, simultaneamente santa e sempre necessitada de purificação, exercita continuamente a penitência e a renovação. A Igreja “prossegue a sua peregrinação no meio das perseguições do mundo e das consolações de Deus”, anunciando a cruz e a morte do Senhor até que Ele venha (cf. 1 Cor 11, 26). Mas é robustecida pela força do Senhor ressuscitado, de modo a vencer, pela paciência e pela caridade, as suas aflições e dificuldades tanto internas como externas, e a revelar, velada mas fielmente, o seu mistério, até que por fim se manifeste em plena luz».[11]
Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31). Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de acção, que muda toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).
7. «Caritas Christi urget nos – o amor de Cristo nos impele» (2 Cor 5, 14): é o amor de Cristo que enche os nossos corações e nos impele a evangelizar. Hoje, como outrora, Ele envia-nos pelas estradas do mundo para proclamar o seu Evangelho a todos os povos da terra (cf. Mt 28, 19). Com o seu amor, Jesus Cristo atrai a Si os homens de cada geração: em todo o tempo, Ele convoca a Igreja confiando-lhe o anúncio do Evangelho, com um mandato que é sempre novo. Por isso, também hoje é necessário um empenho eclesial mais convicto a favor duma nova evangelização, para descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria. A fé torna-nos fecundos, porque alarga o coração com a esperança e permite oferecer um testemunho que é capaz de gerar: de facto, abre o coração e a mente dos ouvintes para acolherem o convite do Senhor a aderir à sua Palavra a fim de se tornarem seus discípulos. Os crentes – atesta Santo Agostinho – «fortificam-se acreditando».[12] O Santo Bispo de Hipona tinha boas razões para falar assim. Como sabemos, a sua vida foi uma busca contínua da beleza da fé enquanto o seu coração não encontrou descanso em Deus.[13] Os seus numerosos escritos, onde se explica a importância de crer e a verdade da fé, permaneceram até aos nossos dias como um património de riqueza incomparável e consentem ainda que tantas pessoas à procura de Deus encontrem o justo percurso para chegar à «porta da fé».
Por conseguinte, só acreditando é que a fé cresce e se revigora; não há outra possibilidade de adquirir certeza sobre a própria vida, senão abandonar-se progressivamente nas mãos de um amor que se experimenta cada vez maior porque tem a sua origem em Deus.
8. Nesta feliz ocorrência, pretendo convidar os Irmãos Bispos de todo o mundo para que se unam ao Sucessor de Pedro, no tempo de graça espiritual que o Senhor nos oferece, a fim de comemorar o dom precioso da fé. Queremos celebrar este Ano de forma digna e fecunda. Deverá intensificar-se a reflexão sobre a fé, para ajudar todos os crentes em Cristo a tornarem mais consciente e revigorarem a sua adesão ao Evangelho, sobretudo num momento de profunda mudança como este que a humanidade está a viver. Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo.
9. Desejamos que este Ano suscite, em cada crente, o anseio de confessar a fé plenamente e com renovada convicção, com confiança e esperança. Será uma ocasião propícia também para intensificar a celebração da fé na liturgia, particularmente na Eucaristia, que é «a meta para a qual se encaminha a acção da Igreja e a fonte de onde promana toda a sua força».[14] Simultaneamente esperamos que o testemunho de vida dos crentes cresça na sua credibilidade. Descobrir novamente os conteúdos da fé professada, celebrada, vivida e rezada[15] e reflectir sobre o próprio acto com que se crê, é um compromisso que cada crente deve assumir, sobretudo neste Ano.
Não foi sem razão que, nos primeiros séculos, os cristãos eram obrigados a aprender de memória o Credo. É que este servia-lhes de oração diária, para não esquecerem o compromisso assumido com o Baptismo. Recorda-o, com palavras densas de significado, Santo Agostinho quando afirma numa homilia sobre a redditio symboli (a entrega do Credo): «O símbolo do santo mistério, que recebestes todos juntos e que hoje proferistes um a um, reúne as palavras sobre as quais está edificada com solidez a fé da Igreja, nossa Mãe, apoiada no alicerce seguro que é Cristo Senhor. E vós recebeste-lo e proferiste-lo, mas deveis tê-lo sempre presente na mente e no coração, deveis repeti-lo nos vossos leitos, pensar nele nas praças e não o esquecer durante as refeições; e, mesmo quando o corpo dorme, o vosso coração continue de vigília por ele».[16]
10. Queria agora delinear um percurso que ajude a compreender de maneira mais profunda os conteúdos da fé e, juntamente com eles, também o acto pelo qual decidimos, com plena liberdade, entregar-nos totalmente a Deus. De facto, existe uma unidade profunda entre o acto com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento. O apóstolo Paulo permite entrar dentro desta realidade quando escreve: «Acredita-se com o coração e, com a boca, faz-se a profissão de fé» (Rm 10, 10). O coração indica que o primeiro acto, pelo qual se chega à fé, é dom de Deus e acção da graça que age e transforma a pessoa até ao mais íntimo dela mesma.
A este respeito é muito eloquente o exemplo de Lídia. Narra São Lucas que o apóstolo Paulo, encontrando-se em Filipos, num sábado foi anunciar o Evangelho a algumas mulheres; entre elas, estava Lídia. «O Senhor abriu-lhe o coração para aderir ao que Paulo dizia» (Act 16, 14). O sentido contido na expressão é importante. São Lucas ensina que o conhecimento dos conteúdos que se deve acreditar não é suficiente, se depois o coração – autêntico sacrário da pessoa – não for aberto pela graça, que consente ter olhos para ver em profundidade e compreender que o que foi anunciado é a Palavra de Deus.
Por sua vez, o professar com a boca indica que a fé implica um testemunho e um compromisso públicos. O cristão não pode jamais pensar que o crer seja um facto privado. A fé é decidir estar com o Senhor, para viver com Ele. E este «estar com Ele» introduz na compreensão das razões pelas quais se acredita. A fé, precisamente porque é um acto da liberdade, exige também assumir a responsabilidade social daquilo que se acredita. No dia de Pentecostes, a Igreja manifesta, com toda a clareza, esta dimensão pública do crer e do anunciar sem temor a própria fé a toda a gente. É o dom do Espírito Santo que prepara para a missão e fortalece o nosso testemunho, tornando-o franco e corajoso.
A própria profissão da fé é um acto simultaneamente pessoal e comunitário. De facto, o primeiro sujeito da fé é a Igreja. É na fé da comunidade cristã que cada um recebe o Baptismo, sinal eficaz da entrada no povo dos crentes para obter a salvação. Como atesta o Catecismo da Igreja Católica, «“Eu creio”: é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Baptismo. “Nós cremos”: é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. “Eu creio”: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: “Eu creio”, “Nós cremos”».[17]
Como se pode notar, o conhecimento dos conteúdos de fé é essencial para se dar o próprio assentimento, isto é, para aderir plenamente com a inteligência e a vontade a quanto é proposto pela Igreja. O conhecimento da fé introduz na totalidade do mistério salvífico revelado por Deus. Por isso, o assentimento prestado implica que, quando se acredita, se aceita livremente todo o mistério da fé, porque o garante da sua verdade é o próprio Deus, que Se revela e permite conhecer o seu mistério de amor.[18]
Por outro lado, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro «preâmbulo» da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus. De facto, a própria razão do homem traz inscrita em si mesma a exigência «daquilo que vale e permanece sempre».[19] Esta exigência constitui um convite permanente, inscrito indelevelmente no coração humano, para caminhar ao encontro d’Aquele que não teríamos procurado se Ele mesmo não tivesse já vindo ao nosso encontro.[20] É precisamente a este encontro que nos convida e abre plenamente a fé.
11. Para chegar a um conhecimento sistemático da fé, todos podem encontrar um subsídio precioso e indispensável no Catecismo da Igreja Católica. Este constitui um dos frutos mais importantes do Concílio Vaticano II. Na Constituição apostólica Fidei depositum – não sem razão assinada na passagem do trigésimo aniversário da abertura do Concílio Vaticano II – o Beato João Paulo II escrevia: «Este catecismo dará um contributo muito importante à obra de renovação de toda a vida eclesial (...). Declaro-o norma segura para o ensino da fé e, por isso, instrumento válido e legítimo ao serviço da comunhão eclesial».[21]
É precisamente nesta linha que o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica. Nele, de facto, sobressai a riqueza de doutrina que a Igreja acolheu, guardou e ofereceu durante os seus dois mil anos de história. Desde a Sagrada Escritura aos Padres da Igreja, desde os Mestres de teologia aos Santos que atravessaram os séculos, o Catecismo oferece uma memória permanente dos inúmeros modos em que a Igreja meditou sobre a fé e progrediu na doutrina para dar certeza aos crentes na sua vida de fé.
Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária. Repassando as páginas, descobre-se que o que ali se apresenta não é uma teoria, mas o encontro com uma Pessoa que vive na Igreja. Na verdade, a seguir à profissão de fé, vem a explicação da vida sacramental, na qual Cristo está presente e operante, continuando a construir a sua Igreja. Sem a liturgia e os sacramentos, a profissão de fé não seria eficaz, porque faltaria a graça que sustenta o testemunho dos cristãos. Na mesma linha, a doutrina do Catecismo sobre a vida moral adquire todo o seu significado, se for colocada em relação com a fé, a liturgia e a oração.
12. Assim, no Ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé, sobretudo para quantos têm a peito a formação dos cristãos, tão determinante no nosso contexto cultural. Com tal finalidade, convidei a Congregação para a Doutrina da Fé a redigir, de comum acordo com os competentes Organismos da Santa Sé, uma Nota, através da qual se ofereçam à Igreja e aos crentes algumas indicações para viver, nos moldes mais eficazes e apropriados, este Ano da Fé ao serviço do crer e do evangelizar.
De facto, em nossos dias mais do que no passado, a fé vê-se sujeita a uma série de interrogativos, que provêm duma diversa mentalidade que, hoje de uma forma particular, reduz o âmbito das certezas racionais ao das conquistas científicas e tecnológicas. Mas, a Igreja nunca teve medo de mostrar que não é possível haver qualquer conflito entre fé e ciência autêntica, porque ambas, embora por caminhos diferentes, tendem para a verdade.[22]
13. Será decisivo repassar, durante este Ano, a história da nossa fé, que faz ver o mistério insondável da santidade entrelaçada com o pecado. Enquanto a primeira põe em evidência a grande contribuição que homens e mulheres prestaram para o crescimento e o progresso da comunidade com o testemunho da sua vida, o segundo deve provocar em todos uma sincera e contínua obra de conversão para experimentar a misericórdia do Pai, que vem ao encontro de todos.
Ao longo deste tempo, manteremos o olhar fixo sobre Jesus Cristo, «autor e consumador da fé» (Heb 12, 2): n’Ele encontra plena realização toda a ânsia e anélito do coração humano. A alegria do amor, a resposta ao drama da tribulação e do sofrimento, a força do perdão face à ofensa recebida e a vitória da vida sobre o vazio da morte, tudo isto encontra plena realização no mistério da sua Encarnação, do seu fazer-Se homem, do partilhar connosco a fragilidade humana para a transformar com a força da sua ressurreição. N’Ele, morto e ressuscitado para a nossa salvação, encontram plena luz os exemplos de fé que marcaram estes dois mil anos da nossa história de salvação.
Pela fé, Maria acolheu a palavra do Anjo e acreditou no anúncio de que seria Mãe de Deus na obediência da sua dedicação (cf. Lc 1, 38). Ao visitar Isabel, elevou o seu cântico de louvor ao Altíssimo pelas maravilhas que realizava em quantos a Ele se confiavam (cf. Lc 1, 46-55). Com alegria e trepidação, deu à luz o seu Filho unigénito, mantendo intacta a sua virgindade (cf. Lc 2, 6-7). Confiando em José, seu Esposo, levou Jesus para o Egipto a fim de O salvar da perseguição de Herodes (cf. Mt 2, 13-15). Com a mesma fé, seguiu o Senhor na sua pregação e permaneceu a seu lado mesmo no Gólgota (cf. Jo 19, 25-27). Com fé, Maria saboreou os frutos da ressurreição de Jesus e, conservando no coração a memória de tudo (cf. Lc 2, 19.51), transmitiu-a aos Doze reunidos com Ela no Cenáculo para receberem o Espírito Santo (cf. Act 1, 14; 2, 1-4).
Pela fé, os Apóstolos deixaram tudo para seguir o Mestre (cf. Mc 10, 28). Acreditaram nas palavras com que Ele anunciava o Reino de Deus presente e realizado na sua Pessoa (cf. Lc 11, 20). Viveram em comunhão de vida com Jesus, que os instruía com a sua doutrina, deixando-lhes uma nova regra de vida pela qual haveriam de ser reconhecidos como seus discípulos depois da morte d’Ele (cf. Jo 13, 34-35). Pela fé, foram pelo mundo inteiro, obedecendo ao mandato de levar o Evangelho a toda a criatura (cf. Mc 16, 15) e, sem temor algum, anunciaram a todos a alegria da ressurreição, de que foram fiéis testemunhas.
Pela fé, os discípulos formaram a primeira comunidade reunida à volta do ensino dos Apóstolos, na oração, na celebração da Eucaristia, pondo em comum aquilo que possuíam para acudir às necessidades dos irmãos (cf. Act 2, 42-47).
Pela fé, os mártires deram a sua vida para testemunhar a verdade do Evangelho que os transformara, tornando-os capazes de chegar até ao dom maior do amor com o perdão dos seus próprios perseguidores.
Pela fé, homens e mulheres consagraram a sua vida a Cristo, deixando tudo para viver em simplicidade evangélica a obediência, a pobreza e a castidade, sinais concretos de quem aguarda o Senhor, que não tarda a vir. Pela fé, muitos cristãos se fizeram promotores de uma acção em prol da justiça, para tornar palpável a palavra do Senhor, que veio anunciar a libertação da opressão e um ano de graça para todos (cf. Lc 4, 18-19).
Pela fé, no decurso dos séculos, homens e mulheres de todas as idades, cujo nome está escrito no Livro da vida (cf. Ap 7, 9; 13, 8), confessaram a beleza de seguir o Senhor Jesus nos lugares onde eram chamados a dar testemunho do seu ser cristão: na família, na profissão, na vida pública, no exercício dos carismas e ministérios a que foram chamados.
Pela fé, vivemos também nós, reconhecendo o Senhor Jesus vivo e presente na nossa vida e na história.
14. O Ano da Fé será uma ocasião propícia também para intensificar o testemunho da caridade. Recorda São Paulo: «Agora permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a caridade» (1 Cor 13, 13). Com palavras ainda mais incisivas – que não cessam de empenhar os cristãos –, afirmava o apóstolo Tiago: «De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser: “Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome”, mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. Mais ainda! Poderá alguém alegar sensatamente: “Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé”» (Tg 2, 14-18).
A fé sem a caridade não dá fruto, e a caridade sem a fé seria um sentimento constantemente à mercê da dúvida. Fé e caridade reclamam-se mutuamente, de tal modo que uma consente à outra realizar o seu caminho. De facto, não poucos cristãos dedicam amorosamente a sua vida a quem vive sozinho, marginalizado ou excluído, considerando-o como o primeiro a quem atender e o mais importante a socorrer, porque é precisamente nele que se espelha o próprio rosto de Cristo. Em virtude da fé, podemos reconhecer naqueles que pedem o nosso amor o rosto do Senhor ressuscitado. «Sempre que fizestes isto a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim mesmo o fizestes» (Mt 25, 40): estas palavras de Jesus são uma advertência que não se deve esquecer e um convite perene a devolvermos aquele amor com que Ele cuida de nós. É a fé que permite reconhecer Cristo, e é o seu próprio amor que impele a socorrê-Lo sempre que Se faz próximo nosso no caminho da vida. Sustentados pela fé, olhamos com esperança o nosso serviço no mundo, aguardando «novos céus e uma nova terra, onde habite a justiça» (2 Ped 3, 13; cf. Ap 21, 1).
15. Já no termo da sua vida, o apóstolo Paulo pede ao discípulo Timóteo que «procure a fé» (cf. 2 Tm 2, 22) com a mesma constância de quando era novo (cf. 2 Tm 3, 15). Sintamos este convite dirigido a cada um de nós, para que ninguém se torne indolente na fé. Esta é companheira de vida, que permite perceber, com um olhar sempre novo, as maravilhas que Deus realiza por nós. Solícita a identificar os sinais dos tempos no hoje da história, a fé obriga cada um de nós a tornar-se sinal vivo da presença do Ressuscitado no mundo. Aquilo de que o mundo tem hoje particular necessidade é o testemunho credível de quantos, iluminados na mente e no coração pela Palavra do Senhor, são capazes de abrir o coração e a mente de muitos outros ao desejo de Deus e da vida verdadeira, aquela que não tem fim.
Que «a Palavra do Senhor avance e seja glorificada» (2 Ts 3, 1)! Possa este Ano da Fé tornar cada vez mais firme a relação com Cristo Senhor, dado que só n’Ele temos a certeza para olhar o futuro e a garantia dum amor autêntico e duradouro. As seguintes palavras do apóstolo Pedro lançam um último jorro de luz sobre a fé: «É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; deste modo, a qualidade genuína da vossa fé – muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo – será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. Sem O terdes visto, vós O amais; sem O ver ainda, credes n’Ele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas» (1 Ped 1, 6-9). A vida dos cristãos conhece a experiência da alegria e a do sofrimento. Quantos Santos viveram na solidão! Quantos crentes, mesmo em nossos dias, provados pelo silêncio de Deus, cuja voz consoladora queriam ouvir! As provas da vida, ao mesmo tempo que permitem compreender o mistério da Cruz e participar nos sofrimentos de Cristo (cf. Cl 1, 24) , são prelúdio da alegria e da esperança a que a fé conduz: «Quando sou fraco, então é que sou forte» (2 Cor 12, 10). Com firme certeza, acreditamos que o Senhor Jesus derrotou o mal e a morte. Com esta confiança segura, confiamo-nos a Ele: Ele, presente no meio de nós, vence o poder do maligno (cf. Lc 11, 20); e a Igreja, comunidade visível da sua misericórdia, permanece n’Ele como sinal da reconciliação definitiva com o Pai.
À Mãe de Deus, proclamada «feliz porque acreditou» (cf. Lc 1, 45), confiamos este tempo de graça.
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Outubro do ano 2011, sétimo de Pontificado.
BENEDICTUS PP. XVI
Texto imagem retirados no site do vaticano
http://www.vatican.va/holy_father/benedict_xvi/motu_proprio/documents/hf_ben-xvi_motu-proprio_20111011_porta-fidei_po.html
sexta-feira, 27 de julho de 2012
NOTA DA CNBB SOBRE A REFORMA DO CÓDIGO PENAL
imagem retirado do Google
Segundo informou a CNBB, os bispos reunidos na 50ª Assembleia Geral da entidade, encerrada ontem, 26, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida em Aparecida (SP) aprovaram a criação de uma comissão para acompanhar o trabalho de reforma do Código penal Brasileiro, que está sendo feito por um grupo de juristas no Senado Federal.
Vale recordar que o Senado brasileiro instituiu em outubro de 2011 uma Comissão para Revisar o Código Penal brasileiro. Na comissão foram colocados juristas que não apenas são a favor da descriminalização do aborto, mas também da eutanásia. Segundo advertiram pró-vidas de diversos grupos no Brasil, o que deveria ser uma reforma do Código Penal para solucionar os problemas de segurança do povo brasileiro está se tornando o mais puro ativismo em favor da legalização do aborto.
“Preocupam-nos algumas propostas que devem ser apresentadas pela referida Comissão, relativas aos capítulos que tratam sobre os crimes contra a vida”, afirmam na nota os bispos brasileiros.
Segundo dom Dimas Lara Barbosa, presidente da Comissão Episcopal de Pastoral para a Comunicação da CNBB, como se trata de um tema abrangente e delicado, as questões levantadas por alguns setores preocupam a igreja. “Aqueles que defendem a redução da maioridade penal, a pena de morte, a descriminalização do aborto e alguns outros temas que não levam em conta em primeiro lugar a pessoa humana”.
Abaixo publicamos a íntegra da nota dos bispos brasileiros, assinada pela presidência da CNBB constituída de Dom Raymundo Damasceno, Dom José Belisário da Silva, Dom Leonardo Ulrich Steiner, respectivamente presidente, vice-presidente e secretário Geral da conferência episcopal brasileira.
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por ocasião da reforma do Código Penal, encaminhada pelo Senado Federal através de uma Comissão de Juristas, expressa, por missão e dever, seu interesse em acompanhar o processo em marcha e declarar seu compromisso de corresponsabilidade na consolidação da democracia.
Preocupam-nos algumas propostas que devem ser apresentadas pela referida Comissão, relativas aos capítulos que tratam sobre os crimes contra a vida e contra o patrimônio.
Reconhecemos que, para atender melhor às exigências da sociedade, o Código Penal em vigor, aprovado em 1940, precisa incorporar elementos novos, exigência das grandes transformações, que marcam os tempos atuais, sem prejuízo dos valores perenes como a vida e a família.
A revisão do Código, em conformidade com as conquistas asseguradas pela Constituição Federal de 1988, requer amplo diálogo com a sociedade, porquanto a legislação se torna mais consistente quando conta com efetiva participação de representantes dos diversos segmentos sociais em sua elaboração. Tal prática reforça a democracia e ajuda a população a assimilar melhor as normas jurídicas, que interferem profundamente em sua vida e nos relacionamentos humanos e sociais.
Os redatores do novo Código, de posse das propostas encaminhadas pela Comissão de Juristas, considerem que toda lei deve ser elaborada, a partir do respeito aos direitos humanos, na perspectiva de superação da impunidade e a serviço do bem comum. Deve reconhecer e preservar os princípios éticos e morais bem como os valores culturais que integram a vida quotidiana do povo brasileiro.
A Lei penal deve ser aplicada tendo por base os pressupostos de defesa e promoção da dignidade humana em todas as dimensões, deixando claro que a punição tem como finalidade a reabilitação do infrator, independente de sua condição social, política, econômica, étnica, conforme determinam os artigos 3º e 5º da Constituição.
Esperamos que o sentido de justiça, a serviço do bem maior – a pessoa humana – anime a todos nesta tarefa, inspirados na palavra do Beato João Paulo II: “A justiça sozinha não basta; e pode mesmo chegar a negar-se a si própria, se não se abrir àquela força mais profunda que é o amor” (Mensagem para o Dia Mundial da Paz – 2004).
Que o Espírito Santo ilumine o coração e a mente dos legisladores, Senadores e Deputados Federais, sobre quem invocamos também a proteção de Nossa Senhora Aparecida para que, em comunhão com todos os brasileiros, busquem realizar o que Jesus Cristo nos indica como promessa e tarefa: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundancia” (Jo 10,10)”.
Segundo informou a CNBB, os bispos reunidos na 50ª Assembleia Geral da entidade, encerrada ontem, 26, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho de Almeida em Aparecida (SP) aprovaram a criação de uma comissão para acompanhar o trabalho de reforma do Código penal Brasileiro, que está sendo feito por um grupo de juristas no Senado Federal.
Vale recordar que o Senado brasileiro instituiu em outubro de 2011 uma Comissão para Revisar o Código Penal brasileiro. Na comissão foram colocados juristas que não apenas são a favor da descriminalização do aborto, mas também da eutanásia. Segundo advertiram pró-vidas de diversos grupos no Brasil, o que deveria ser uma reforma do Código Penal para solucionar os problemas de segurança do povo brasileiro está se tornando o mais puro ativismo em favor da legalização do aborto.
“Preocupam-nos algumas propostas que devem ser apresentadas pela referida Comissão, relativas aos capítulos que tratam sobre os crimes contra a vida”, afirmam na nota os bispos brasileiros.
Segundo dom Dimas Lara Barbosa, presidente da Comissão Episcopal de Pastoral para a Comunicação da CNBB, como se trata de um tema abrangente e delicado, as questões levantadas por alguns setores preocupam a igreja. “Aqueles que defendem a redução da maioridade penal, a pena de morte, a descriminalização do aborto e alguns outros temas que não levam em conta em primeiro lugar a pessoa humana”.
Abaixo publicamos a íntegra da nota dos bispos brasileiros, assinada pela presidência da CNBB constituída de Dom Raymundo Damasceno, Dom José Belisário da Silva, Dom Leonardo Ulrich Steiner, respectivamente presidente, vice-presidente e secretário Geral da conferência episcopal brasileira.
“A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por ocasião da reforma do Código Penal, encaminhada pelo Senado Federal através de uma Comissão de Juristas, expressa, por missão e dever, seu interesse em acompanhar o processo em marcha e declarar seu compromisso de corresponsabilidade na consolidação da democracia.
Preocupam-nos algumas propostas que devem ser apresentadas pela referida Comissão, relativas aos capítulos que tratam sobre os crimes contra a vida e contra o patrimônio.
Reconhecemos que, para atender melhor às exigências da sociedade, o Código Penal em vigor, aprovado em 1940, precisa incorporar elementos novos, exigência das grandes transformações, que marcam os tempos atuais, sem prejuízo dos valores perenes como a vida e a família.
A revisão do Código, em conformidade com as conquistas asseguradas pela Constituição Federal de 1988, requer amplo diálogo com a sociedade, porquanto a legislação se torna mais consistente quando conta com efetiva participação de representantes dos diversos segmentos sociais em sua elaboração. Tal prática reforça a democracia e ajuda a população a assimilar melhor as normas jurídicas, que interferem profundamente em sua vida e nos relacionamentos humanos e sociais.
Os redatores do novo Código, de posse das propostas encaminhadas pela Comissão de Juristas, considerem que toda lei deve ser elaborada, a partir do respeito aos direitos humanos, na perspectiva de superação da impunidade e a serviço do bem comum. Deve reconhecer e preservar os princípios éticos e morais bem como os valores culturais que integram a vida quotidiana do povo brasileiro.
A Lei penal deve ser aplicada tendo por base os pressupostos de defesa e promoção da dignidade humana em todas as dimensões, deixando claro que a punição tem como finalidade a reabilitação do infrator, independente de sua condição social, política, econômica, étnica, conforme determinam os artigos 3º e 5º da Constituição.
Esperamos que o sentido de justiça, a serviço do bem maior – a pessoa humana – anime a todos nesta tarefa, inspirados na palavra do Beato João Paulo II: “A justiça sozinha não basta; e pode mesmo chegar a negar-se a si própria, se não se abrir àquela força mais profunda que é o amor” (Mensagem para o Dia Mundial da Paz – 2004).
Que o Espírito Santo ilumine o coração e a mente dos legisladores, Senadores e Deputados Federais, sobre quem invocamos também a proteção de Nossa Senhora Aparecida para que, em comunhão com todos os brasileiros, busquem realizar o que Jesus Cristo nos indica como promessa e tarefa: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundancia” (Jo 10,10)”.
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Documento de Aparecida
RESUMO DO DOCUMENTO FINAL
Imagem Retirada do Google
DA V CONFERÊNCIA GERAL DO EPISCOPADO DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE
Aparecida, 30/5/2007
1. Os bispos, reunidos na V Conferencia Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, querem impulsionar, com o acontecimento celebrado junto a Nossa Senhora Aparecida no espírito de um novo Pentecostes e com o documento final que resume as conclusões de seu dialogo, uma renovação da ação da Igreja. Todos os seus membros estão chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, para que nossos povos tenham vida Nele. No cominho aberto pelo Concilio Vaticano II e em continuidade criativa com as Conferencias anteriores do Rio de Janeiro, 1955; Medellín, 1968; Puebla, 1979 e Santo Domingo, 1992, refletiram sobre o tema Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos Nele tenham vida. Eu sou o Caminho a verdade e a Vida (Jo 14,6) , e procuraram traçar em
comunhão linhas comuns para prosseguir a nova evangelização em nível regional.
2. Eles expressam junto com o Papa Bento XVI que o patrimônio mais valioso da cultura de nossos povos é ‘ a fé em Deus amor'. Reconhecem com humildade as luzes e as sombras que há na vida crista e na ação eclesial. Querem iniciar uma nova etapa pastora,l nas atuais circunstancias históricas, marcada por um forte ardor apostólico e um maior compromisso missionário para propor o evangelho de Cristo como caminho à verdadeira vida que Deus oferece aos homens. Em diálogo com todos os cristãos e a serviço de todos os homens, assumem ‘a grande tarefa de custodiar e alimentar a fé do Povo de Deus, e recordar também aos fiéis deste continente que em virtude do seu batismo estão chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo' (Bento XVI, discurso inaugural,3). Eles se propuseram a renovar as comunidades eclesiais e as estruturas pastorais para encontrar as mediações da transmissão da fé em Cristo como fonte de uma vida plena e digna para todos, para que a fé, a esperança e o amor renovem a existência das pessoas e transformem as culturas dos povos.
3.Neste contexto e com esse espírito, oferecem suas conclusões abertas no Documento Final . O texto tem três grandes partes que seguem o método de reflexão teológico-pastoral ‘ver, julgar, agir'. Assim, olha-se a realidade com os olhos iluminados pela fé e um coração cheio de amor, proclama com alegria o Evangelho de Jesus Cristo para iluminar a meta e o caminho da vida humana, e busca, mediante um discernimento comunitário aberto ao sopro do Espírito Santo, linhas comuns de uma ação realmente missionária, que ponha todo o Povo de Deus num estado permanente de missão. Esse esquema tripartite está alinhavado por um fio condutor em torno à vida, em especial a vida em Cristo, e está tecido transversalmente pelas palavras de Jesus, o Bom Pastor: ‘ Eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham em abundância'. (Jo 10,10)
4.A primeira parte se intitula A vida de nossos povos. Ai se considera, brevemente, o sujeito que olha a realidade e que bem diz a Deus por todos os dons recebidos, em especial, pela graça, a fé que o fez seguidor de Jesus e pela alegria de participar da missão eclesial. Esse primeiro capitulo, que tem o tom de um hino de louvor e ação de graças, denomina-se Os discípulos missionários . Imediatamente segue o capitulo segundo, o maior desta parte, intitulado Olhar dos discípulos missionários sobre a realidade . Como um olhar teologal e pastoral, considera, com acuidade, as grande mudanças que estão sucedendo em nosso continente e no mundo, e que interpelam a evangelização. Analisam-se vários processos históricos complexos e em curso nos níveis sócio-cultural, econômico, sócio-politico, étnico e ecológico, e se discernem grandes desafios como a globalização, a injustiça estrutural, a crise na transmissão da fé e outros. Aí se postulam muitas realidades que afetam a vida cotidiana de nossos povos. Nesse contexto, considera a difícil situação de nossa Igreja nesta hora de desafios, fazendo um balanço de sinais positivos e negativos .
5. A segunda parte , a partir do olhar sobre o hoje da América Latina e o Caribe, entra no núcleo do tema. Seu titulo é A vida de Jesus Cristo nos discípulos missionários. Indica a beleza da fé em Jesus Cristo como fonte de vida para os homens e as mulheres que se unem a Ele e percorrem o caminho do discipulado missionário. Aqui, tomando como eixo a vida que Cristo nos trouxe, são tratadas, em quatro capítulos sucessivos, grandes dimensões inter-relacionadas que concernem aos cristãos como discípulos missionários de Jesus Cristo. A alegria de ser chamado para anunciar o evangelho com todas as suas repercussões como ‘Boa noticia' na pessoa e na sociedade (cap 3); a vocação à santidade que recebemos os que seguimos a Jesus ao ser configurados com Ele e animados pelo Espírito Santo (cap 4); a comunhão de todo o Povo de Deus e de todos no Povo de Deus, contemplando a partir da perspectiva de discípula e missionária os distintos membros da Igreja com suas vocações especificas, e o diálogo ecumênico, o vínculo com o judaísmo e o diálogo inter-religioso (cap 5); Finalmente, se aborda um itinerário para os discípulos missionários que considera a riqueza espiritual da piedade popular católica, uma espiritualidade trinitária, cristocêntrica e Mariana de estilo comunitário e missionário, e variados processos formativos, com seus critérios e seus lugares segundo os diversos fieis cristãos, prestando especial atenção à iniciação crista, à catequese permanente e à formação pastoral (cap 6). Aqui se encontra uma das novidades do documento que busca revitalizar a vida dos batizados para que permaneçam e caminhem no seguimento de Jesus.
6. A terceira parte entra plenamente na missão atual da Igreja Latino-americana e Caribenha. Conforme o tema, está formulada com o título A vida de Jesus Cristo para nossos povos. Sem perder o discernimento da realidade nem os fundamentos teológicos, aqui se consideram as principais ações pastorais com um dinamismo missionário. Num núcleo decisivo do documento, se apresenta a missão dos discípulos missionários a serviço da vida plena, considerando a vida nova que Cristo nos comunica no discipulado e nos chama a comunicar na missão, porque o discipulado e a missão são como as duas faces de uma mesma moeda. Aqui se desenvolve uma grande opção da Conferência: converter a Igreja em uma comunidade mais missionária . Com este fim, se fomenta a conversão pastoral e a renovação missionária das Igrejas Particulares, das comunidades eclesiais e dos organismos pastorais. Aqui se impulsiona uma missão continental que teria por agentes as dioceses e os episcopados (cap. 7). Na seqüência, se analisam alguns âmbitos e algumas prioridades que se quer impulsionar na missão dos discípulos entre nossos povos na aurora do terceiro milênio. Em O Reino de Deus e a promoção da dignidade humana se confirma a opção preferencial pelos pobres e excluídos que se remete a Medellin, a partir do fato de que, em Cristo, Deus se fez pobre para enriquecer-nos com sua pobreza, se reconhecem novos rostos dos pobres (por exemplo, os desempregados, migrantes, abandonados, enfermos e outros) e se promove a justiça e a solidariedade internacional (cap 8). Sob o titulo Família, pessoas e vida, a partir do anúncio da Boa Nova da dignidade infinita de todo ser humano, criado à imagem de Deus e recriado como filho de Deus, se promove uma cultura do amor no matrimonio e na família, e uma cultura do respeito à vida na sociedade; ao mesmo tempo, deseja-se acompanhar pastoralmente as pessoas em suas diferentes condições de criança, jovens e idosos, de mulheres e homens, e se fomenta o cuidado do meio ambiente como casa comum (cap 9).
No último capítulo, intitulado Nossos povos e a cultura , continuando e atualizando as opções de Puebla e de Santo Domingo pela evangelização da cultura e a evangelização inculturada, tratam-se os desafios pastorais da educação e a comunicação, os novos areópagos e os centros de decisão, a pastoral das grandes cidades, a presença dos cristãos na vida publica, especialmente o compromisso político dos leigos por uma cidadania plena na sociedade democrática, a solidariedade com os povos indígenas e afro-descendentes, e uma ação evangelizadora que aponte caminhos de reconciliação, fraternidade e integração entre nossos povos, para formar uma comunidade regional de nações na America Latina e no Caribe (cap 10).
7. Com um tom evangélico e pastoral, uma linguagem direta e propositiva, um espírito interpelante e alentador, um entusiasmo missionário e esperançado, uma busca criativa e realista, o Documento quer renovar em todos os membros da Igreja, convocados a ser discípulos missionários de Cristo, ‘ a doce e confortadora alegria de evangelizar' (EN 80). Remando os barcos e lançando as redes mar a dentro, deseja comunicar o amor do Pai que está no céu e a alegria de ser cristãos a todos os batizados e batizadas, para que proclamem com audácia Jesus Cristo a serviço de uma vida em plenitude para nossos povos. Com as palavras dos discípulos de Emaús e com a oração do Papa em seu discurso inaugural, o Documento conclui com uma prece dirigida a Jesus Cristo: ‘ Fica conosco porque é tarde e o dia declina' (Lc 24,29).
8. Com todos os membros do Povo de Deus que peregrina pela America Latina e Caribe, os discípulos missionários encontram a ternura do amor de Deus refletida no rosto da Virgem Maria. Nossa Mãe querida, a partir do Santuário de Guadalupe, faz sentir a seus filhos pequeninos, que estão sob seu manto, e a partir daqui, em Aparecida, nos convida a deixar as redes para aproximar a todos de seu Filho, Jesus, porque Ele é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida'(Jo 14,6), só Ele tem ‘palavras de vida eterna' (Jo 6,68), e Ele veio para que todos ‘tenham vida e a tenham em abundância' (Jo 10,10).
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DA V CONFERÊNCIA GERAL DO EPISCOPADO DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE
Aparecida, 30/5/2007
1. Os bispos, reunidos na V Conferencia Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, querem impulsionar, com o acontecimento celebrado junto a Nossa Senhora Aparecida no espírito de um novo Pentecostes e com o documento final que resume as conclusões de seu dialogo, uma renovação da ação da Igreja. Todos os seus membros estão chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo, Caminho, Verdade e Vida, para que nossos povos tenham vida Nele. No cominho aberto pelo Concilio Vaticano II e em continuidade criativa com as Conferencias anteriores do Rio de Janeiro, 1955; Medellín, 1968; Puebla, 1979 e Santo Domingo, 1992, refletiram sobre o tema Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos Nele tenham vida. Eu sou o Caminho a verdade e a Vida (Jo 14,6) , e procuraram traçar em
comunhão linhas comuns para prosseguir a nova evangelização em nível regional.
2. Eles expressam junto com o Papa Bento XVI que o patrimônio mais valioso da cultura de nossos povos é ‘ a fé em Deus amor'. Reconhecem com humildade as luzes e as sombras que há na vida crista e na ação eclesial. Querem iniciar uma nova etapa pastora,l nas atuais circunstancias históricas, marcada por um forte ardor apostólico e um maior compromisso missionário para propor o evangelho de Cristo como caminho à verdadeira vida que Deus oferece aos homens. Em diálogo com todos os cristãos e a serviço de todos os homens, assumem ‘a grande tarefa de custodiar e alimentar a fé do Povo de Deus, e recordar também aos fiéis deste continente que em virtude do seu batismo estão chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo' (Bento XVI, discurso inaugural,3). Eles se propuseram a renovar as comunidades eclesiais e as estruturas pastorais para encontrar as mediações da transmissão da fé em Cristo como fonte de uma vida plena e digna para todos, para que a fé, a esperança e o amor renovem a existência das pessoas e transformem as culturas dos povos.
3.Neste contexto e com esse espírito, oferecem suas conclusões abertas no Documento Final . O texto tem três grandes partes que seguem o método de reflexão teológico-pastoral ‘ver, julgar, agir'. Assim, olha-se a realidade com os olhos iluminados pela fé e um coração cheio de amor, proclama com alegria o Evangelho de Jesus Cristo para iluminar a meta e o caminho da vida humana, e busca, mediante um discernimento comunitário aberto ao sopro do Espírito Santo, linhas comuns de uma ação realmente missionária, que ponha todo o Povo de Deus num estado permanente de missão. Esse esquema tripartite está alinhavado por um fio condutor em torno à vida, em especial a vida em Cristo, e está tecido transversalmente pelas palavras de Jesus, o Bom Pastor: ‘ Eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham em abundância'. (Jo 10,10)
4.A primeira parte se intitula A vida de nossos povos. Ai se considera, brevemente, o sujeito que olha a realidade e que bem diz a Deus por todos os dons recebidos, em especial, pela graça, a fé que o fez seguidor de Jesus e pela alegria de participar da missão eclesial. Esse primeiro capitulo, que tem o tom de um hino de louvor e ação de graças, denomina-se Os discípulos missionários . Imediatamente segue o capitulo segundo, o maior desta parte, intitulado Olhar dos discípulos missionários sobre a realidade . Como um olhar teologal e pastoral, considera, com acuidade, as grande mudanças que estão sucedendo em nosso continente e no mundo, e que interpelam a evangelização. Analisam-se vários processos históricos complexos e em curso nos níveis sócio-cultural, econômico, sócio-politico, étnico e ecológico, e se discernem grandes desafios como a globalização, a injustiça estrutural, a crise na transmissão da fé e outros. Aí se postulam muitas realidades que afetam a vida cotidiana de nossos povos. Nesse contexto, considera a difícil situação de nossa Igreja nesta hora de desafios, fazendo um balanço de sinais positivos e negativos .
5. A segunda parte , a partir do olhar sobre o hoje da América Latina e o Caribe, entra no núcleo do tema. Seu titulo é A vida de Jesus Cristo nos discípulos missionários. Indica a beleza da fé em Jesus Cristo como fonte de vida para os homens e as mulheres que se unem a Ele e percorrem o caminho do discipulado missionário. Aqui, tomando como eixo a vida que Cristo nos trouxe, são tratadas, em quatro capítulos sucessivos, grandes dimensões inter-relacionadas que concernem aos cristãos como discípulos missionários de Jesus Cristo. A alegria de ser chamado para anunciar o evangelho com todas as suas repercussões como ‘Boa noticia' na pessoa e na sociedade (cap 3); a vocação à santidade que recebemos os que seguimos a Jesus ao ser configurados com Ele e animados pelo Espírito Santo (cap 4); a comunhão de todo o Povo de Deus e de todos no Povo de Deus, contemplando a partir da perspectiva de discípula e missionária os distintos membros da Igreja com suas vocações especificas, e o diálogo ecumênico, o vínculo com o judaísmo e o diálogo inter-religioso (cap 5); Finalmente, se aborda um itinerário para os discípulos missionários que considera a riqueza espiritual da piedade popular católica, uma espiritualidade trinitária, cristocêntrica e Mariana de estilo comunitário e missionário, e variados processos formativos, com seus critérios e seus lugares segundo os diversos fieis cristãos, prestando especial atenção à iniciação crista, à catequese permanente e à formação pastoral (cap 6). Aqui se encontra uma das novidades do documento que busca revitalizar a vida dos batizados para que permaneçam e caminhem no seguimento de Jesus.
6. A terceira parte entra plenamente na missão atual da Igreja Latino-americana e Caribenha. Conforme o tema, está formulada com o título A vida de Jesus Cristo para nossos povos. Sem perder o discernimento da realidade nem os fundamentos teológicos, aqui se consideram as principais ações pastorais com um dinamismo missionário. Num núcleo decisivo do documento, se apresenta a missão dos discípulos missionários a serviço da vida plena, considerando a vida nova que Cristo nos comunica no discipulado e nos chama a comunicar na missão, porque o discipulado e a missão são como as duas faces de uma mesma moeda. Aqui se desenvolve uma grande opção da Conferência: converter a Igreja em uma comunidade mais missionária . Com este fim, se fomenta a conversão pastoral e a renovação missionária das Igrejas Particulares, das comunidades eclesiais e dos organismos pastorais. Aqui se impulsiona uma missão continental que teria por agentes as dioceses e os episcopados (cap. 7). Na seqüência, se analisam alguns âmbitos e algumas prioridades que se quer impulsionar na missão dos discípulos entre nossos povos na aurora do terceiro milênio. Em O Reino de Deus e a promoção da dignidade humana se confirma a opção preferencial pelos pobres e excluídos que se remete a Medellin, a partir do fato de que, em Cristo, Deus se fez pobre para enriquecer-nos com sua pobreza, se reconhecem novos rostos dos pobres (por exemplo, os desempregados, migrantes, abandonados, enfermos e outros) e se promove a justiça e a solidariedade internacional (cap 8). Sob o titulo Família, pessoas e vida, a partir do anúncio da Boa Nova da dignidade infinita de todo ser humano, criado à imagem de Deus e recriado como filho de Deus, se promove uma cultura do amor no matrimonio e na família, e uma cultura do respeito à vida na sociedade; ao mesmo tempo, deseja-se acompanhar pastoralmente as pessoas em suas diferentes condições de criança, jovens e idosos, de mulheres e homens, e se fomenta o cuidado do meio ambiente como casa comum (cap 9).
No último capítulo, intitulado Nossos povos e a cultura , continuando e atualizando as opções de Puebla e de Santo Domingo pela evangelização da cultura e a evangelização inculturada, tratam-se os desafios pastorais da educação e a comunicação, os novos areópagos e os centros de decisão, a pastoral das grandes cidades, a presença dos cristãos na vida publica, especialmente o compromisso político dos leigos por uma cidadania plena na sociedade democrática, a solidariedade com os povos indígenas e afro-descendentes, e uma ação evangelizadora que aponte caminhos de reconciliação, fraternidade e integração entre nossos povos, para formar uma comunidade regional de nações na America Latina e no Caribe (cap 10).
7. Com um tom evangélico e pastoral, uma linguagem direta e propositiva, um espírito interpelante e alentador, um entusiasmo missionário e esperançado, uma busca criativa e realista, o Documento quer renovar em todos os membros da Igreja, convocados a ser discípulos missionários de Cristo, ‘ a doce e confortadora alegria de evangelizar' (EN 80). Remando os barcos e lançando as redes mar a dentro, deseja comunicar o amor do Pai que está no céu e a alegria de ser cristãos a todos os batizados e batizadas, para que proclamem com audácia Jesus Cristo a serviço de uma vida em plenitude para nossos povos. Com as palavras dos discípulos de Emaús e com a oração do Papa em seu discurso inaugural, o Documento conclui com uma prece dirigida a Jesus Cristo: ‘ Fica conosco porque é tarde e o dia declina' (Lc 24,29).
8. Com todos os membros do Povo de Deus que peregrina pela America Latina e Caribe, os discípulos missionários encontram a ternura do amor de Deus refletida no rosto da Virgem Maria. Nossa Mãe querida, a partir do Santuário de Guadalupe, faz sentir a seus filhos pequeninos, que estão sob seu manto, e a partir daqui, em Aparecida, nos convida a deixar as redes para aproximar a todos de seu Filho, Jesus, porque Ele é ‘o Caminho, a Verdade e a Vida'(Jo 14,6), só Ele tem ‘palavras de vida eterna' (Jo 6,68), e Ele veio para que todos ‘tenham vida e a tenham em abundância' (Jo 10,10).
terça-feira, 24 de julho de 2012
O Dízino
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O QUE O DÍZIMO NÃO É?
O dízimo não é pagamento, taxa ou imposto que se dá à igreja para a ela pertencer ou dela fazer parte.
O QUE É O DÍZIMO?
O dízimo é devolução, contribuição, ato de amor e gesto de partilha. Nós não pagamos o dízimo; nós devolvemos o dízimo, já que tudo o que somos e temos pertence a Deus.
QUEM "INVENTOU" O DÍZIMO?
O dízimo não foi inventado; ele nasceu espontaneamente, como resposta do homem e da mulher à bondade e à misericórdia de Deus.
PODEMOS AFIRMAR QUE POR MEIO DO DÍZIMO NÓS LOUVAMOS E AGRADECEMOS A DEUS?
Sim, o dízimo é um dos modos pelo qual nós, cristãos, manifestamos a nossa gratidão a Deus.
O DÍZIMO É BÍBLICO?
Sim, o dízimo está prescrito na Bíblia (Cf. Gn 14, 18-20; 28, 20-22; Nm 18, 25-32; Dt 12, 6.11.17; Lv 27, 30-33; Dt 14,22-29; Ml 3, 8-10; Tb 1,6-8; Mt 23, 23).
QUEM É DIZIMISTA JÁ ESTÁ SALVO?
Não, o dízimo não compra a salvação, mas quando dado com sinceridade de coração e em espírito de fé, contribui para que a alcancemos.
QUANTO DEVE-SE DAR DE DÍZIMO?
Deve-se dar de dízimo o que mandar o coração e exigir a consciência. Os israelitas davam dez por cento (daí a palavra "dízimo"= décima parte de alguma coisa). Também nós somos convidados a chegar, aos poucos e com o tempo, aos dez por cento.
O CATÓLICO É OBRIGADO, ENTÃO, A CONTRIBUIR COM DEZ POR CENTO?
Não, não é obrigado, e sim convidado. No Brasil, os bispos pedem que os católicos contribuam com, ao menos, dois por cento do que ganham e, à medida que puderem, contribuam com mais, até chegar aos dez por cento.
COMO DEVE PROCEDER QUEM QUER SER DIZIMISTA?
Quem quer ser dizimista deve procurar os responsáveis pelo dízimo de sua comunidade, ou então conversar com o padre, manifestando a eles o desejo de ser inscrito entre os que contribuem com o dízimo. A pessoa encarregada dará, então, as informações complementares de como, quando e onde entregar o dízimo.
O DÍZIMO DEVE SER MENSAL, SEMESTRAL OU ANUAL?
O dízimo, para que funcione de fato numa comunidade, deve ser mensal. Em algumas comunidades, porém, por motivos que lhes são próprios, o dízimo pode ser dado de seis em seis meses, ou até mesmo anualmente. O melhor, contudo, é que seja mensalmente.
QUANTO SE DÁ DE DÍZIMO?
O dízimo deixa de ser dízimo e se torna esmola quando um católico, que tem condições, dá a Deus e a Igreja menos do que gasta num refrigerante ou com um lanche. É triste constatar que alguns católicos (ou muitos?) quando contribuem com migalhas só para tapear a consciência e dizer que são dizimistas.
Ninguém é obrigado a dar de dízimo o que não tem ou não pode dar. O dízimo dos pobres, por menor que seja, deve ser acolhido com muito amor e profunda gratidão (leia Lc 21, 1-4)
Cada um deve dar segundo as suas possibilidades. Quem tem mais dá mais, quem tem menos, dá menos.
OS MEMBROS DAS PASTORAIS, DO CONSELHO PASTORAL, OS CATEQUISTAS E OS MINISTROS ESTÃO DISPENSADOS DO DÍZIMO?
Não, não estão dispensados. Como cristãos conscientes e membros ativos da igreja, devem ser os primeiros a contribuir, tanto por convicção, como para dar testemunho aos demais membros da comunidade.
QUE DESTINAÇÃO É DADA AO DÍZIMO?
O dinheiro arrecadado com o dízimo é investido na própria comunidade. Parte dele vai para a manutenção da igreja, do prédio, do salão e da casa paroquial; outra parte vai para as despesas com o culto (a liturgia), e outra ainda para a formação de agentes pastorais e a assistência e a promoção dos mais pobres.
O dízimo não acaba no bolso do padre. Como já vimos o dízimo é aplicado às necessidades da comunidade. Quanto ao padre, é justo que receba um salário digno. E esse salário, é lógico, deve ser retirado do dízimo. A respeito desse assunto, não deixe de ler o texto esclarecedor de 1Cor 9, 4-14 18.
Na liturgia, o dízimo é usado para a compra de materiais e utensílios litúrgicos (hóstias, cálice, cibórios, velas, folhetos litúrgicos, etc) e nas pastorais e utilizado tanto na aquisição de material (giz, bíblias, livros, etc), com a formação dos próprios catequistas.
Os mais carentes são ajudados pelo dízimo de duas maneiras: pela assistência (doação em dinheiro, compra de medicamentos, etc) e pela promoção (realização de cursos de alimentação alternativa, medicação caseira, educação política, etc). Quando um carente é ajudado e promovido, é toda a comunidade dizimista que o ajuda e promove.
O DÍZIMO FACILITA A FORMAÇÃO DE LÍDERES E AGENTES DE PASTORAL?
Sim! O dízimo, numa comunidade consciente e organizada, faz com que a mesma não invista só em construções, mas também se preocupe com a formação de seus líderes e agentes pastorais.
PODE-SE OFERECER BENS EM LUGAR DE DINHEIRO?
Sim, pode-se oferecer bens em lugar de dinheiro. É aconselhável, contudo, que o dízimo seja oferecido em dinheiro, tendo assim a sua aplicação facilitada.
QUEM DÁ O DÍZIMO ESTÁ DISPENSADO DAS TAXAS PAROQUAIS?
Sim, quem dá o dízimo está dispensado das taxas paroquiais. Leve-se em conta, porém, que essa dispensa de taxas deve acontecer gradativamente, à medida que o dízimo for sendo implantado e organizado.
Os dizimistas estão dispensados das taxas previstas nos estatutos do dízimo de cada diocese e paróquia. Se estes estatutos ainda não existem, proceda-se de acordo com o que for combinado entre padre(s) e Equipe de Dízimo.
VERDADE QUE PARTE DO DÍZIMO DE CADA COMUNIDADE VAI PARA A DIOCESE?
Sim, é verdade. Esta contribuição das paróquias com a diocese é, quase sempre, investida na formação dos futuros padres (seminaristas).
E AS COMUNIDADES (CAPELAS) QUANTO DEVEM REPASSAR PARA A MATRIZ?
As comunidades devem repassar para a paróquia o que estiver previsto no Estatuto Diocesano do Dízimo. No caso deste estatuto ainda não ter sido confeccionado, leve-se em conta o que ficar acertado entre padre(s) e comunidades (capelas).
AS OFERTAS CONTINUAM MESMO DEPOIS DA IMPLANTAÇÃO DO DÍZIMO?
Sim, continuam, além do compromisso mensal com o dízimo, os católicos têm o direito de fazer ofertas espontâneas, sejam na missa ou culto, seja por ocasião da recepção de sacramentos e sacramentais.
EM QUE SENTIDO A BÍBLIA AFIRMA QUE O DÍZIMO É UMA VERDADEIRA FONTE DE BÊNÇÃO?
A Bíblia diz que quanto mais uma pessoa é generosa e abre mão e o coração para partilhar, tanto mais recebe as bênçãos de Deus (leia Ml 3, 8-12). O coração do egoísta é fechado para dar e, em conseqüência, também fechado para receber. Só quem é generoso, e não tem medo de dividir o que possui, é que está de fato aberto par acolher os benefícios de Deus.
Que diz a Bíblia sobre o Dízimo
A palavra Dízimo é encontrada pela primeira vez em Gênesis 14-18-20; "Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote de Deus Altíssimo, mandou trazer pão e vinho, e abençoou Abrão, dizendo: Bendito seja o Deus Altíssimo que entregou os teus inimigos em tuas mãos! " E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo".
Abrão oferece a Deus 10% de todos os seus bens, em agradecimentos pela assist6encia de Deus nas lutas contra os inimigos.Dízimo deve brotar da gratidão, do reconhecimento de que Deus é o Senhor de tudo. Se tenho é porque Ele me deu.
Dízimo: Vamos analisar, ao longo de toda a Bíblia, o significado exato desta palavra e suas exigências em sentido litúrgico (relação com Deus) e comunitário (deveres com os irmãos).
Heb. 7,4:
• "Considerai, pois quão grande é aquele a quem até o patriarca Abraão deu ao dízimo dos seus mais ricos espólios".
Comentário;
• Abraão, nosso pai na fé, pagou o dízimo. Quem de nós pode se auto-isentar?
Deut. 14, 22-26: O QUE É DÍZIMO?
‘Porás à parte o dízimo de todo o fruto de tuas semeaduras, de tudo o que teu campo produzir cada ano. Comerás na presença do Senhor, teu Deus, no lugar que ele tiver escolhido para nele residir o seu nome, o dízimo de teu trigo, de teu vinho, e de teu óleo, bem como os primogênitos de teu rebanho grande e miúdo, para que aprendas a temer o Senhor para sempre.
Mas se for muito longo o caminho, de modo que não o possas transportar – porque o lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus, para nele residir o seu nome é afastado demais, e ele te acumulou de muitos bens – venderás o dízimo e, levando o dinheiro (desta venda) em tuas mãos, irás ao lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus. Comprarás ali com esse dinheiro tudo o que te aprouver, bois, ovelhas, vinho, bebidas fermentadas, tudo o que desejares,, e comerás tudo isso em presença do Senhor teu Deus, alegrando-te com tua família".
" PORÁS À PARTE O DÍZIMO DE TODO O FRUTO DE TUAS SEMEADURAS, DE TUDO O QUE TEU CAMPO PRODUZIR CADA ANO".
Comentário:
• É o dízimo destinado à peregrinação (à casa do Senhor) a cada três anos. É um dízimo com um fim especifico: uma finalidade absolutamente espiritual. Deus exige o dízimo e os primogênitos.
Deut. 14, 27-29:
• "Não negligenciarás o levita que vive dentro dos teus muros, porque ele não recebeu, como tu partilha nem herança. No fim de três anos porás de lado todos os dízimos da colheita desse (terceiro) ano, e depô-los-ás dentro de tua cidade para que o levita que não tem como tu partilha nem herança, o estrangeiro, o órfão e a viúva que se encontram em teus muros possam comer à sociedade, e que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as obras de tuas mãos".
Comentário:
• Que promessas extraordinária Nosso trabalho, nossos empreendimentos dão resultado porque são abençoados. E são abençoados quando partilhemos o Dízimo como que, por uma razão ou outra, não podem prover seu sustento.
Não pode ser esquecido o agente da pastoral que se dedica à evangelização, seja ele padre, diácono, irmã ou leigo.
Quantas pessoas doentes, idosas, crianças abandonadas, adultos desempregados passando necessidades por causa de um sistema injusto de distribuição da renda em todos os países, mesmo assim permanece o meu compromisso de partilhar, porque é um assunto que se relaciona com Deus e não com as pessoas.
Deut. 12, 11-14: 14-28:
Então, ao lugar que o Senhor, vosso Deus, escolheu para estabelecer nele o seu nome, ali levareis todas as coisas que vos ordeno: vossos holocaustos, vossos sacrifícios, vossos dízimos, vossas primícias e todas as ofertas escolhidas que tiverdes prometido por voto ao Senhor".
"Guarda-te de oferecer os teus holocaustos em qualquer lugar; oferecê-los as unicamente no lugar que o Senhor escolher em uma de suas tribos, e é ali que oferecerás teus holocaustos e farás tudo que te ordeno".
Comentário:
• O dízimo deve ser levado à comunidade onde vivo, de que participo e onde celebro a fé. Eu não posso administrar o Dízimo, que a mão esquerda não saiba o que deu a direita. (Mt. 6-3).
Fazer uma cesta de alimentos e dar aos pobres é caridade e não Dízimo.
É muito importante canalizar os esforços e a generosidade dentro da comunidade cristã.
Heb. 7,5:
• "Os filhos de Levi, revestidos do sacerdócio, na qualidade de filhos de Abraão, têm por missão receber o dízimo legal do povo, isto é, de seus irmãos".
Comentário:
• A equipe, com a participação do padre, deve receber o Dízimo e ajudar a Comissão da Comunidade, como os filhos de Levi ajudavam os sacerdotes no templo, naquela época.
Deut. 26, 12-13:
"Quando tiveres acabado de separar o dízimo de todos os teus produtos no terceiro ano que é o ano do dízimo, e tiveres distribuído ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que tenham em tua cidade de que comer com fartura, dirás em presença do Senhor, teu Deus: Tirei de minha casa o que era consagrado para dar ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, como me ordenaste: não transgredi nem omiti nenhum dos vossos mandamentos".
Comentário:
• O dízimo estabelece um principio de fidelidade entre a criatura e seu criador.
Num. 18, 26-28:
• "Dirás aos levitas: quando receberdes dos israelitas o dízimo que vos dei de seus bens por herança, tornareis deles uma oferta para o Senhor, o dízimo dos dízimos. Esta reserva será como o trigo tornado na eira e como o vinho tomado do lagar. Desse modo, fareis também vós uma reserva devida ao Senhor de todos os dizimos que receberdes dos israelitas, e esta oferta reservada para o Senhor, vós a entregareis ao sacerdote Aarão".
Comentário:
• Os padres ou agentes de Pastoral têm o direito de receber seus salários. Deste salário devem dar o dízimo.
Em São Paulo cada padre dá 10% de um salário para um fundo comum, para ajudar os padres idosos ou doentes. Que belo exemplo!
1º Cor. 9,4-14:
"Não temos nós, porventura, o direito de comer ou beber?
Acaso não temos trás a direito de deixar que nos acompanhe uma mulher irmã, a exemplo dos outros apóstolos e dos irmãos do Senhor e de Cefás? Ou só eu e Barnabé não temos direito de deixar o trabalho? Quem jamais, vai à guerra à sua custa?
Quem planta uma vinha e não come de seu fruto? Quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
Trata-se, acaso de simples norma entre os homens? Ou a Lei não diz também o mesmo? Na Lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi que debulha (Deut. 25,4) Acaso Deus tem dó dos bois? Não é na realidade, em atenção a nós que ele diz isto? Sim! É por nós que esta escrito. Quem trabalha deve trabalhar com esperança e igualmente quem debulha deve debulhar com esperanças de receber sua parte. Se entre vós semeamos bens espirituais, será, porventura, demasiada exigência colhermos de vossos bens materiais? Se outros arrogam este direito sobre vós, não o temos muito mais?
Entretanto, não temos feito uso deste direito: sofremos tudo para não pôr obstáculo algum ao Evangelho de Cristo. Não sabeis que os ministros do culto vivem do culto, e que os que servem ao altar participam do altar? Assim também ordenou o Senhor que os que anunciam o Evangelho vivam do Evangelho".
‘O PRÓPRIO JESUS PARA NÃO ESCANDALIZAR, PAGOU TRIBUTO"
Comentário:
• Muitos padres não recebem seu salário, seu sustento digno. É dever grave da comunidade cuidar do sustento de seus agente de pastoral.
É direito daquele que prega o Evangelho viver do Evangelho. Este é um aspecto pouco reconhecido entre nós, cristãos de hoje. Fomos envenenados pela idéia de que a igreja é rica. Uma maneira fácil, cômoda, de nos omitir. Até quando?
Eis ai também o direito do trabalhador, de participar daquilo que produz. Tanto o padre, como as irmãs ou os agentes da Pastoral adquirem o direito de participar das ofertas e do dízimo na medida em que se dedicam à comunidade.
Mat. 22, 15-21:
"Reuniram-se, então, os fariseus para deliberar entre si sobre a maneira de surpreender Jesus nas suas próprias palavras.
Enviaram seus discípulas com os herodianos, que lhe disseram: "Mestre, sabemos que és verdadeiro e ensinas o caminho de Deus em toda a verdade, sem te preocupares de ninguém, porque não olhas para a aparência dos homens.
Dize-nos, pois o que te parecer: é permitido ou não pagar o imposto a César?" Jesus, percebendo a sua malícia respondeu que se pago imposto". Apresentaram-lhe um denário. Perguntou Jesus: "De quem é esta imagem e esta inscrição? "De César"- responderam-lhe. Disse-lhe então Jesus: "Daí, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".
Comentário:
• Imposto paga-se o devido; a Deus, oferece-se conforme manda o coração. No antigo Testamento o dízimo era obrigatório só para atender determinada necessidade. A quantia era determinada pelas autoridades, tipo imposto.
Quando é Deus que pede, a oferta é conforme manda o coração.
Supõe-se aqui um coração conscientizado que conhece seus deveres, que conhece as necessidades da paróquia e corresponde por amor, por justiça.
Gen. 28,20:
"Jacó fez então este voto: Se Deus for comigo, se ele me guarda durante esta viagem que empreendi, e me der pão para comer e roupa para vestir, e me fizer voltar em paz à casa paterna, então o Senhor será o meu Deus. Esta pedra da qual fiz uma estrela será uma casa de Deus e pagarei o dízimo de tudo o que me deres".
Comentário:
• Jacó fez o voto de dar o dízimo de tudo aquilo que Deus lhe daria Se Deus o atendesse, ele lhe daria 10% e o reconheceria como Deus. Caso contrário...
Deus o atendeu e Jacó cumpriu sua promessa.
Não tenha medo de pedir e ser fiel.
Lev. 27, 30-31:
"Todos os dízimos da terra tomados da semente do solo ou dos frutos das árvores são propriedade do Senhor: é uma coisa consagrada ao Senhor. Todos os dízimos do gado maior e menor, os dízimos do que passa sob o cajado do pastor, o décimo (animal) será consagrado ao Senhor".
Comentário:
• O dízimo é propriedade do Senhor. Esta é a passagem mais explícita da Bíblia sobre a obrigatoriedade do dízimo. Imagem no quintal de nossa casa uma laranjeira com dez laranjas.
Tob. 1,6-7:
"Dirigia-se ao templo do Senhor Deus de Israel, oferecendo fielmente as primícias e os dízimos de todos os seus bens. De três em três anos, dava ao prosélitos e aos estrangeiros todo o seu dízimo".
Comentário:
Tobit foi sempre um homem bom, e fiel e temente a Deus, e por isso protegido por Ele.
Mt. 23,23:
"Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do caminho e desprezais os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante".
Luc. 11,42:
"Aí de vós fariseus que pagais o dízimo da hortelã, da arruda e de diversas ervas, e desprezais a justiça e o amor de Deus. No entanto, era necessário praticar estas coisas, sem contudo deixar de fazer aquelas outras coisas".
Comentário:
O fato de pagarmos o dízimo não nos autoriza a sermos injustos e exploradores.
É necessário dar ofertas, é mais necessário praticar a justiça.
O dízimo me torna fiel e justo para com Deus. Mas deve tornar-me fiel e justo com meus irmãos, lutando contra a opressão e as injustiças.
Nove eu posso apanhar, chupar, vender, dar. Posso fazer aquilo que eu quero. Uma pertence à Deus. É o dízimo. Mas Deus me dá liberdade. Deixa-me livre. Eu posso apanhar ou não aquela laranja consagrada a Ele. Mas se uso mal a liberdade e a apanho e chupo, estou comendo a semente. Se como a semente não planto, se não planto, não posso colher.
Mat. 3,8-9:
"Pode o homem enganar seu Deus? Por que procurais enganar-me? E ainda perguntais: Em que vos temos enganado? No pagamento dos dízimos e nas ofertas. Fostes atingido pela maldição, e vós, nação inteira, procurais enganar-me".
Comentário:
• O Dízimo é algo importante e sério.
Ficar com o que é dos outros é roubo.
Será que conseguiremos enganar a Deus? Basta olhar a realidade do mundo e ao nosso redor para compreendermos a seriedade deste texto. Mas, de outro lado, o texto seguinte expressa a vontade de Deus e a sua disponibilidade de abençoar aquele que é fiel.
Mat. 3,10 e 11:
"Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência, diz o Senhor dos exércitos, e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha benção sobre vós muito além do necessário".
Comentário:
• Aqui está o verdadeiro sentido do Dízimo. Deus pede o Dízimo e diz para quê. Não pode faltar nada na casa de ninguém. E o direito de todos participarem de tudo o que precisam para uma vida feliz e digna. Nós mesmos somos a casa onde Deus que fazer morada. Esta morada tem que ser digna. Dízimo, dízimo mesmo como sinal de partilha, garante esta dignidade.
"Tesouro do templo" lugar onde eram depositadas as ofertas, os dízimos que as pessoas traziam. Seriam uma espécie de depósito que funcionava numa sala junto ao templo.
Vemos aqui o Criador prometer suas bênçãos. Não é o homem que impõe condições como fez Jacó, e sim o Senhor oferecendo bondosamente propondo uma experiência. "A prata e o ouro me pertencem, diz o Senhor." ( Ageu 2,8).
A evangelização da Partilha
No objetivo de aprofundar o sentido da dimensão da partilha (dízimos, ofertas e esmolas) e suas abrangências, iremos refletir o referido tema em dois tópicos: O primeiro com diretrizes, importância e necessidades especificas do dízimo. Na segunda reflexão como frutos da experiência dos trabalhos pastorais, aparecerão sugestões e algumas maneiras práticas de evangelização.
“OFERTAI O DÍZIMO, SEGUNDO O COSTUME”: É o quinto mandamento da nossa Igreja. O dízimo está contido na Bíblia de Gênese a Apocalipse. O dízimo foi instituído nos primórdios da história sagrada. Encontra-se na Lei de Deus acerca de 1300 antes de Cristo. O dízimo é um compromisso com Deus, a Igreja e os pobres. É a fé do cristão sacramentada como sinais de compromisso, gratidão e fidelidade ao Reino. O dízimo deve ser levado MENSALMENTE ao Templo ou nas celebrações do dízimo. Foi praticado pelos cristãos na Igreja primitiva e Jesus o recomendou como prática aceitável (Mt 23,23).
PONTOS ESSENCIAIS: A evangelização do dízimo é de todos e não apenas da pastoral do dízimo. A Igreja, o sacerdote, os fiéis, os cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; são responsáveis pela evangelização.
1 - A IGREJA: Como missionária, deve anunciar, conscientizar e evangelizar os fiéis sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo e o que representa o dízimo nas obras do Reino de Deus.
2 - O SACERDOTE: Ser o orientador espiritual e responsável por todo trabalho pastoral. Evangelizar e conscientizar os cristãos sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo. Para fortalecer e testemunhar a partilha e o trabalho, ser o dizimista número um da Paróquia. Receber os dízimos dos fiéis, para a Igreja (Heb 7,5).
3 - OS DIZIMISTAS: Serem conscientizados do compromisso, necessidade, importância e dimensões do dízimo na Igreja. Colaborar na sua evangelização, pelas experiências e testemunhos. Fazer a experiência (Mal 3,10), buscando á fidelidade ao Senhor. Devolver o dízimo em atitude de fé, amor, gratidão, compromisso e obediência a Palavra de Deus. Jamais ofertar o dízimo pôr interesse “uso da Paróquia”. Ex: batizar, casar, etc (I Tim 6,9).
4 - RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE PASTORAL: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Zelar por sua evangelização.
5 - RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE FINANÇAS: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Efetuar balancetes e demonstrativos mensais do dízimo. Conhecer as dimensões do dízimo. O mesmo deve ser utilizado na manutenção da Paróquia/Comunidade (Ne 10,33-40); ajuda a outras comunidades, ao Bispado, ao Seminário, além do sustento do sacerdote (I Cor 9,13-14 – Lc 10,7 – I Tim 5,7) e ajuda aos necessitados (Dt 14,29 - Mt 25,31-46). Sua aplicação, deve ser em torno disso!
6 - DIMENSÕES DO DÍZIMO: O dízimo deve ser visto na Igreja, não como uma pastoral, movimento ou grupo, mas sim como compromisso do cristão, com as obras do Reino de Deus. “É a Igreja em si”. Tem a finalidade de atender ás dimensões Social, Missionária e Religiosa, para o qual foi instituído pôr Deus, gerando naturalmente o sinal da “PARTILHA”. Fruto disso, brota a fé, o amor, justiça, caridade, fraternidade e solidariedade, entre os irmãos e na comunidade.
7 – A DIMENSÃO DA PARTILHA NO TERCEIRO MILÊNIO: “Dízimos, Ofertas e Esmolas”
Além do Dízimo, a décima que devemos devolver ao Senhor (Ex 25,1-9 - Lev 27,32 - Num 15,1-4 - I Sam 8,15-17), a dimensão da PARTILHA se constituem também das OFERTAS E ESMOLAS.
Oferta : é um presente de forma espontânea que se dá a Deus (Lc 21,1-4). Deve vir do coração. As ofertas devem ser levadas à Igreja e ofertadas durante o ofertório das celebrações e missas. As ofertas especiais também devem ser levadas a IgrejaEsmola : Quem der ao pobre não passará necessidade, mas quem fecha os olhos aos pobres, ficará cheio de maldições (Prov. 28,27). Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará pôr ti a fim de te preservar de todo o mal (Eclo 29,15). Podemos imaginar que as “ditas” expressões “Deus lhe pague - Deus ti abençoe”, são respostas de Deus quando ajudamos os irmãos necessitados.
Deus não precisa das nossas coisas e de dinheiro, mas nos educa dia a dia ao exercício da fé, prática do amor, fraternidade, justiça e partilha. Deus, não precisa do dízimo, mas os irmãos, a Igreja, a comunidade, sim: “Irmãos que se amam se ajudam – um por todos, todos por um”.
O trabalho missionário do dízimo nos leva a vocação, um chamado para servir a Cristo e ao próximo. Um dom onde se exercita o anúncio da Palavra e a sabedoria de Deus, a fé, o amor, a oração, a partilha, o compromisso, a fidelidade, o companheirismo, a adoração, o testemunho, o reconhecimento e a obediência da criatura com o Criador.
Jesus disse: Ide por todo o mundo pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15). Que Ele nos ensine a anunciar, evangelizar o DÍZIMO e a dimensão da partilha, como sinais de fé, amor e fraternidade. E, que tudo isso seja para a Honra e Glória do Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje e sempre. Amém!
Além de vários estudos e reflexões sobre o dízimo, a XIII Assembléia Geral da CNBB (São Paulo, 1973) e XIV Assembléia Geral (Itaici, 1974) discutiram o assunto e, nas decisões finais da XIV Assembléia, foram redigidos 06 pontos básicos para a implantação do dízimo em todas as Igrejas particulares:
1. Todas as Igrejas particulares do Brasil devem ter como meta à implantação do dízimo, como sistema de contribuição sistemática e periódica, que substitua progressivamente o sistema de taxas;
2. Haja um intenso trabalho de conscientização do povo e dos agentes de pastoral e progressiva organização do sistema a nível diocesano, paroquial e de base;
3. As Igrejas, dentro de uma mesma regional, devem prestar mútua ajuda, fazendo circular as várias experiências;
4. Os regionais cuidem da elaboração de subsídios, onde eles forem necessários e pedidos pelas Igrejas Particulares;
5. Os organismos nacionais prestem aos regionais a devida assessoria;
6. Cada Igreja Particular fixará a data a partir da qual será obrigatória a implantação do sistema.
A partir daí, as Igrejas particulares têm apresentado e divulgado várias experiências, métodos e sistemas, servindo de sugestão às paróquias e comunidades, em especial àquelas que ainda não possuem o dízimo implantado.
Portanto, o nosso objetivo a seguir é oferecer algumas sugestões e subsídios que visam melhorar as condições das atividades do trabalho missionário do dízimo.Tais subsídios, são frutos da experiência de trabalhos paroquiais e diocesano do dízimo.
EVANGELIZAÇÃO DO DÍZIMO – NÍVEL PAROQUIAL
- Implantar ou fortalecer sob renovado ardor o trabalho missionário e pastoral do dízimo.
- O dízimo deve ser visto com uma catequese e não como uma forma de arrecadar dinheiro para a Igreja.
- Realizar missas ou celebrações do dízimo na Paróquia, Capelas e/ou setores.
- O dízimo sendo doado nas missas aos finais de semana, há plantão das equipes da pastoral do dízimo.
- A equipe da pastoral do dízimo ou dos setores, deve acolher todos os dizimistas ou não dizimistas.
- Na missa, a introdução inicial e a mensagem final, podem ser voltadas ao dízimo.
- Relacionar e ler os nomes dos dizimistas do mês.
- Na medida do possível mudar uma das leituras do folheto (2ª) por outro texto bíblico alusivo ao Dízimo. Paralelo a liturgia do dia, utilizar-se também de folhetos de liturgia do dízimo.
- Os próprios dizimistas fazem as leituras do dia e a oração da comunidade.
- Na oração da assembléia, acrescentam-se duas preces aos dizimistas.
- Os dizimistas se possível, participarem da procissão do Ofertório.
- Promover dinâmicas e encenar peças de teatro sobre o dízimo e apresentar nas missas/celebrações.
- Cantar parabéns para os aniversariantes dizimistas ou não.
- O sacerdote deve abençoar os dizimistas presentes ou não. - Em seguida também abençoar os não dizimistas. O momento especial da benção, pode ser feito após a comunhão.
- O dízimo doado na missa/celebração, deve ser levado ao altar e abençoado pelos fiéis.
- Ao final da missa/celebração entregar mensagens aos dizimistas ou distribuir panfletos sobre o dízimo.
- Instituir a missa do DOMINGO DO DIZIMISTA. Ela deve ser em ação de graça em especial aos dizimistas (1o. ou 2o. DOMINGO). Neste domingo em especial a Homilia deve ser em torno da partilha e do dízimo.
- Instituir também na Paróquia e Capelas o DOMINGO DA CARIDADE (1o. ou 2o. DOMINGO). Neste diz os fiéis são convidados a trazerem alimentos e no momento do ofertório levarem ao altar. Com essas doações serão feitas cestas básicas, para o trabalho social.
Obs: Como sugestão, se a missa do DOMINGO DO DIZIMISTA for no primeiro domingo, o DOMINGO DA CARIDADE será no segundo e assim vice-versa
- Instituir ainda na Paróquia o DÍZIMO MIRIM com a participação das crianças em ofertório especial para elas. O dízimo mirim teve ter sua extensão em encontros da Catequese.
- Confecção de adesivos e carimbos com frases relativo ao dízimo, para distribuir aos dizimistas.
- Colocar flâmulas; faixas, cartazes, folder e baner no ambiente interno da Igreja e Capelas e em pontos estratégicos da cidade.
- Confeccionar um painel com os nomes dos dizimistas aniversariantes do mês. Este painel também pode ser substituído por uma arvore, onde serão colocados os nomes dos aniversariantes. Inserir os nomes dos aniversariantes no Jornal Paroquial.
- Evangelizar o dízimo nos movimentos, grupos, etc. A divulgação pode ser feita através de visitas aos grupos, pastorais e movimentos.
- Manter uma equipe perseverante na pastoral do dízimo com a participação de pelo menos duas pessoas por setor, comunidade, grupos, serviços, movimentos e pastorais. Deve ser uma equipe atuante. No caso de setores, os mesmos devem possuir sua equipe própria (coordenador (es), auxiliar (es), etc).
- Manter um calendário e realizar encontros para aprofundamento do dízimo.
- Possuir e manter um cadastro atualizado de todos os dizimistas. Se possível de todos os fiéis da Paróquia
- Realizar a reunião da partilha e fazer o balancete com a arrecadação e os gastos que são divulgados no Jornal da Paróquia e/ou expostos no Mural da Igreja.
- Na medida da conscientização, a Paróquia deve eliminar as taxas de missas, batizados, casamentos, etc
- Inserir mensagens do dízimo nos murais da Paróquia e Capelas.
- Inserir mensagens do dízimo no Jornal Paroquial e/ou Diocesano.
- Evangelizar o dízimo em programas de rádios, emissoras de tv´s, internet, etc;
EVANGELIZAÇÃO DO DÍZIMO – NÍVEL SETORIAL
- Dia a dia celebrar a vida e vivenciar com os irmãos o sentido de se viver em pequenas comunidades “Igreja no meio do povo, nas casas (presença do pastor e do povo)” (Atos 2,42-47).
- Dia a dia evangelizar o dízimo sob renovado ardor missionário.
- Distribuir convites nas residências nos setores.
- Convidar e alternar sempre os celebrantes do dízimo.
- No dia da celebração acolher os dizimistas e os novos dizimistas.
- Realizar as celebrações mensais, com folheto de liturgia própria do dízimo.
- O local para a oferta do dízimo deve ser alegre, acolhedor, bem ornamentado com dizeres referentes a ele.
- Na celebração os próprios dizimistas fazem as leituras e a oração da comunidade.
- Periodicamente podem ser projetados filmes sobre o dízimo, para o setor.
- Durante a celebração cantar parabéns pelos aniversariantes e as pessoas que vieram pela primeira vez.
- Na medida do possível promover a distribuição de Bíblias, camisetas, brindes, através de sorteios, etc.
- Após cada celebração a equipe do setor deve se reunir para uma avaliação da celebração,
- A equipe também deve se reunir ocasionalmente para fazer avaliação do trabalho que vem sendo realizado e organizar novas atividades, incentivando e aprofundando o dízimo com a leitura de livros,etc.
- Dia a dia promover visitas as residências do setor. É preciso recuperar o contribuinte afastado por meio de visitas e cartas, procurando conscientiza-lo da importância de ser dizimista para que a nossa Igreja cresça. Essa visita busca também novos moradores do setor, além de visitas aos doentes, pessoas com problemas, etc.
- Em cada aniversário, o aniversariante recebe na sua casa um cartão de felicitações pelo correio, ou a equipe vai leva-lo pessoalmente.
- O padre ou a equipe pode telefonar para o aniversariante no dia do seu aniversário.
- A equipe do setor ou do dízimo também faz a entrega de uma mensagem de felicitações na Páscoa, dia da Mães, Namorados, Pais, etc.
- Por ocasião do nascimento de crianças no setor, a família recebe um cartão de acolhida do recém nascido.
- No final do ano, os dizimistas são presenteados com um calendário (folhinha) e outros brindes. A equipe do Setor ou do dízimo entrega ainda um cartão de felicitações pela passagem do Natal e Ano Novo nos próprios setores ou no término das missas do final do ano, para os dizimistas e não dizimistas.
- Por ocasião do falecimento de dizimistas, a família recebe um cartão de Condolências.
- Sendo a Rede de Comunidades uma prioridade da Diocese, as equipes devem realizar nelas um trabalho de conscientização, enfatizando a sua importância e a importância do dízimo, além de realizar ainda a descentralização do Paróquia e dízimo nas pequenas comunidades.
- Realização de encontros semanais com realização de terços, novenas, formação, cursos e estudos sobre os subsídios da Diocese. Em datas especificas, benção nas casas.
- Colher sugestões dos dizimistas e testemunhos espontâneos, que depois são publicados no Jornal da Paróquia.
- Manter nomes, datas e endereços atualizados para a correspondência com os dizimistas: cartões de aniversário, convites para celebrações, missas, etc.
- Leitura de mensagens e orações aos dizimistas.
Para que se compreenda o verdadeiro sentido do dízimo, é necessário conhecer o porque e para que ele foi criado pôr Deus: “gerar partilha na humanidade e para a humanidade”.
Na evangelização do dízimo deverá sempre ser levado em consideração o lado espiritual, pois se formos canal disto; o restante será obra do Espírito Santo.
O esclarecimento e a transparência no setor, são muito importante para a caminhada pastoral do dízimo.
A caminhada e perseverança do dízimo leva os cristãos ao serviço das obras do Reino, unidade e busca da santidade. Unindo a isso a nossa Igreja será sempre comunitária, acolhedora, pluralista, carismática, ecumênica, ardente, ativa, viva, popular, despojada, simples, peregrina, missionária e Cristocêntrica, pois Cristo é o Centro de tudo e da nossa vida - “Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jô 14,6)”.
O dízimo deve ser evangelizado a luz da verdade - 10% (Lev 27,32). Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jô 8,32). Contudo sempre falar de um dízimo (10%), em sinal de amor, experiência e de partilha. Esclarecer sempre as diferenças das oferendas (dízimos, ofertas e esmolas). Também dizer o porque das ofertas e as suas dimensões.
O cristão deve sempre partilhar os bens espirituais e materiais, com fé, generosidade, amor e justiça. Assim, o dízimo estabelece sempre uma relação muito forte e intima entre os dizimistas e Deus, que passa a ser um caso de AMOR.
Por isso, que o Deus AMOR e Criador em sua infinita bondade e misericórdia abençoe todos os dizimistas e os não dizimistas. Também abençoe e ilumine a Igreja e todo o trabalho missionário/pastoral do dízimo. E, que tudo seja para sua honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Que o nosso dízimo seja agradável a Ti Senhor, hoje e sempre. Amém!
Paróquia Santa Luzia - Votuporanga/SP
Texto utilizado para evangelização pela Pastoral do Dízimo
A evangelização da Partilha
No objetivo de aprofundar o sentido da dimensão da partilha (dízimos, ofertas e esmolas) e suas abrangências, iremos refletir o referido tema em dois tópicos: O primeiro com diretrizes, importância e necessidades especificas do dízimo. Na segunda reflexão como frutos da experiência dos trabalhos pastorais, aparecerão sugestões e algumas maneiras práticas de evangelização.
“OFERTAI O DÍZIMO, SEGUNDO O COSTUME”: É o quinto mandamento da nossa Igreja. O dízimo está contido na Bíblia de Gênese a Apocalipse. O dízimo foi instituído nos primórdios da história sagrada. Encontra-se na Lei de Deus acerca de 1300 antes de Cristo. O dízimo é um compromisso com Deus, a Igreja e os pobres. É a fé do cristão sacramentada como sinais de compromisso, gratidão e fidelidade ao Reino. O dízimo deve ser levado MENSALMENTE ao Templo ou nas celebrações do dízimo. Foi praticado pelos cristãos na Igreja primitiva e Jesus o recomendou como prática aceitável (Mt 23,23).
PONTOS ESSENCIAIS: A evangelização do dízimo é de todos e não apenas da pastoral do dízimo. A Igreja, o sacerdote, os fiéis, os cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; são responsáveis pela evangelização.
1 - A IGREJA: Como missionária, deve anunciar, conscientizar e evangelizar os fiéis sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo e o que representa o dízimo nas obras do Reino de Deus.
2 - O SACERDOTE: Ser o orientador espiritual e responsável por todo trabalho pastoral. Evangelizar e conscientizar os cristãos sobre a necessidade, importância e dimensões do dízimo. Para fortalecer e testemunhar a partilha e o trabalho, ser o dizimista número um da Paróquia. Receber os dízimos dos fiéis, para a Igreja (Heb 7,5).
3 - OS DIZIMISTAS: Serem conscientizados do compromisso, necessidade, importância e dimensões do dízimo na Igreja. Colaborar na sua evangelização, pelas experiências e testemunhos. Fazer a experiência (Mal 3,10), buscando á fidelidade ao Senhor. Devolver o dízimo em atitude de fé, amor, gratidão, compromisso e obediência a Palavra de Deus. Jamais ofertar o dízimo pôr interesse “uso da Paróquia”. Ex: batizar, casar, etc (I Tim 6,9).
4 - RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE PASTORAL: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Zelar por sua evangelização.
5 - RESPONSABILIDADES DO CONSELHO DE FINANÇAS: Deve colaborar na conscientização dos cristãos, lideres dos setores (pequenas comunidades), pastorais, movimentos, grupos, etc; sobre a real dimensão do dízimo na Igreja. Zelar pelo andamento e transparência do dízimo paroquial. Efetuar balancetes e demonstrativos mensais do dízimo. Conhecer as dimensões do dízimo. O mesmo deve ser utilizado na manutenção da Paróquia/Comunidade (Ne 10,33-40); ajuda a outras comunidades, ao Bispado, ao Seminário, além do sustento do sacerdote (I Cor 9,13-14 – Lc 10,7 – I Tim 5,7) e ajuda aos necessitados (Dt 14,29 - Mt 25,31-46). Sua aplicação, deve ser em torno disso!
6 - DIMENSÕES DO DÍZIMO: O dízimo deve ser visto na Igreja, não como uma pastoral, movimento ou grupo, mas sim como compromisso do cristão, com as obras do Reino de Deus. “É a Igreja em si”. Tem a finalidade de atender ás dimensões Social, Missionária e Religiosa, para o qual foi instituído pôr Deus, gerando naturalmente o sinal da “PARTILHA”. Fruto disso, brota a fé, o amor, justiça, caridade, fraternidade e solidariedade, entre os irmãos e na comunidade.
7 – A DIMENSÃO DA PARTILHA NO TERCEIRO MILÊNIO: “Dízimos, Ofertas e Esmolas”
Além do Dízimo, a décima que devemos devolver ao Senhor (Ex 25,1-9 - Lev 27,32 - Num 15,1-4 - I Sam 8,15-17), a dimensão da PARTILHA se constituem também das OFERTAS E ESMOLAS.
Oferta : é um presente de forma espontânea que se dá a Deus (Lc 21,1-4). Deve vir do coração. As ofertas devem ser levadas à Igreja e ofertadas durante o ofertório das celebrações e missas. As ofertas especiais também devem ser levadas a Igreja
Esmola : Quem der ao pobre não passará necessidade, mas quem fecha os olhos aos pobres, ficará cheio de maldições (Prov. 28,27). Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará pôr ti a fim de te preservar de todo o mal (Eclo 29,15). Podemos imaginar que as “ditas” expressões “Deus lhe pague - Deus ti abençoe”, são respostas de Deus quando ajudamos os irmãos necessitados.
Deus não precisa das nossas coisas e de dinheiro, mas nos educa dia a dia ao exercício da fé, prática do amor, fraternidade, justiça e partilha. Deus, não precisa do dízimo, mas os irmãos, a Igreja, a comunidade, sim: “Irmãos que se amam se ajudam – um por todos, todos por um”.
O trabalho missionário do dízimo nos leva a vocação, um chamado para servir a Cristo e ao próximo. Um dom onde se exercita o anúncio da Palavra e a sabedoria de Deus, a fé, o amor, a oração, a partilha, o compromisso, a fidelidade, o companheirismo, a adoração, o testemunho, o reconhecimento e a obediência da criatura com o Criador.
Jesus disse: Ide por todo o mundo pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15). Que Ele nos ensine a anunciar, evangelizar o DÍZIMO e a dimensão da partilha, como sinais de fé, amor e fraternidade. E, que tudo isso seja para a Honra e Glória do Nosso Senhor Jesus Cristo, hoje e sempre. Amém!
Além de vários estudos e reflexões sobre o dízimo, a XIII Assembléia Geral da CNBB (São Paulo, 1973) e XIV Assembléia Geral (Itaici, 1974) discutiram o assunto e, nas decisões finais da XIV Assembléia, foram redigidos 06 pontos básicos para a implantação do dízimo em todas as Igrejas particulares:
1. Todas as Igrejas particulares do Brasil devem ter como meta à implantação do dízimo, como sistema de contribuição sistemática e periódica, que substitua progressivamente o sistema de taxas;
2. Haja um intenso trabalho de conscientização do povo e dos agentes de pastoral e progressiva organização do sistema a nível diocesano, paroquial e de base;
3. As Igrejas, dentro de uma mesma regional, devem prestar mútua ajuda, fazendo circular as várias experiências;
4. Os regionais cuidem da elaboração de subsídios, onde eles forem necessários e pedidos pelas Igrejas Particulares;
5. Os organismos nacionais prestem aos regionais a devida assessoria;
6. Cada Igreja Particular fixará a data a partir da qual será obrigatória a implantação do sistema.
A partir daí, as Igrejas particulares têm apresentado e divulgado várias experiências, métodos e sistemas, servindo de sugestão às paróquias e comunidades, em especial àquelas que ainda não possuem o dízimo implantado.
Portanto, o nosso objetivo a seguir é oferecer algumas sugestões e subsídios que visam melhorar as condições das atividades do trabalho missionário do dízimo.Tais subsídios, são frutos da experiência de trabalhos paroquiais e diocesano do dízimo.
EVANGELIZAÇÃO DO DÍZIMO – NÍVEL PAROQUIAL
- Implantar ou fortalecer sob renovado ardor o trabalho missionário e pastoral do dízimo.
- O dízimo deve ser visto com uma catequese e não como uma forma de arrecadar dinheiro para a Igreja.
- Realizar missas ou celebrações do dízimo na Paróquia, Capelas e/ou setores.
- O dízimo sendo doado nas missas aos finais de semana, há plantão das equipes da pastoral do dízimo.
- A equipe da pastoral do dízimo ou dos setores, deve acolher todos os dizimistas ou não dizimistas.
- Na missa, a introdução inicial e a mensagem final, podem ser voltadas ao dízimo.
- Relacionar e ler os nomes dos dizimistas do mês.
- Na medida do possível mudar uma das leituras do folheto (2ª) por outro texto bíblico alusivo ao Dízimo. Paralelo a liturgia do dia, utilizar-se também de folhetos de liturgia do dízimo.
- Os próprios dizimistas fazem as leituras do dia e a oração da comunidade.
- Na oração da assembléia, acrescentam-se duas preces aos dizimistas.
- Os dizimistas se possível, participarem da procissão do Ofertório.
- Promover dinâmicas e encenar peças de teatro sobre o dízimo e apresentar nas missas/celebrações.
- Cantar parabéns para os aniversariantes dizimistas ou não.
- O sacerdote deve abençoar os dizimistas presentes ou não.
- Em seguida também abençoar os não dizimistas. O momento especial da benção, pode ser feito após a comunhão.
- O dízimo doado na missa/celebração, deve ser levado ao altar e abençoado pelos fiéis.
- Ao final da missa/celebração entregar mensagens aos dizimistas ou distribuir panfletos sobre o dízimo.
- Instituir a missa do DOMINGO DO DIZIMISTA. Ela deve ser em ação de graça em especial aos dizimistas (1o. ou 2o. DOMINGO). Neste domingo em especial a Homilia deve ser em torno da partilha e do dízimo.
- Instituir também na Paróquia e Capelas o DOMINGO DA CARIDADE (1o. ou 2o. DOMINGO). Neste diz os fiéis são convidados a trazerem alimentos e no momento do ofertório levarem ao altar. Com essas doações serão feitas cestas básicas, para o trabalho social.
Obs: Como sugestão, se a missa do DOMINGO DO DIZIMISTA for no primeiro domingo, o DOMINGO DA CARIDADE será no segundo e assim vice-versa
- Instituir ainda na Paróquia o DÍZIMO MIRIM com a participação das crianças em ofertório
especial para elas. O dízimo mirim teve ter sua extensão em encontros da Catequese.
- Confecção de adesivos e carimbos com frases relativo ao dízimo, para distribuir aos dizimistas.
- Colocar flâmulas; faixas, cartazes, folder e baner no ambiente interno da Igreja e Capelas e em pontos estratégicos da cidade.
- Confeccionar um painel com os nomes dos dizimistas aniversariantes do mês. Este painel também pode ser substituído por uma arvore, onde serão colocados os nomes dos aniversariantes. Inserir os nomes dos aniversariantes no Jornal Paroquial.
- Evangelizar o dízimo nos movimentos, grupos, etc. A divulgação pode ser feita através de visitas aos grupos, pastorais e movimentos.
- Manter uma equipe perseverante na pastoral do dízimo com a participação de pelo menos duas pessoas por setor, comunidade, grupos, serviços, movimentos e pastorais. Deve ser uma equipe atuante. No caso de setores, os mesmos devem possuir sua equipe própria (coordenador (es), auxiliar (es), etc).
- Manter um calendário e realizar encontros para aprofundamento do dízimo.
- Possuir e manter um cadastro atualizado de todos os dizimistas. Se possível de todos os fiéis da Paróquia
- Realizar a reunião da partilha e fazer o balancete com a arrecadação e os gastos que são divulgados no Jornal da Paróquia e/ou expostos no Mural da Igreja.
- Na medida da conscientização, a Paróquia deve eliminar as taxas de missas, batizados, casamentos, etc
- Inserir mensagens do dízimo nos murais da Paróquia e Capelas.
- Inserir mensagens do dízimo no Jornal Paroquial e/ou Diocesano.
- Evangelizar o dízimo em programas de rádios, emissoras de tv´s, internet, etc;
EVANGELIZAÇÃO DO DÍZIMO – NÍVEL SETORIAL
- Dia a dia celebrar a vida e vivenciar com os irmãos o sentido de se viver em pequenas comunidades “Igreja no meio do povo, nas casas (presença do pastor e do povo)” (Atos 2,42-47).
- Dia a dia evangelizar o dízimo sob renovado ardor missionário.
- Distribuir convites nas residências nos setores.
- Convidar e alternar sempre os celebrantes do dízimo.
- No dia da celebração acolher os dizimistas e os novos dizimistas.
- Realizar as celebrações mensais, com folheto de liturgia própria do dízimo.
- O local para a oferta do dízimo deve ser alegre, acolhedor, bem ornamentado com dizeres referentes a ele.
- Na celebração os próprios dizimistas fazem as leituras e a oração da comunidade.
- Periodicamente podem ser projetados filmes sobre o dízimo, para o setor.
- Durante a celebração cantar parabéns pelos aniversariantes e as pessoas que vieram pela primeira vez.
- Na medida do possível promover a distribuição de Bíblias, camisetas, brindes, através de sorteios, etc.
- Após cada celebração a equipe do setor deve se reunir para uma avaliação da celebração,
- A equipe também deve se reunir ocasionalmente para fazer avaliação do trabalho que vem sendo realizado e organizar novas atividades, incentivando e aprofundando o dízimo com a leitura de livros,etc.
- Dia a dia promover visitas as residências do setor. É preciso recuperar o contribuinte afastado por meio de visitas e cartas, procurando conscientiza-lo da importância de ser dizimista para que a nossa Igreja cresça. Essa visita busca também novos moradores do setor, além de visitas aos doentes, pessoas com problemas, etc.
- Em cada aniversário, o aniversariante recebe na sua casa um cartão de felicitações pelo correio, ou a equipe vai leva-lo pessoalmente.
- O padre ou a equipe pode telefonar para o aniversariante no dia do seu aniversário.
- A equipe do setor ou do dízimo também faz a entrega de uma mensagem de felicitações na Páscoa, dia da Mães, Namorados, Pais, etc.
- Por ocasião do nascimento de crianças no setor, a família recebe um cartão de acolhida do recém nascido.
- No final do ano, os dizimistas são presenteados com um calendário (folhinha) e outros brindes. A equipe do Setor ou do dízimo entrega ainda um cartão de felicitações pela passagem do Natal e Ano Novo nos próprios setores ou no término das missas do final do ano, para os dizimistas e não dizimistas.
- Por ocasião do falecimento de dizimistas, a família recebe um cartão de Condolências.
- Sendo a Rede de Comunidades uma prioridade da Diocese, as equipes devem realizar nelas um trabalho de conscientização, enfatizando a sua importância e a importância do dízimo, além de realizar ainda a descentralização do Paróquia e dízimo nas pequenas comunidades.
- Realização de encontros semanais com realização de terços, novenas, formação, cursos e estudos sobre os subsídios da Diocese. Em datas especificas, benção nas casas.
- Colher sugestões dos dizimistas e testemunhos espontâneos, que depois são publicados no Jornal da Paróquia.
- Manter nomes, datas e endereços atualizados para a correspondência com os dizimistas: cartões de aniversário, convites para celebrações, missas, etc.
- Leitura de mensagens e orações aos dizimistas.
Para que se compreenda o verdadeiro sentido do dízimo, é necessário conhecer o porque e para que ele foi criado pôr Deus: “gerar partilha na humanidade e para a humanidade”.
Na evangelização do dízimo deverá sempre ser levado em consideração o lado espiritual, pois se formos canal disto; o restante será obra do Espírito Santo.
O esclarecimento e a transparência no setor, são muito importante para a caminhada pastoral do dízimo.
A caminhada e perseverança do dízimo leva os cristãos ao serviço das obras do Reino, unidade e busca da santidade. Unindo a isso a nossa Igreja será sempre comunitária, acolhedora, pluralista, carismática, ecumênica, ardente, ativa, viva, popular, despojada, simples, peregrina, missionária e Cristocêntrica, pois Cristo é o Centro de tudo e da nossa vida - “Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida (Jô 14,6)”.
O dízimo deve ser evangelizado a luz da verdade - 10% (Lev 27,32). Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jô 8,32). Contudo sempre falar de um dízimo (10%), em sinal de amor, experiência e de partilha. Esclarecer sempre as diferenças das oferendas (dízimos, ofertas e esmolas). Também dizer o porque das ofertas e as suas dimensões.
O cristão deve sempre partilhar os bens espirituais e materiais, com fé, generosidade, amor e justiça. Assim, o dízimo estabelece sempre uma relação muito forte e intima entre os dizimistas e Deus, que passa a ser um caso de AMOR.
Por isso, que o Deus AMOR e Criador em sua infinita bondade e misericórdia abençoe todos os dizimistas e os não dizimistas. Também abençoe e ilumine a Igreja e todo o trabalho missionário/pastoral do dízimo. E, que tudo seja para sua honra e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo.Que o nosso dízimo seja agradável a Ti Senhor, hoje e sempre. Amém!
Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios - Panelas/PE
Texto utilizado para evangelização pela Pastoral do Dízimo
O dizimista mirim
1 – Por que as crianças e os jovens, devem entregar o Dízimo?
Várias Pastorais do Dízimo, já vêm fazendo juntamente com os catequistas e grupos de jovens, o trabalho de divulgação, conseqüentemente a implantação do DÍZIMO MIRIM (dizimista mirim).
O objetivo é despertar nas crianças e nos jovens, à importância e necessidade da partilha, bem como o hábito de ser um dizimista responsável, contribuindo com o que pode, de coração alegre; colaborando dessa forma com sua comunidade e a Igreja.
A pastoral do dízimo, a catequese e os grupos de jovens, devem distribuir às crianças e aos jovens, mensagens com textos direcionado ao tema, que tenham seu conteúdo agradável e divertido, usando da criatividade e técnicas novas; no entanto, sem perder seu sentido de evangelização.
No Livro “As Crianças, os Jovens e o Dizimo”, de Joel Leal Valentim (PRÓDIZIMO), encontramos histórias e os seguintes itens, sobre o porque as crianças e os jovens, devem entregar seu dízimo.
Vejamos algumas respostas:
1.Para não ser mais necessária a correção dos adultos;
2.Os jovens dizimistas aprendem a ser desprendidos de bens materiais;
3.Descobrem o sentido da responsabilidade pelas coisas de Deus;
4.Se sentem participantes e integrantes da Igreja e da comunidade;
5.Aprendem a diferença entre Deus e o dinheiro, dando a cada um seu devido valor;
6.Ficam sabendo que tudo, que gostamos, vem de Deus e que o dízimo é um sinal de agradecimento;
7.Se renunciam a pequenas coisas para entregar o dizimo, estarão preparados para fazer os sacrifícios maiores, que a vida de adulto exige.
Além desses itens, as crianças e os jovens, sendo dizimistas aprendem a respeitar as Leis de Deus e descobrem o valor do relacionamento intimo com o Criador, despertando o sentido de fé, obediência, justiça e compromisso com Deus, a Igreja e o próximo. Criam entre eles uma benéfica intimidade entre a pequena criatura e o Grande Criador. Enfim, verão que Deus é justo e derrama suas bênçãos além do necessário, sobre quem lhe seja fiel (Mal 3,10-12).
2 – o que fazer para as crianças e os jovens entregarem o Dízimo com FÉ E alegria?
O tema Dízimo, deve naturalmente fazer parte da conversa na Igreja, na Paróquia, na comunidade, na família, na catequese e nos grupos de jovens.
Para doar o dízimo é bom que as crianças e os jovens tenham um dia específico (celebrativo), envelopes iguais ou métodos iguais aos dos adultos. Podem até participar da celebração em seu setor.
Para quem não trabalha, pode até levar como fonte de ensinamento, parte do dízimo dos pais. É bom sempre destacar que a oferta maior que Jesus quer deles, é o coração, sua vida, as alegrias e tristezas. A partilha e o dízimo, são conseqüências do vosso amor com Deus, a Igreja e o próximo.
Na evangelização, a catequese e os grupos de jovens, devem promover em suas reuniões (de preferência mensal), um encontro relativo ao dízimo. O enfoque deve ser a dimensão do amor, da partilha e o dízimo. O dirigente ainda pode realizar dinâmicas, teatros, palavras cruzadas ou contar historinhas envolventes que informam com clareza a importância da religião e do dizimo. Além do material que cada Paróquia/Diocese já possuem, existem livros mais específicos, que nos auxiliam muito e que podem ser trabalhados.
Promover concursos de redação com quem já sabe escrever. Pedir que façam pesquisas ou entrevistas com dizimistas, relatando sua experiência, caminhada, testemunho e perseverança.
As crianças e os jovens, podem fazer um concurso de cartazes e promoverem debates.
Os mais experientes podem fazer palestras e homilias nos grupos. Visitarem outras comunidades e Paróquias, para a troca de experiências.
Todo trabalho deve ser feito em conjunto “Igreja – Paróquia – Comunidade - Pastoral do Dízimo – Catequese - Grupo de Jovens”.
São infinitas as iniciativas que os padres, os catequistas e os animadores de grupo de jovens podem tomar juntos, mas dependem da colaboração e testemunho dos pais. Se os pais negam o dízimo, o trabalho pode até se perder. Além de serem dizimistas os pais precisam falar para os filhos, porque doam o dízimo.
A Pastoral do Dízimo, os grupos e a catequese, devem ter uma sintonia na evangelização, se colocando sempre á disposição dos pais, catequizandos e jovens, para esclarecimento de possíveis duvidas.
Além desse trabalho, é necessário que todos dia a dia, ajude o trabalho pastoral e missionário do dízimo, destacando a necessidade, importância e dimensões do dízimo, para nossa Igreja e para eles.
É bom ressaltar que sendo essa caminhada bem sucedida, estaremos deixando para nossos filhos, a maior de todas as heranças “A FÉ, O AMOR, A OBEDIÊNCIA, O COMPROMISSO E O RESPEITO ÀS LEIS DE DEUS”.
Texto utilizado para evangelização com renovado ardor missionário - “O dízimo é a alma da partilha”
Pastoral do Dízimo da Paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios
A essência da partilha
DIZIMO: É á décima parte (Lev 27,32). A porção que o cristão consciente devolve a comunidade cristã a quem pertence, como um ato de fé, amor, gratidão, compromisso, fidelidade e obediência a Deus.
O dízimo é o único plantio que Deus determina taxativamente a quantidade da semente: 10% daquilo que você colher.
O dízimo não se paga “nós devolvemos a Deus”, pois já lhe pertence. O dízimo é o compromisso do cristão que ama sua Igreja e os irmãos. Mas, acima de tudo, o mais importante é: “FAZER A EXPERIÊNCIA” (Mal 3,8-12).
O dízimo não é: Taxa, pagamento, imposto, mensalidade, colaboração, ajuda, resto, caridade, ato de piedade; nem Oferta ou Esmola."
O dízimo é: Devolução a Deus do que já é de Deus. É um dom. Uma vocação e missão. Um ato de fé, amor, obediência, partilha, fidelidade e compromisso com Deus, a Igreja e os pobres. “Sãos os primeiros frutos, que devolvemos a Deus”.
O dízimo é uma semente de prosperidade e deve ser devolvido com fé: “Ora, sem a fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele, é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram” (Heb 11,6).
Dízimo é dizimo: Deve ser levado MENSALMENTE ao Templo, a Igreja ou nas celebrações do dízimo.
Não podemos utiliza-lo para outra finalidade e nem como ajuda as pessoas necessitadas, como “caridade”. A caridade deve ser algo mais que brota do coração, que, aliás, nasce com a consciência do dízimo.
Portanto, nenhuma doação esporádica, auxilio ocasional (oferta), esmola, pode substituir o dizimo como obediência, fidelidade, cumprimento do valor e compromisso comunitário.
Embora muitos cristãos ainda não conseguem compreender ou confiar nas bênçãos de Deus e não devolvem o dízimo integral, pois Deus nos dá livre arbítrio, podemos não devolver aquilo que lhe pertence; mas mesmo assim, nem por isso a sua Palavra muda e deixa de ser o que Ele ordenou.
oferta: É um louvor, agradecimento, um presente que se dá a Deus. Portanto, ofertar é presentear o Pai (Deut 1,10). As ofertas devem vir do coração (Lc 21,1-4) e espontâneas. Elas devem feitas levadas ao Altar, de preferência durante as missas e celebrações (ofertórios). Devemos ofertar o melhor, pois Deus retribuirá da mesma forma (Eclo 35,1-20).
esmola: É tudo aquilo que você da á alguém que não pode te pagar, ou seja, tudo aquilo que você dá sem esperar de volta. Mas Deus nos promete a volta. "Ser bondoso com o pobre e emprestar a Deus, Ele nos devolve o bem que fizemos (Prov 19,17)”. Quem der ao pobre não passará necessidade, mas quem faz de conta que os pobres não existem será maldiçoado “. (Prov 28,27)” .
Podemos imaginar que as “ditas” expressões “Deus lhe pague - Deus ti abençoe”, são respostas de Deus quando ajudamos os irmãos necessitados.
Encerra a esmola no coração do pobre, e ela rogará pôr ti a fim de te preservar de todo o mal (Eclo 29,15).
O dízimo e suas três dimensões na Igreja (Ex 25,1-9; Heb 7,1-10)
DIMENSÃO RELIGIOSA
De forma pessoal: Ajuda-nos no processo de salvação e na caminhada rumo ao céu, para a eternidade em Deus (II Jo 1, 4-6) – (III Jo 1,3-8).
Na comunidade: Manutenção dos gastos de evangelização pela Igreja (sons, folhetos, velas, vinho, hóstias, livros, bíblias, materiais para a catequese, clube de mães, etc.); gastos para manutenção e organização da Igreja (luz, água, telefone, funcionários, etc.), e ainda para o sustento do sacerdote (Ne 10, 33-40).
DIMENSÃO SOCIAL
Ajuda as pastorais sociais que cuidam da promoção humana e trabalham com as pessoas: ajuda aos pobres, drogados, aidéticos, viúvas, indigentes, creches, escolinhas, casas de abrigo, crianças abandonadas, velhos solitários, vicentinos e ainda a outras comunidades (Deut 14,28-29; Deut 26, 12-15; Mt 25,31-46).
DIMENSÃO MISSIONÁRIA
Manutenção dos gastos para evangelização pelos missionários, seja o Papa, os bispos, sacerdotes, irmãs, leigos, etc; conforme os dons recebidos de Deus (Num 18,20-32; I Cor 9, 4-14; Lc 10,7). Ajuda ao Bispado, ao Seminário e às missões de uma modo geral.
Paróquia Santa Luzia – Votuporanga/SP
Texto utilizado pela Pastoral do Dízimo para evangelização - Rubens
Evangelizar o dízimo é comunicação
Sob renovado ardor missionário somos chamados constantemente a anunciar a Boa Nova de Jesus, através da Sagrada Escritura; comunicando-se para o próprio bem e o bem da humanidade. É Deus lembrando seu grande projeto de comunicação, que vem desde a criação do mundo, até os dias atuais.
No principio, Deus como Comunicador Divino, dia a dia se manifestou e o mundo foi criado (Gen 1,1-31). Lapidou tudo e todas as coisas e deu a cada uma delas sua forma de comunicação.
- Criou a luz e a separou a luz das trevas. Deus chamou à luz DIA, e as trevas NOITE.
- Criou os céus, a terra e água. Criou os rios e mares.
- Criou as sementes, árvores, plantas, todo o verde.
- Criou o sol, a lua e as estrelas, para brilhar e iluminar.
- Criou os peixes, os animais, os pássaros e os répteis.
- No sexto dia, criou o homem a sua imagem e semelhança e viu que tudo era bom. Deus deu inteligência ao homem, para que ele pudesse dominar todos os seres vivos. E assim, contemplou as maravilhas criadas.
Assim foram acabados os céus, a terra e todo o seu exército. Tendo Deus terminado sua obra, no sétimo descansou do seu trabalho. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousará de toda a obra da Criação (Gen 2,1-3). Deus criou sua obra maravilhosa, dia a dia, parte a parte compartilhando amor, inteligência e paciência. Toda a criação de Deus é bela, perfeita, harmoniosa e de forma partilhada. Esse é o grande sentido do dízimo, oferta e esmola, “reinar amor, partilha e igualdade”.
Diante do grande mistério “divino”, entre o céu e a terra, Deus nos dá a oportunidade de nos comunicar com Ele, através da fé, amor, partilha, oração, diálogo, suplica e agradecimento.
- Na vida terrena, dia a dia o homem também se comunica com o próprio Deus nas maravilhas da sua criação.
- Comunica-se ainda com os irmãos e a natureza; que oferece o alimento necessário para subsistência. Com os alimentos, o homem sacia e mata sua fome.
- Nos campos e nas cidades, os povos sobrevivem, desfrutando das belezas de Deus. Tudo se comunicando e servindo para perfeita harmonia, entre os seres e as espécies.
- O mar, as águas e os rios matam a sede da natureza e do homem.
- As plantas, as matas e as arvores, equilibram a fonte do calor da natureza e do planeta.
- O sol, a luz e as estrelas, são luz que ilumina a terra e seu movimento.
Por fim, temos o homem criado a imagem e semelhança de Deus, com a bela missão de comunicador e administrador dos bens do Criador (Gen 1,28).
Como se vê, a comunicação é algo profundo. Preocupado ainda com o amor e bem estar do seu povo, Deus continuou se comunicando, chegando a ponto de enviar seu Filho Amado para resgatar o pecado da humanidade, libertar e nos salvar, oferecendo ao homem vida nova, para a plena comunicação com o seu Reino.
Jesus Cristo, o Mestre, foi e é o exemplo de Evangelizador, o grande Comunicador da Palavra. É o único que possui duas naturezas: Divina e Humana. Ele é totalmente Deus e totalmente Homem e por essas dimensões, Ele se comunica.
Nos fundamentos da Igreja Primitiva e pela Paixão, Morte e Ressurreição, Jesus revela um dos maiores exemplos de comunicação de Deus, com seu povo. Veio divinamente, tornou-se homem e viveu o problema do povo, padeceu pelo povo e diante do amor divino, morreu por todos. Ressuscitou e voltou ao Pai, para ser o mediador entre o povo e Deus (I Tim 2,5-6).
Mas, Jesus antes da sua Ascensão ao Pai, em uma aparição aos discípulos, reafirmou nossa missão de comunicador e anunciador da Palavra de Deus, da Boa Nova do Evangelho, até os finais dos tempos (Ide e anunciai... Mc 16,15).
Cumprindo a promessa do Pai, tendo Jesus subido ao Céu, no dia de Pentecostes enviou o Paraclito, o Espírito Santo (Atos 2,1-13), para continuidade da missão da Igreja e do povo, até os finais dos tempos.
Os sinais da manifestação de Deus no mundo, sempre aconteceram e acontecerá sempre. A Vida e a Bíblia, desde o Antigo ao Novo Testamento, nos relatam grandes sinais de comunicação do Deus Altíssimo, com seu povo.
Por exemplo, a Família de Nazaré, Maria e José, faz parte do projeto de Deus e no dia 25 de Dezembro, sempre celebramos o aniversário do nascimento do Filho Jesus, o Salvador e Redentor da humanidade.
Todo tempo é tempo de fé, esperança e caridade. Tempo de anuncio, renovação e conversão. É sempre Deus se manifestando.
Diante do imenso valor da comunicação, seguindo o exemplo do três Reis Magos que guiados por uma estrela, vieram do Oriente e foram visitar, adorar e presentearam Jesus (o recém nascido), com ouro, incenso e mirra; nós também possamos ser iluminados por Jesus, recebendo a missão de nos tornar uma estrela, que ilumine e direcione os irmãos ao caminho e procura do Messias.
Fonte para essa estrela, hoje encontramos em Deus, que é o Amor, no poder de Jesus, na Luz do Espírito Santo, na Igreja, nos sacramentos, nos irmãos e na maior revelação e comunicação inspirada de Deus “A Bíblia Sagrada”; pois toda Bíblia é comunicação. Isso tudo nos conduz a uma Luz, a grande Estrela, que é Jesus.
Por isso, nós como Igreja e povo, devemos nos aprimorar e dentro dos meios de comunicação, nos organizar para melhorar o dialogo na comunidade. Acolher melhor as pessoas, com criatividade e novos recursos, promover eventos culturais, religiosos e missões.
Ser canal do anuncio da Boa Nova, nos grupos, movimentos, pastorais, além da utilização de folhetos de evangelização nas missas, jornais paroquiais e das Cidades, TV’s, emissoras de rádios, outdoor, etc.
Assim aos poucos vai se concretizando o Anúncio da Palavra de Deus e da Verdade: (Jo 8,32) - Conhecereis a verdade e a verdade, vos libertará. Jesus, ainda nos complementa - Eu sou o caminho, a verdade e a vida (Jo 14,6).
Relativo ao dízimo, que na sua dimensão, além de ser uma pratica, um desafio; ele é uma comunicação do divino para o humano, que faz acontecer e reinar a justiça, generosidade e partilha, entre a Igreja e os irmãos. Portanto, a responsabilidade é todos em promover isso, para que seja semeado o plano do Reino “amor e partilha”.
O dízimo é alma e a essência da partilha. É, exercício da fé, amor, obediência e fidelidade.
- Nasce pela fé, amor, doação e compreensão. Adentra e percorre o coração do homem e termina no gesto concreto da partilha, com a Igreja e aos irmãos. Só experimenta esta dimensão, quem tem amor e fé!
- O dizimo é uma atitude de fé, amor a Deus e uma semente de prosperidade .
Portanto, eis nosso objetivo: Colaborar no anúncio da Palavra de Deus, à Boa Nova do Evangelho, para que o Reino de Deus seja solidificado, comunicando o amor de Deus e por si gerando fé e partilha no seio da Igreja e do povo. Que assim seja. Amém!
Paróquia Santa Luzia - Votuporanga/SP
Texto utilizado para evangelização pela Pastoral do Dízimo -
A fé, a partilha e o dízimo
A fé é o fundamento da esperança; é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos antepassados. Pela fé, reconhecemos que o mundo foi formado pela Palavra de Deus e que as coisas visíveis se originaram do invisível (Hb 11,1-3).
A fé é meio indispensável para nos relacionarmos com a Salvação de Jesus. Certamente só Jesus Salva, mas o meio pelo qual a salvação chega a nós é a "FÉ" (At 10,43; Rm 5,1-2).
Esta fé, "um dom de Deus", é a força e alimento na caminhada do homem. Assim, cuida de si, das coisas de Deus e do seu plano. Com a fé, crê-se, acredita e confia nas obras do Reino.
O plano do Reino se alicerça da fé, do crer, se doar, do amor e da partilha. Por isso, confiantes em Deus é infinitamente gratificante saber que Ele nos recebe, recebe nosso amor e nossa partilha. Pela partilha, acolhe o dízimo como um presente que o agrada e o deixa feliz; a exemplo da oferta da viúva (Lc 21,1-4).
- O dízimo é a devolução a Deus, daquilo que já é de Deus.
- O dizimo não é imposto, taxa, pagamento, contribuição, porque ele não precisa; Não é resto do que sobra que oferecemos, mas nosso dízimo é exatamente a resposta da fé, do amor, obediência e reconhecimento; pois tudo o que somos e que temos, vem D’Ele.
- O dízimo é uma atitude de fé. É consciência de que uma parte dos nossos rendimentos é de Deus e, conseqüentemente da comunidade. Por isso, ele é devolvido para manutenção da Paróquia, sustento do culto, sacerdotes, bispos, seminários, das missões e da ação social da Igreja.
- O dizimo significa o exercício da fé. Mas, só haverá compreensão do seu verdadeiro espírito e sentido, quando acontecer de forma pessoal uma experiência profunda, diante da essência e o mistério do Criador, quanto a "partilha".
A partilha é uma resposta de amor á Palavra de Deus. É um caminho que direciona o homem a experiência do dizimo.
Além da sua devolução; seria necessário que cada um entendesse profundamente esses ideais de Deus: "reinar partilha e igualdade no seio do povo e na Igreja". Esse é o projeto e propósito de Deus, para a humanidade e sua Igreja.
O segredo da partilha esta na fé, na obediência da Palavra de Deus, e no desejo de se ver um mundo renovado, um povo, uma comunidade, uma Igreja, viva e alegre (At 2,42-47; At 4,32-35; ITim 6,17-19).
Se nosso coração ainda não se abriu de verdade na DEVOLUÇÃO DO DIZIMO é preciso pedir fé e sabedoria que vem d’Ele.
- É preciso pedir fé total, sem reservas, que penetre no coração, no pensamento, na maneira de julgar as coisas divinas e humanas.
- É preciso pedir uma fé que seja forte, que não tema os problemas, a oposição daqueles que contestam, a atacam, a recusam e a negam. Mas, que nossa fé resista do desgaste, da critica, que ultrapasse as dificuldades espirituais e temporais, permanecendo constantemente firme no Senhor Jesus.
Enfim, só entenderemos o valor e a dimensão da partilha "do dízimo"; quando nossa fé for viva, alegre, autêntica, atuante, envolvida da caridade, justiça, humildade, paz, dócil à Palavra de Deus e alimento da nossa esperança.
Diante do contexto da fé, que o dízimo possa nos educar mais ao amor, a misericórdia, justiça e ao plano da partilha. Seremos assim mais generosos e Deus será mais generoso conosco.
Com a proteção de Deus, as bênçãos de Jesus, iluminados pelo Espírito Santo; seremos um só povo (Jo 17,21); para o bem do próprio povo; pois o dizimo que devolvemos a Deus, doamos a nós mesmos "o povo amado e querido de Deus".
Que assim seja, hoje e sempre. Amém!
Paróquia Santa Luzia - Votuporanga/SP
Texto utilizado para evangelização pela Pastoral do Dízimo – Rubens
Reflexões mensais sobre o dízimo
J A N E I R O
Leitura: Gên 1, 12-13 e 24-31 - A criação, o fundamento e a essência da partilha: dízimos, ofertas e esmolas.
Evangelho: Jo 6,1-15 - A partilha é um caminho que gera a igualdade: Ex: “a multiplicação dos pães”.
F E V E R E I R O
Leitura: Núm 15, 17-21 - A doação das primícias, ou seja, os primeiros frutos.
Evangelho: Mc 12,41-44 - Toda oferta deve vir do coração, entre elas: dízimos, ofertas e esmolas.
M A R Ç O
Leitura: Eclesiastes 5, 9,11 - Dia a dia devemos apenas buscar o necessário para nossa sobrevivência.
Evangelho: Lc 12, 22-34 - O dizimo nos leva ao amor e igualdade entre os irmãos.
A B R I L
Leitura: Gên 14, 17-22 - Abraão pôr sua fé, foi abençoado, após ofertar ”doar” o seu dizimo.
Evangelho: Mc 11, 20-26 - Temos que ter fé e acreditar em Deus, no poder da sua Palavra e da oração. O dízimo é uma oração, fruto da fé, um desafio, uma promessa.
M A I O
Leitura: Lev 27, 30-32 - Deus é dono e Senhor de tudo o que existe. Através do dizimo devolvemos a Deus, uma parte daquilo que d’Ele recebemos. “Recebemos 100% de Deus e Lhe devolvemos 10%”.
Evangelho: Mt 23, 23-26 - Cristo anuncia: Ofertai o dízimo, mas jamais se esqueça da justiça e misericordiosa.
J U N H O
Leitura: IICor 9, 6-14 - A capacidade do receber, está na mesma medida da capacidade do partilhar.
Evangelho: Lc 19,1-9 - Quando vivemos cheios do amor de Deus, na partilha, sendo fraterno e generoso, Cristo adentra nosso coração. E, por esta abertura, somos chamados á conversão e a salvação em Jesus.
J U L H O
1a. Leitura: Eclesiástico 29,11-16 - Esmola é tudo aquilo que damos a alguém, que não pode nos pagar, ou seja, tudo aquilo que doamos as pessoas necessitadas, sem esperar nada de volta.
2a. Leitura: ICor 16,1-4 - Oferta é um presente que se dá a Deus, portanto ofertar é presentear o Pai. A oferta deve vir do coração, com agrado e muita fé (Lc 21,1-4).
Evangelho: Mt 17, 23-26 - Jesus nos dá um exemplo de fidelidade e compromisso com as obras do Reino.
O dízimo é Bíblico (Lev. 27,28-32). É o Quinto Mandamento da nossa Igreja. É a décima parte que devolvemos ao Senhor.
O dízimo deve ser consciente e reinar amor e justiça. O dizimo tem por finalidade atender suas três dimensões na Igreja: a Religiosa, Missionária e Social.
A G O S T O
Leitura: Prov 11, 24-26 - O dizimo é uma semente que deve ser semeada com fé, de coração, para gerar amor e partilha.
Evangelho: Lc 6, 36-38 - A medida de receber amor, justiça, partilha, esta na mesma medida daquilo que semeamos.
S E T E M B R O
Leitura: IITim 3, 14-17 - A Palavra de Deus é a Luz, alimento e o sustentáculo para nossa vida.
Evangelho: Mt 5, 1-11 - Nas bem aventuranças... Jesus nos ensina caminhos para busca do amor, justiça e partilha.
O U T U B R O
Leitura: Eclesiástico 35, 1-13 - Quem se torna fiel aos ensinamentos da Palavra de Deus, Ele o retribui com bênçãos e mais
bênçãos.
Evangelho: Mt 28,16-20 - Como missionários, somos chamados a anunciar à Boa Nova do Evangelho, com amor e partilha.
N O V E M B R O
Leitura: Mal 3,7-12 - A benção é uma resposta de amor aos que experimentam e vivem na fé, a experiência, o desafio e as promessas de Deus. “Fazei a experiência, diz o Senhor dos Exércitos ... “
Evangelho: Mt 16,1-12 - Precisamos confiar sempre na partilha. Pela fé, cada um partilhe conforme o impulso do coração, pois Deus ama quem reparte com alegria.
D E Z E M B R O
Leitura: Êx 20, 1-21 - A doação do dízimo deve buscar sempre o sinal de plenitude, a perfeição e obediência à Lei de Deus.
Assim podemos caminhar: iniciamos com 1%, depois 2%, 3%, 5% até chegar aos 10%. Ao chegarmos aqui, viveremos a plenitude da doação: 10% de dizimo. Percebe-se ainda que quem faz essa experiência, dia a dia caminha também á busca de uma plenitude maior: 100% - ser totalmente do Senhor.
Evangelho: Lc 20, 20-26 - Jesus nos exorta à fidelidade: “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.
Dinheiro e Dízimo, não são a mesma coisa. Para dar dinheiro, basta tê-lo; Para doar, devolver o dízimo é necessário ter fé, conscientizar-se, viver o compromisso de fidelidade e amor a Deus, por meio da comunidade. “Dízimo: É a décima parte de fé, amor e partilha”.
Textos utilizados nas celebrações do dizimo pela Paróquia Santa Luzia – Votuporanga/SP.
20 RAZÕES PORQUE SOU DIZIMISTA
1. Sou dizimista porque o dízimo é santo (Lv 27,30-32).
2. Sou dizimista porque quero ser participante das grandes bênçãos (Ml 3,11-12).
3. Sou dizimista porque amo a obra de Deus na face da terra (Ml 3,10).
4. Sou dizimista porque quero ser abençoado (Ml 3,9).
5. Sou dizimista porque não ficarei devendo a Deus (Lv 27,13-31).
6. Sou dizimista porque Deus é dono de tudo (Sl 24; Ag 2,8).
7. Sou dizimista porque do mesmo modo serei participante da casa de Deus (Dt 14,23).
8. Sou dizimista porque mais aventurado é dar do que receber (At 20,35).
9. Sou dizimista porque Deus ama a quem dá com alegria (2Cor 9,7).
10. Sou dizimista porque tudo vem das mãos de Deus (1Cr 29,14).
11. Sou dizimista porque não sou avarento (1Tm 6,10).
12. Sou dizimista porque meu tesouro está nos céus (Mt 6,19-21).
13. Sou dizimista porque tudo que peço, recebo (Mt 7,7-9).
14. Sou dizimista porque receberei de Deus com redobrada medida (Lc 6,38).
15. Sou dizimista porque a minha descendência não mendigará o pão (Sl 37,25).
16. Sou dizimista porque Deus diz: "Fazei prova de mim" (Ml 3,10).
17. Sou dizimista porque meu salário não será pago em bolsa furada (Ag 6).
18. Sou dizimista porque também é de minha responsabilidade o sustento da Igreja (Ml 3,10).
19. Sou dizimista porque quero ter a consciência tranquila (1Tm 1,19).
20. Sou dizimista porque Deus suprirá toda necessidade (Fl 4,19).
Por isso, "faça a experiência do dízimo e verá como derramo minhas bênçãos sobre você, muito além do necessário" - diz o Senhor ao profeta Malaquias (3,10).
Dízimo e ofertas: gratidão a Deus e compromisso com a comunidade!
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